A Lei do Trabalho Jovem Aprendiz estabelece diretrizes claras para inserir jovens entre 14 e 24 anos no mercado de trabalho formal, promovendo a capacitação e o aprendizado prático.
Essa legislação é um marco crucial, pois busca equilibrar a educação com a experiência profissional, garantindo que os jovens não apenas acumulem vivências, mas também continuem seus estudos.
Com regras específicas para o contrato de aprendizagem, que pode ter duração máxima de dois anos, e a exigência de que entre 5% e 15% das vagas em certas empresas sejam destinadas a aprendizes, a legislação visa assegurar a inclusão e o desenvolvimento de competências aos jovens.
Além disso, estabelece a necessidade do consentimento dos responsáveis para que menores possam se registrar e trabalhar, assegurando, assim, que seus direitos e deveres sejam respeitados de acordo com a CLT.
Com isso em mente, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre as regras da Lei em relação ao Trabalho Jovem Aprendiz!
O que é o trabalho jovem aprendiz?
O programa jovem aprendiz foi criado com a missão de promover a inclusão no mercado de trabalho para adolescentes e jovens adultos.
Destinado a indivíduos com idade entre 14 e 24 anos, esse iniciativa visa desenvolver habilidades práticas e teóricas, essenciais para a vida profissional.
O que é jovem aprendiz, afinal? Trata-se de um jovem que participa de uma formação técnico-profissional enquanto realiza atividades práticas em uma empresa.
As empresas que aderem a essa modalidade de contratação abrangem diversos setores, incluindo corporações, instituições financeiras e o varejo.
Os horários de trabalho são adaptados para não entrar em conflito com os estudos dos aprendizes, permitindo que eles conciliem o aprendizado prático com a formação acadêmica.
Para participar, os jovens devem apresentar documentação como RG, CPF, comprovante de residência e declaração escolar.
Assim, o programa jovem aprendiz proporciona experiências valiosas em ambientes corporativos reais e, ao mesmo tempo, tem evoluído para atender às demandas do mercado de trabalho e as necessidades das empresas.
Requisitos para ser um Jovem Aprendiz
Para ingressar no programa de Jovem Aprendiz, é obrigatório atender a alguns requisitos estabelecidos pela legislação.
- A idade mínima e máxima para participar varia de 14 a 24 anos.
No entanto, existe uma exceção: pessoas com deficiência não possuem um limite máximo de idade, o que possibilita sua inclusão nesse programa.
A escolaridade também é levada em conta para a contratação de jovens aprendizes. Os jovens devem estar matriculados e frequentando regularmente uma instituição de ensino, como escolas de ensino fundamental ou médio.
Nesse cenário, A manutenção de um desempenho escolar satisfatório se estabelece como um dos requisitos para a continuidade no programa de aprendizagem.
Na tabela abaixo, resumimos os principais requisitos para ser Jovem Aprendiz em 2024:
Requisito | Descrição |
---|---|
Idade | 14 a 24 anos (sem limite para pessoas com deficiência) |
Escolaridade | Estar matriculado e frequentando uma instituição de ensino |
Desempenho Escolar | Manter um desempenho satisfatório para continuar no programa |
O programa Jovem Aprendiz permite uma experiência valiosa no mercado de trabalho, preparando os jovens para desafios futuros enquanto respeita os requisitos estabelecidos para sua participação.
Regras para o trabalho de jovem aprendiz
As regras do o trabalho Jovem Aprendiz visam proteger e assegurar os direitos desse público no mercado de trabalho.
A lei estabelece especificidades que diferem de outros trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
- Por exemplo: a jornada de trabalho não pode exceder 6 horas diárias e 30 horas semanais para aqueles que ainda estão cursando o ensino fundamental.
Para quem já completou o ensino fundamental, a jornada pode ser incrementada para até 8 horas diárias (40 horas semanais), desde que inclua atividades teóricas.
Os direitos do aprendiz são amplos e garantidos por lei. O aprendiz tem direito a um salário equivalente a, no mínimo, um salário mínimo, podendo ser proporcional às horas trabalhadas.
Por exemplo, um aprendiz que cumpre 30 horas semanais deve receber no mínimo R$ 988,62.
Além disso, o aprendiz tem direito a FGTS, calculado em uma alíquota de 2%, férias e vale-transporte, refletindo seu tratamento como parte integrante da força de trabalho.
Aspecto | Detalhes |
---|---|
Jornada de Trabalho | Até 6 horas diárias (30 horas semanais) durante os estudos; até 8 horas diárias (40 horas semanais) após o ensino fundamental. |
Remuneração | Salário mínimo, proporcional às horas trabalhadas, com exemplo de R$ 988,62 para 30 horas. |
FGTS | Alíquota de 2%, menor que a de 8% aplicada a empregados CLT. |
Duração do Contrato | Máximo de 2 anos. |
Obrigações do Empregador | Matricular aprendizes em cursos do Sistema Nacional de Aprendizagem e garantir direitos trabalhistas. |
Nesse cenário, as empresas precisam cumprir as regras estabelecidas na Lei do Aprendiz, que visa inserir e capacitar jovens entre 14 e 24 anos no mercado de trabalho.
A cota de aprendizes deve variar entre 5% e 15% do total de empregados em funções que demandam formação profissional.
Por outro lado, micro e pequenas empresas e entidades sem fins lucrativos podem ser dispensadas dessa contratação.
Quem pode ser jovem aprendiz? Idade mínima e máxima
Como citamos anteriormente, o programa Jovem Aprendiz destina-se a jovens entre 14 e 24 anos que buscam uma primeira experiência no mercado de trabalho.
Para se inscrever, os candidatos devem estar matriculados e frequentando a escola, caso não tenham concluído o ensino médio.
Vale destacar que, para PCDs, não existem limites de idade, permitindo que jovens de diversas faixas etárias tenham acesso a essa oportunidade.
Abaixo, confira a idade mínima e máxima para ser Jovem Aprendiz em 2024:
- Idade mínima: 14 anos
- Idade máxima: 24 anos, exceto para pessoas com deficiência
- Frequência escolar: obrigatória para os que não concluíram o ensino médio
As empresas obrigadas a cumprir cotas de aprendizes incluem aquelas de médio e grande porte, que precisam contratar entre 5% a 15% de aprendizes em relação ao total de empregados, considerando apenas as funções que exigem formação profissional.
As microempresas e empresas de pequeno porte têm essa contratação de forma opcional, aliviando suas obrigações e permitindo que priorizem outras formas de contratação.
A tabela abaixo ilustra as cotas de aprendizes conforme o número total de empregados nas respectivas empresas:
Número de Empregados | Cota de Aprendizes (%) |
---|---|
7 a 19 | 5% |
20 a 99 | 10% |
100 ou mais | 15% |
O programa Jovem Aprendiz tem como finalidade introduzir os jovens no mercado de trabalho e proporcionar formação profissional e inclusão social.
Trata-se de um espaço onde os jovens têm a chance de aprender habilidades práticas, além de receberem remuneração conforme o piso da categoria, benefícios como FGTS com alíquota reduzida de 2%, e direitos trabalhistas garantidos.
Como funciona a jornada de trabalho do Jovem Aprendiz?
A jornada de trabalho jovem aprendiz é estruturada para assegurar a compatibilidade com estudos.
Para os jovens ainda matriculados na educação básica, a carga horária máxima permitida é de 6 horas diárias, totalizando 30 horas semanais.
Isso garante que os aprendizes consigam conciliar suas obrigações escolares com as atividades práticas no ambiente de trabalho.
Os aprendizes que já completaram o ensino fundamental têm a possibilidade de ter uma jornada de até 8 horas diárias, desde que as horas direcionadas à aprendizagem teórica sejam contabilizadas dentro desse limite.
Jovem Aprendiz salário: Valor atualizado
O salário jovem aprendiz é determinado com base no valor do salário mínimo federal, que em 2024 é de R$ 1.412,00.
A remuneração deve ser calculada conforme a carga horária de trabalho, utilizando a fórmula: salário-hora multiplicado pelas horas trabalhadas semanalmente.
Atualmente, o salário-hora considerando o mínimo é de R$ 6,42.
Para ilustrar, vejamos alguns exemplos de cálculos de salário mensal para o jovem aprendiz:
Carga Horária Semanal | Salário Mensal |
---|---|
20 horas | R$ 663,38 |
24 horas | R$ 723,14 |
30 horas | R$ 995,08 |
Vale lembrar que o contrato de Jovem Aprendiz não pode ultrapassar 2 anos e deve respeitar limites de carga horária.
Como você já sabe, para aqueles que ainda estão no ensino fundamental, a carga diária é de até 6 horas, enquanto os que cursam o ensino médio podem trabalhar até 8 horas diariamente.
O salário pode variar conforme acordos coletivos ou situações específicas, mas não deve ser inferior ao estipulado pela legislação.
Segmentos que mais contratam jovens apresentaram os seguintes salários médios:
- Supermercados: R$ 635,04
- Serviços de assistência social: R$ 793,21
- Atividades de atendimento hospitalar: R$ 602,60
A média salarial do jovem aprendiz no Brasil está em torno de R$ 763,00, com variações de acordo com o setor e as responsabilidades.
Contratação Jovem Aprendiz: como funciona?
A contratação de jovens aprendizes implica em diversas obrigações que as empresas devem seguir de acordo com a legislação.
O contrato de aprendizagem, que deve ser formalizado na modalidade CLT, possui um prazo máximo de duração de dois anos.
Da mesma forma, as empresas contratantes devem garantir a matrícula dos aprendizes em cursos de formação profissional, promovendo assim sua qualificação.
Confira abaixo mais obrigações das empresas em relação à contratação de Jovens Aprendizes:
- As empresas devem empregar entre 5% a 15% de jovens aprendizes caso tenham pelo menos 7 empregados.
- A jornada de trabalho para o jovem aprendiz é de no máximo 6 horas diárias, podendo aumentar para 8 horas após a conclusão do ensino fundamental.
- O salário do aprendiz deve ser, no mínimo, o salário mínimo-hora vigente, com possibilidade de acordos coletivos para um valor superior.
- O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem uma alíquota reduzida de 2%, recolhida pelo Código nº 7 da Caixa Econômica Federal.
As penalidades por descumprimento das obrigações relacionadas à formação profissional do jovem aprendiz podem incluir multas administrativas ou a nulidade do contrato.
Obrigação | Descrição |
---|---|
Formalização do Contrato | Deve ser feito na modalidade CLT com validade de até dois anos. |
Matrícula em Cursos | Obriga a inscrição dos jovens em programas de formação profissional. |
Cotas de Aprendizes | Empresas com 7 ou mais trabalhadores devem atender a 5% a 15% de aprendizes. |
Condições de Trabalho | Limite de 6 horas diárias, podendo ser 8 após a conclusão do ensino fundamental. |
FGTS | Recolhimento de 2% sobre a remuneração dos aprendizes. |
Para assegurar a conformidade, é vital que as empresas contratantes promovam um ambiente de respeito aos direitos dos jovens e incentivem sua capacitação.
O cumprimento dessas obrigações contribui para um futuro melhor para os jovens e para o fortalecimento da responsabilidade social das empresas.
Mudanças na Lei do Jovem Aprendiz
Em abril de 2023, o Decreto 11.479/2023 trouxe mudanças significativas na legislação que rege o trabalho jovem aprendiz.
As alterações visam otimizar a inclusão de jovens no mercado de trabalho, visando uma faixa etária mais jovem, com a nova faixa etária máxima de até 24 anos.
Essa mudança permite que o foco se volte para jovens mais novos, ajudando-os a se inserirem mais rapidamente na vida profissional.
Outra modificação importante neste decreto é a redução do prazo máximo do contrato de aprendizagem, que agora é de apenas dois anos, exceto para aprendizes com deficiência.
A atualização busca garantir que a experiência de aprendizagem seja mais concentrada e eficaz, permitindo que um maior número de jovens tenha a oportunidade de aprender e se desenvolver profissionalmente dentro de um ambiente de trabalho.
As atualizações também enfatizam a necessidade de as empresas aplicarem a cota de contratação, que deve variar entre 5% e 15% do total de colaboradores ligados à formação profissional.
Micro e pequenas empresas não são obrigadas a cumprir essa cota de forma compulsória, dando a elas a flexibilidade de participar do programa se desejarem.
Confira mais detalhes na tabela abaixo:
Aspecto | Anterior | Atual |
---|---|---|
Faixa etária máxima | Até 24 anos | Até 24 anos |
Prazo do contrato de aprendizagem | Até 4 anos | Até 2 anos |
Cota de jovens aprendizes | 5% a 15% (sem especificação) | 5% a 15% do total de colaboradores |
Exclusão de pequenas empresas | Obrigatório | Opcional |
Prioridade na seleção | Jovens sem critério específico | Jovens em vulnerabilidade social |
O cumprimento das diretrizes do Decreto 11.479/2023 fortalece a atuação da auditoria fiscal do trabalho, promovendo uma maior fiscalização sobre como as empresas conduzem seus programas de aprendizagem.
Multas e penalidades Jovem Aprendiz
O compliance para Jovem Aprendiz serve para garantir para que as empresas estejam em conformidade com as normas previstas na legislação.
Sob o mesmo ponto de vista, o descumprimento da legislação pode resultar em penalidades financeiras severas.
Por exemplo, a multa mínima por cada aprendiz em situação irregular é de R$ 408,25.
Este valor pode alcançar até R$ 2.041,25 e, na ocorrência de reincidências, ser dobrado.
Além das implicações financeiras, o não cumprimento das obrigações estabelecidas pela Lei do Jovem Aprendiz pode prejudicar a reputação da empresa e impactar sua responsabilidade social.
Nesse cenário, as empresas devem estar atentas às cotas de aprendizes, variando entre 5% e 15% para as de médio e grande porte, evitando assim as penalidades relacionadas ao descumprimento da legislação.
Por que contratar um Jovem Aprendiz?
A contratação de jovens aprendizes traz diversos benefícios significativos para as empresas.
Primeiro, essa prática contribui para a formação jovens qualificados, o que é instrumental para a construção de uma força de trabalho competente e preparada para o futuro.
Empresas que investem em capacitação, além de cumprir com a Lei n° 10.097, fortalecem sua imagem como promotoras de responsabilidade social, demonstrando compromisso com o desenvolvimento da comunidade.
Mas não é só isso! A presença de aprendizes inova o ambiente corporativo, trazendo novas ideias e uma energia vibrante.
Os jovens aprendizes costumam ser mais adaptáveis às novas tecnologias e tendências, o que pode resultar em melhorias nos processos internos.
Outro ponto importante é que as empresas podem usufruir de benefícios financeiros, como a redução no FGTS a apenas 2%, além da isenção de algumas penalidades, tornando essa contratação ainda mais atrativa.
Por último, as empresas também se destacam no mercado ao demonstrar responsabilidade social, o que pode atrair novos talentos e clientes.
A formação e a inclusão de jovens no mercado de trabalho não só beneficiam a empresa, mas contribuem para a sociedade como um todo, fortalecendo laços comunitários e promovendo um futuro mais promissor para todos.