O 13º salário, mais que um presente de Natal, é uma chance de transformar suas finanças!
Para muitos brasileiros, ele representa um alívio nos gastos de fim de ano, mas sua verdadeira força reside no potencial de planejamento a longo prazo.
Por isso, no guia abaixo, vamos explicar o que fazer com o 13 e como usar o salário extra de forma estratégica, mostrando como ele pode se tornar a chave para quitar dívidas, investir com segurança, construir uma reserva de emergência, ou simplesmente realizar aquele sonho antigo.
Descubra como, em 2024, você pode ir além do tradicional abono natalino e fazer seu dinheiro trabalhar para você!
O que é o 13º salário?
O 13º salário, frequentemente chamado de abono natalino, representa uma gratificação anual concedida aos trabalhadores formais no Brasil.
Essa compensação financeira, criada pela Lei 4.090 em 1962, tem como objetivo principal oferecer um alívio nos gastos de fim de ano.
A definição décimo terceiro salário refere-se a um valor equivalente a um salário mensal, o qual é pago em duas parcelas durante o ano, ou em uma única parcela no mês de novembro.
De acordo com a legislação, a remuneração do 13º salário corresponde a 1/12 do salário de cada empregado para cada mês trabalhado.
Isso significa que todo trabalhador com carteira assinada, independentemente da sua profissão ou tipo de empresa, possui esse direito garantido.
A primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, enquanto a segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro.
No caso do pagamento em parcela única, vale a data limite da 1ª parcela: 30 de novembro.
Quem tem direito ao 13º salário?
Têm direito ao 13º salário todos os trabalhadores contratados sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Isso inclui servidores públicos, empregados domésticos, aposentados e pensionistas da Previdência Social.
Na prática, o direito ao décimo terceiro salário é válido para aqueles que mantêm vínculo empregatício por um ano. E, no cálculo propriamente dito, períodos de mais de 15 dias são automaticamente contados como meses completos.
Para trabalhadores que foram contratados durante o ano, o pagamento é proporcional ao período trabalhado, assegurando que todos recebam a compensação de maneira justa.
- Por exemplo, se um trabalhador fica em uma empresa por seis meses, receberá metade do valor correspondente a um salário mensal.
Como citamos anteriormente, o 13º salário costuma ser pago em duas parcelas, com o primeiro pagamento previsto até 30 de novembro e o segundo até 20 de dezembro.
No caso dos aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento é realizado em ordem diferente, de acordo com o calendário estabelecido pelo Ministério da Previdência Social.
Em 2024, por exemplo, o pagamento do 13º para aposentados e pensionistas do INSS foi antecipado, com depósitos realizados entre abril e maio.
Data de pagamento do 13º salário 2024
No ano de 2024, o calendário 13º salário estabelece que a primeira parcela deve ser paga até o dia 30 de novembro.
Como a data cai em um sábado, muitos empregadores podem optar por antecipar esse pagamento para a sexta-feira, dia 29.
Afinal de contas, de acordo com as portarias e instruções normativas do Ministério do Trabalho e Emprego, sábado é considerado dia útil para fins de pagamento.
Portanto, as empresas não podem adiar o pagamento do 13º para segunda-feira – no mais tardar, o depósito deve ser feito no próprio sábado.
A segunda parcela, por sua vez, tem como prazo limite o dia 20 de dezembro. Em caso de atraso, os trabalhadores têm todo o direito de acionar o sindicato e abrir uma reclamação trabalhista, se for o caso.
O que fazer com o 13? Prioridades financeiras
Receber o 13º salário é uma oportunidade única para dar um salto em direção a uma vida financeira mais saudável e tranquila. Mas, com tantas opções, saber como utilizá-lo da melhor forma pode ser desafiador.
A boa notícia é que existem diversas estratégias para maximizar o impacto desse dinheiro extra, dependendo de suas prioridades e objetivos.
Considere as seguintes possibilidades:
- Quitar dívidas: Livre-se de juros altos e alivie o peso das obrigações financeiras.
- Investir: Faça seu dinheiro render e construa um futuro financeiro mais seguro.
- Criar uma reserva de emergência: Prepare-se para imprevistos sem comprometer seu orçamento mensal.
- Planejar as despesas do início do ano: IPTU, IPVA, material escolar… evite surpresas desagradáveis.
- Realizar sonhos e investir em lazer: Garanta momentos de prazer e relaxamento sem culpa.
- Investir em capacitação profissional: Aprimore suas habilidades e impulsione sua carreira.
Estas são apenas algumas das alternativas para usar seu 13º salário de forma inteligente.
Ao longo deste artigo, detalharemos cada uma dessas dicas, fornecendo informações práticas e estratégias eficazes para você tomar a melhor decisão para sua realidade financeira.
Como investir com o 13º salário?
Investir com o 13º salário é uma uma oportunidade significativa para construir um futuro financeiro sólido, seja qual for o valor da remuneração.
Para muitos brasileiros, a injeção de R$ 321 bilhões na economia por meio deste pagamento pode ser uma chance de planejar e diversificar opções de investimento.
- Mas, afinal de contas, como começar a jornada no mundo dos investimentos?
Para quem não tem experiência na área, um investimento inicial em instrumentos de renda fixa, como CDBs, pode proporcionar uma rentabilidade interessante ao longo do tempo.
Da mesma forma, com as previsões relacionadas ao potencial aumento da Taxa Selic, aplicar parte do 13º em opções previsíveis de investimento pode ser muito vantajoso.
Nesse cenário, alguns fundos de investimento que mesclam cotas sêniores e subordinadas, apresentam um desempenho médio superior a 130% do CDI, mesmo com baixa volatilidade ao longo de sua trajetória.
Já para aqueles que preferem liquidez, fundos de renda fixa com rendimento acima de 110% do CDI são recomendados.
A aplicação em títulos internacionais, como Bonds e Treasuries, também pode ser uma alternativa segura, com potencial de retorno de até 9% em dólar.
Para escolher o investimento perfeito, o melhor caminho é considerar o perfil do investidor: aqueles que se classificam como conservadores se beneficiam bastante de opções de renda fixa, enquanto os mais arrojados podem explorar a renda variável.
No entanto, a formação de uma reserva de emergência, idealmente equivalente a seis salários mensais, deve ser priorizada antes de buscar investimentos mais arriscados.
Finalmente, os especialistas em investimentos não recomendam comprometer mais de 30% da renda com investimentos, principalmente nos que não possuem retorno garantido.
Usando o 13º para pagar dívidas
Utilizar o 13º salário para quitar dívidas é uma decisão financeira inteligente, especialmente considerando que uma parte significativa da população enfrenta dificuldades nesse aspecto.
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, por exemplo, revela que 77,2% dos brasileiros se declaram endividados no segundo semestre de 2024.
Assim, pagar dívidas com o 13º pode proporcionar alívio imediato, especialmente para aquelas obrigações que apresentam altas taxas de juros, como as de cartões de crédito e empréstimos.
Ao quitar dívidas com o 13º salário, o trabalhador pode notar uma melhoria quase instantânea nas suas finanças, já que reduz as despesas mensais relacionadas aos juros altos.
O pagamento antecipado dessas contas permite organizar melhor o orçamento, liberando recursos para investimentos futuros ou para despesas essenciais que surgem ao final do ano, como IPTU, IPVA e materiais escolares.
Desse modo, para usar o 13º no pagamento de dívidas, vale a pena adotar as estratégias abaixo:
- Priorizar dívidas essenciais: Focar no pagamento de contas que estão atrasadas ou que oferecem garantias, seguidas de dívidas com juros mais altos.
- Utilizar recursos de maneira estratégica: Não gastar todo o 13º apenas em pagamentos; considere reservar uma parte para emergências ou investimentos.
- Participar de iniciativas de negociação: Eventos como os mutirões de renegociação do Serasa podem oferecer boas condições para renegociar pendências.
- Analisar as condições financeiras: Para saber quais dívidas pagar primeiro, vale a pena fazer um estudo mais aprofundado da sua vida financeira.
Com planejamento adequado e a decisão de pagar dívidas com o 13º, o trabalhador pode começar o ano seguinte em uma posição financeira mais confortável, o que pode ter efeitos positivos a longo prazo nas suas finanças pessoais.
Como usar o 13º para uma reserva de emergência
O 13º salário surge como uma excelente oportunidade para construir ou incrementar uma reserva de emergência.
Essa reserva serve para enfrentar imprevistos sem necessitar de dívidas, promovendo segurança financeira e tranquilidade para os trabalhadores.
Utilizando o 13º para a construção da reserva de emergência, o trabalhador estabelece uma base financeira sólida, instrumental para lidar com situações inesperadas, como perda de emprego, doenças ou acidentes.
Nesse cenário, a melhor estratégia é destinar parte do 13º salário a esse fundo, visando acumular um montante que cubra de três a seis meses de despesas compulsórias – como aluguel, condomínio, contas de luz, água e internet.
A partir daí, para maximizar a eficácia dessa reserva, pode ser interessante optar por investimentos de baixo risco e alta liquidez, como:
- Tesouro Selic
- CDB com liquidez diária
- Fundos de renda fixa DI
Todas essas opções são seguras e acessíveis, mantendo o valor aplicado e proporcionando crescimento acima da inflação.
No entanto, é importante consultar quando o dinheiro pode ser removido desses investimentos. No caso da reserva de emergência, a melhor opção são os aportes que podem ser retirados a qualquer momento.
Prepare-se para as despesas de início de ano
Após o depósito do 13º salário, a preparação financeira para o início do ano é um ótimo caminho para lidar com despesas que podem impactar o orçamento familiar.
Custos como IPTU, IPVA, materiais escolares e outras obrigações podem surgir de forma repentina, exigindo um planejamento adequado.
Na prática, vale a pena adotar as estratégias abaixo:
- Divida o 13º salário: Reserve pelo menos 20% para uma reserva de emergência.
- Priorize dívidas: A primeira parcela do 13º deve ser utilizada para quitar dívidas de maior custo, como cartões de crédito.
- Gaste com sabedoria: Direcione 30% do 13º para despesas do início do ano.
- Pagamentos à vista: Evite parcelamentos, priorizando compras à vista para garantir descontos.
Organizar-se para as despesas do início do ano tornará essa fase mais tranquila, além de permitir que o orçamento familiar se mantenha saudável e equilibrado.
Use o 13º para viajar e realizar sonhos
Para quem está tranquilo em relação às finanças, e já possui uma reserva de emergência considerável, criar um fundo pessoal de indulgência é uma forma inteligente de utilizar o 13º salário.
Essa estratégia permite que o trabalhador reserve uma parte do valor para gastar com prazer ao longo do ano, proporcionando momentos de diversão e relaxamento sem prejudicar as finanças.
O objetivo é ter um planejamento financeiro que inclua despesas destinadas a entretenimento, como jantares em família, passeios ou aquela viagem tão sonhada.
Com um fundo pessoal de indulgência, é possível organizar as despesas de maneira que os gastos com lazer e prazer estejam sempre dentro do orçamento.
A adoção dessa estratégia ajuda a manter os objetivos financeiros em dia e, ao mesmo tempo, contribui para o bem-estar emocional, ao promover momentos de descontração e felicidade.
Abaixo, listamos algumas dicas para criar um fundo pessoal de indulgência:
- Determine um valor fixo para reservar a cada mês.
- Escolha atividades que tragam prazer e satisfação pessoal.
- Monitore os gastos para não ultrapassar o orçamento.
- Considere eventos sazonais ou datas comemorativas para planejar parte do uso do fundo.
Implementar essa estratégia pode mudar a forma como você vê suas finanças: ao criar um fundo pessoal de indulgência, você estabelece um espaço financeiro dedicado ao lazer.
Desta forma, é possível gastar com entretenimento e ainda manter suas obrigações financeiras em dia.
13º salário como fonte de renda extra
O 13º salário pode ser uma excelente oportunidade para investir em habilidades que geram renda extra.
Ao utilizar essa gratificação para fazer cursos e capacitações, é possível aprender novas competências ou aprimorar as já existentes.
Isso abre portas para novos empregos ou atividades independentes, contribuindo para a geração de uma renda extra de forma criativa e sustentável.
Além de oferecer a chance de se especializar, investir em habilidades pessoais pode aumentar as chances de sucesso no mercado de trabalho.
As opções são variadas e podem incluir cursos em áreas como programação, marketing digital, culinária, idiomas e muito mais.
Com o avanço da tecnologia, diversas plataformas online oferecem conteúdos acessíveis e de qualidade, facilitando o aprendizado de novas habilidades.
Para aqueles que desejam explorar novas formas de renda extra, aqui estão algumas sugestões:
- Ser motorista em empresas como Uber e 99.
- Atender como freelancer em plataformas online.
- Oferecer aulas online ou consultorias em áreas de especialização.
- Trabalhar como tradutor para empresas que buscam profissionais fluentes em outros idiomas.
- Vender produtos em plataformas online como Mercado Livre e OLX.
O planejamento pode ser integrado ao uso do 13º para garantir uma segurança financeira a longo prazo.
Desse modo, quem investe em habilidades que geram renda extra potencializa o próprio conhecimento e, sob o mesmo ponto de vista, aumenta a possibilidade de alcançar uma autonomia econômica e profissional.
Confira mais detalhes na tabela abaixo:
Tipo de Habilidade | Oportunidade de Renda Extra |
---|---|
Programação | Desenvolvedor Freelance |
Marketing Digital | Gestão de Redes Sociais |
Idiomas | Tradução Online |
Culinária | Venda de Comidas Artesanais |
Aulas Online | Ensino de Habilidades Específicas |
Investir em habilidades traz conhecimento que pode transformar a vida financeira de quem busca uma renda extra, criando novas oportunidades no mercado atual.
Garantindo estabilidade financeira a longo prazo
Cuidar do bem-estar financeiro a longo prazo é uma jornada que exige planejamento cuidadoso e ações estratégicas.
Com o uso inteligente do 13º salário, fica mais fácil dar passos concretos nessa direção, dedicando partes desse recurso para investimentos, quitação de dívidas e formação de reservas financeiras.
A educação financeira desempenha um papel de inegável importância nesse processo.
Ao aprimorar continuamente os conhecimentos sobre gestão financeira, você se empodera para tomar decisões mais conscientes e eficientes.
Isso é especialmente importante, considerando que o valor necessário, em média, para alcançar uma felicidade satisfatória pode variar consideravelmente por ano, dependendo da região.
Portanto, construir um planejamento a longo prazo que permita atingir esses índices de satisfação é uma ótima estratégia.
Outra dica importante é adotar um mindset financeiro positivo, que transforma a maneira como lidamos com o dinheiro.
Com um foco no minimalismo financeiro, você pode priorizar gastos essenciais, evitando excessos que podem comprometer o bem-estar financeiro.
O equilíbrio entre responsabilidades financeiras e a busca por experiências enriquecedoras é a chave para um futuro promissor, livre de preocupações financeiras.