RGPS: Entendendo o Regime Geral de Previdência Social

Entenda como o RGPS garante sua segurança financeira com aposentadorias e benefícios da Previdência Social. Guia completo! Veja mais neste artigo!
Sumário
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O Regime Geral de Previdência Social (RGPS), administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é um dos pilares da proteção social no Brasil.

Esse sistema de contribuição previdenciária abrange tanto os trabalhadores da iniciativa privada quanto os servidores que não estão vinculados a regimes próprios.

A adesão a esse sistema é obrigatória para todos os cidadãos que trabalham de maneira formal, garantindo que as contribuições dos trabalhadores em idade ativa financiem o pagamento dos aposentados, promovendo uma solidariedade intergeracional.

  • Funciona como uma via de mão-dupla: os trabalhadores contribuem para a Previdência durante a vida laboral e, eventualmente, recebem o benefício da aposentadoria.

Isso sem falar em outros benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social – falaremos sobre eles no decorrer do nosso artigo.

Com a natureza dinâmica das legislações que regem a Previdência Social, o RGPS se adapta constantemente às demandas socioeconômicas do país.

Nesse sentido, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre o RGPS, desde o significado do conceito, até a função da contribuição previdenciária para os trabalhadores.

O que é o RGPS?

A definição do RGPS, ou Regime Geral de Previdência Social, compreende um sistema de previdência pública que atende todos os trabalhadores que exercem atividades remuneradas e que não pertencem a um regime próprio, como o de servidores públicos.

Este regime foi criado para garantir segurança financeira aos cidadãos em situações de risco, como aposentadoria, doenças ou acidentes.

A adesão ao RGPS é obrigatória para todos que possuem trabalho formal, com contribuições mensais que variam conforme o salário recebido.

No caso dos trabalhadores formais, o desconto previdenciário é feito diretamente na folha de pagamento, com valores que também se dividem de acordo com a remuneração propriamente dita.

A contribuição feita ao INSS permite que os segurados acessem diversos benefícios, sendo dividido entre segurados obrigatórios e facultativos.

Os segurados obrigatórios têm acesso a benefícios como:

  • Salário família
  • Salário maternidade
  • Aposentadorias
  • Pensões
  • Auxílios
  • Serviços de reabilitação profissional

As categorias dos segurados obrigatórios incluem empregados urbanos, rurais, domésticos, contribuintes individuais e trabalhadores avulsos.

Além disso, de acordo com a CLT, o conceito de empregado abrange não apenas a prestação de serviços com subordinação ao empregador, mas também o pagamento de salário de forma regular.

A importância da Previdência Social no Brasil

A Previdência Social desempenha um papel de inegável importância na proteção financeira dos trabalhadores e de suas famílias, especialmente em momentos críticos como aposentadoria, invalidez e doença.

Esse sistema garante que milhões de brasileiros tenham acesso a benefícios previdenciários, fundamentais para a manutenção de uma vida digna e estável financeiramente.

Com aproximadamente 58,9 milhões de contribuintes no RGPS em 2024, a Previdência se consolida como um dos principais pilares da segurança social no Brasil.

Em 2024, mais de 55% dos trabalhadores entre 16 e 64 anos estavam socialmente protegidos, evidenciando a abrangência e a importância da Previdência Social neste contexto.

A cobertura para idosos com 65 anos ou mais alcança 89%, refletindo o compromisso do sistema em atender as camadas mais vulneráveis da população.

Através de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, a Previdência Social conseguiu reduzir a pobreza em impressionantes 14,1 pontos percentuais, proporcionando uma rede de segurança que beneficia não apenas os segurados, mas também suas famílias e, por extensão, a sociedade como um todo.

A importância da Previdência Social está também no seu papel como um mecanismo de poupança involuntária. 

Garantindo uma fonte de renda em tempos difíceis, esse sistema promove não apenas a proteção financeira individual, mas também estabilidade econômica para a nação.

Desse modo, a Previdência Social se estabelece como um direito social essencial, conforme assegurado pela Constituição Brasileira de 1988, contribuindo para o fortalecimento da justiça social e do combate à desigualdade no país.

Como funciona o sistema do RGPS?

O funcionamento do RGPS é baseado na solidariedade intergeracional, onde as contribuições dos trabalhadores ativos são utilizadas para financiar os benefícios dos aposentados.

Este modelo é caracterizado pela repartição simples, em que as contribuições mensais são direcionadas para o pagamento imediato dos benefícios aos segurados.

O sistema também permite a filiação facultativa ao RGPS, possibilitando que pessoas que não exercem atividades remuneradas possam contribuir e, assim, acessar os serviços previdenciários.

Dessa forma, mais cidadãos têm a oportunidade de garantir uma proteção social. O mesmo vale para trabalhadores autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs).

Os recursos previdenciários são provenientes das contribuições dos segurados e do ente federativo, acrescidos de outros valores e rendimentos.

Vale ressaltar que esses recursos devem ser utilizados exclusivamente para o pagamento dos benefícios previdenciários, conforme determina a Constituição Federal.

A União é responsável por legislar sobre as normas gerais do sistema de previdência social, enquanto Estados, Municípios e o Distrito Federal elaboram leis específicas para seus regimes próprios de previdência.

Quem são os segurados da Previdência Social?

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) abrange diversas categorias de segurados, garantindo que trabalhadores de diferentes origens possam acessar a proteção social.

Os segurados do INSS são classificados em dois grupos principais: os obrigatórios e os facultativos.

As categorias de segurados obrigatórios incluem:

  • Empregados: Brasileiros que trabalham de carteira assinada para empresas da iniciativa privada;
  • Trabalhadores avulsos: Prestam serviços a diversas empresas, desempenham funções variadas, como estivadores e vigilantes de embarcações.
  • Empregados domésticos: Trabalham de forma contínua e subordinada em uma residência.
  • Contribuinte individual: Vasta gama de profissionais, como motoristas de táxi e eletricistas, ampliando assim a abrangência do regime
  • Segurado especial: Produtores rurais e pescadores artesanais, refletindo as várias faces da atividade econômica no Brasil

Já os segurados facultativos são aqueles que têm mais de dezesseis anos e se filiam ao RGPS mediante contribuição, desde que não tenham atividade remunerada que os enquadre como segurados obrigatórios.

  • Por exemplo: os MEIs contribuem ao INSS por meio do DAS, e os trabalhadores autônomos em geral também podem fazer contribuições facultativas.

A contribuição previdenciária possui alíquotas específicas, variando de acordo com a categoria.

Por exemplo, empregados contribuem entre 7,5% e 14%, enquanto os segurados especiais estão resguardados por normas que buscam proteger sua atividade rural como meio de vida.

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Conheça os benefícios do INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), amparado pela Previdência Social, é o principal órgão de proteção social dos trabalhadores brasileiros.

Desse modo, os segurados do INSS têm direito a diversos benefícios, desde a aposentadoria até a pensão por morte, passando também por auxílios e pagamentos especiais.

Abaixo, listamos algumas das principais modalidades de aposentadoria no INSS:

  • Aposentadoria por idade;
  • Aposentadoria por tempo de contribuição,
  • Aposentadoria especial,
  • Aposentadoria para professores.

A pensão por morte é outro benefício fundamental, garantindo suporte aos dependentes dos segurados falecidos.

Este benefício é concedido se o segurado estava em qualidade de segurado ou dentro do “período de graça”. Os dependentes têm direitos garantidos que asseguram sua manutenção financeira em um momento difícil.

Além da aposentadoria e da pensão por morte, o INSS oferece vários outros benefícios importantes, incluindo:

  • Auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) para segurados com pelo menos 12 meses de contribuição.
  • Auxílio-acidente, destinado a segurados com sequelas permanentes que reduzam a capacidade de trabalho.
  • Salário-maternidade, disponível após o nascimento ou adoção de filho(a), incluindo casos de aborto não criminoso.
  • Auxílio-reclusão, que beneficia dependentes de segurados em regime fechado de baixa renda.

Independentemente do tipo, os benefícios do INSS visa proporcionar segurança e estabilidade na vida do segurado e de seus dependentes.

Benefício Requisitos Observações
Aposentadoria por Idade 62 anos (mulheres), 65 anos (homens); 15 a 20 anos de contribuição Comprovação de tempo de contribuição
Aposentadoria por Tempo de Contribuição 15 anos (mulheres), 20 anos (homens) Regra de transição pode aplicar-se
Aposentadoria Especial Trabalhadores expostos a condições prejudiciais Direito específico para certas profissões
Pensão por Morte Dependentes do segurado falecido Em qualidade de segurado ou “período de graça”
Auxílio por Incapacidade Temporária 12 meses de contribuição; exceto em caso de acidente Antigo auxílio-doença
Auxílio-Acidente Sequelas permanentes de acidente Redução da capacidade laboral
Salário-Maternidade Após nascimento/adoção Inclui casos de aborto não criminoso
Auxílio-Reclusão Dependentes de segurados presos de baixa renda Requisitos específicos de renda

Assim, o apoio da Previdência Social torna-se fundamental em momentos de necessidade, promovendo bem-estar e proteção para todos os cidadãos.

Regras de Transição para o RGPS

As regras de transição foram implementadas como parte da Nova Previdência, que entrou em vigor em 13 de novembro de 2019, com a publicação da emenda constitucional nº 103.

Essas regras são essenciais para suavizar o impacto das reformas, permitindo que os segurados, que estão próximos da aposentadoria, façam uma adaptação gradual à nova legislação, assegurando seus direitos de forma tranquila.

Atualmente, existem cinco regras de transição no Regime Geral de Previdência Social, sendo quatro delas baseadas no tempo de contribuição e uma na idade.

  • Por exemplo, na transição por sistema de pontos, as mulheres podem se aposentar a partir de 86 pontos, enquanto os homens podem iniciar sua aposentadoria a partir de 96 pontos.

É importante ressaltar que os professores têm requisitos mais brandos, o que proporciona maior flexibilidade para esses profissionais.

Além disso, as regras de transição possibilitam diferentes combinações de idade e tempo de contribuição, permitindo que segurados escolham a alternativa mais vantajosa.

Para maximizar seus benefícios, é fundamental que os trabalhadores se informem sobre as opções disponíveis e façam escolhas que atendam às suas necessidades e expectativas futuras em relação à aposentadoria.

Além do RGPS: Outros regimes de Previdência

Além do RGPS (Regime Geral de Previdência Social), o Brasil possui outros modelos de previdência para atender às necessidades de diferentes grupos da população.

Cada um deles possui características e regras próprias, e é importante entender suas particularidades para escolher a opção mais adequada.

Regime Próprio de Previdência Social (RPPS):

  • Exclusivo para servidores públicos de estados, municípios e do Distrito Federal.
  • O RPPS é gerenciado pelo próprio ente público, com regras e benefícios próprios definidos por leis específicas.
  • A gestão do RPPS é feita por órgãos próprios do ente público, como o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (IPSM) ou o Fundo Previdenciário do Servidor Público (Previ).
  • O RPPS costuma oferecer benefícios mais amplos que o RGPS, como aposentadoria por tempo de serviço menor, pensão por morte mais generosa e benefícios de auxílio-doença e auxílio-reclusão mais vantajosos.

Regime Complementar de Previdência Social (RCPS):

  • Sistema privado que complementa a previdência pública, disponível para servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada.
  • É oferecido por fundos de pensão privados e empresas de previdência complementar aberta.
  • O RCPS é uma opção para quem deseja complementar a sua aposentadoria pública com uma renda extra.
  • As regras de contribuição e os benefícios do RCPS variam de acordo com o plano escolhido, podendo ser mais flexíveis que o RGPS e o RPPS.

Previdência Privada:

Sistema privado individual oferecido por bancos e corretoras. Existem dois tipos de planos:

  • Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): Permite deduzir o valor investido na declaração do Imposto de Renda na modalidade da renda fixa. É mais vantajoso para quem quer reduzir o imposto que paga hoje, principalmente aqueles em faixas de renda mais alta.
  • Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): O valor investido não é deduzido na declaração do Imposto de Renda, mas a tributação do rendimento é apenas sobre o lucro. Vale a pena para quem pretende investir por um período mais longo, pois o imposto é pago apenas sobre o lucro final.

Sistema de Previdência Complementar para Trabalhadores Independentes (PREV):

  • Permite que profissionais autônomos, liberais, contribuintes individuais e microempreendedores individuais (MEIs) se protejam contra riscos de morte, invalidez e vida longa.
  • É administrado por entidades fechadas de previdência complementar.
  • O PREV é uma opção para quem trabalha por conta própria e deseja ter acesso a um plano de previdência complementar.

Contribuição facultativa: Como fazer?

A contribuição facultativa para o INSS é uma opção para quem deseja aumentar sua renda mensal no futuro, garantindo um benefício previdenciário maior, mesmo que não exerça atividade profissional formal.

Ela funciona como um “seguro” para complementar a sua aposentadoria, auxílio-doença ou pensão por morte.

Para fazer a contribuição facultativa, é necessário ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no Brasil e não estar inscrito em outro regime de previdência social.

O valor da contribuição é livremente escolhido pelo contribuinte, sendo o mínimo de R$ 282,40 e o máximo de R$ 1.557,20.

Como fazer a contribuição facultativa:

  • Inscrição no INSS: Acesse o site do INSS ou compareça a uma agência para realizar o cadastro como contribuinte facultativo. É necessário apresentar documentos de identificação, como RG e CPF, e comprovante de residência.
  • Escolha do valor da contribuição: Defina o valor da contribuição mensal que deseja pagar, considerando o seu orçamento e as metas de aposentadoria que deseja alcançar.
  • Pagamento das contribuições: O pagamento das contribuições pode ser feito por meio de boleto bancário ou débito automático em conta corrente. As contribuições devem ser pagas até o dia 10 de cada mês.
  • Acompanhamento do saldo de contribuições: É importante acompanhar o saldo de suas contribuições para ter certeza de que os pagamentos estão sendo efetuados corretamente e para calcular a sua aposentadoria futura.

Observações:

  • O tempo de contribuição facultativa é contabilizado para a aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.
  • O valor da contribuição influencia o valor do benefício recebido no futuro.
  • A contribuição facultativa é uma forma de se prevenir contra riscos de doença, invalidez e vida longa.
  • É importante se informar sobre as regras e benefícios da contribuição facultativa antes de contratá-la.

Para ajuda e orientação, entre em contato com a Previdência Social ou com um advogado especializado em direito previdenciário.

FAQ

O que é o RGPS?

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é um sistema de proteção social que assegura direitos aos trabalhadores da iniciativa privada em situações como aposentadoria, pensão por morte e auxílio-doença, administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Quais são os principais benefícios oferecidos pelo INSS?

O INSS oferece diversos benefícios, incluindo aposentadorias por idade, tempo de contribuição, auxílio-doença e pensões por morte, garantindo proteção financeira aos segurados e suas famílias.

Como funciona o cálculo da aposentadoria?

O cálculo da aposentadoria leva em conta o tempo de contribuição, a média salarial dos últimos anos e as regras específicas de cada modalidade de aposentadoria, podendo incluir fatores como idade e tempo de serviço.

O que são as regras de transição?

As regras de transição foram criadas para facilitar a adaptação dos trabalhadores às novas leis previdenciárias, permitindo diferentes formas de aposentadoria de acordo com o tempo de contribuição e a idade.

Quais são os requisitos para a aposentadoria por idade?

Para a aposentadoria por idade, é necessário que as mulheres tenham pelo menos 62 anos e os homens, 65 anos, além de um período mínimo de contribuições ao INSS.

O que é a aposentadoria especial?

A aposentadoria especial é um benefício para trabalhadores que exercem atividades consideradas insalubres ou perigosas, permitindo a aposentadoria com menos tempo de contribuição que nas modalidades comuns.

Como posso me tornar segurado do RGPS?

A adesão ao RGPS é obrigatória para todos os cidadãos que exercem trabalho formal. Para autônomos e facultativos, é possível realizar contribuições mensais ao INSS.

Existe a possibilidade de filiação facultativa ao RGPS?

Sim, a filiação facultativa é permitida para indivíduos que não exercem atividades remuneradas, permitindo que mais cidadãos acessem os benefícios da Previdência Social.

O que é a aposentadoria por tempo de contribuição?

A aposentadoria por tempo de contribuição permite que os trabalhadores se aposentem após cumprirem um tempo mínimo de contribuição ao INSS, com regras que podem variar conforme as reformas previdenciárias.

Como funcionam as contribuições ao INSS?

As contribuições ao INSS são mensais e variam conforme o salário do trabalhador, sendo descontadas diretamente dos salários dos trabalhadores formais, enquanto autônomos devem realizá-las manualmente.

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