Revelamos os 10 principais motivos para afastamento do trabalho

Ministério da Previdência divulga os 10 maiores motivos para afastamento no trabalho! Confira o ranking e como evitar esses problemas! Veja mais neste artigo!
Sumário
motivos para afastamento

O afastamento no trabalho é uma realidade que afeta milhões de brasileiros, de acordo com uma pesquisa recém-divulgada pelo Ministério da Previdência Social.

Em 2024, mais de 3,5 milhões de trabalhadores passaram a receber benefícios por incapacidade temporária – como auxílio-doença e auxílio-acidente – evidenciando um crescimento considerável nas ausências laborais.

Dentre os principais motivos para afastamento, as doenças musculoesqueléticas, como dores na coluna e hérnia de disco, figuram entre as causas mais registradas, somando cerca de 377,5 mil casos.

Além disso, os transtornos mentais também aparecem com destaque, refletindo a pressão por produtividade e o estresse nas relações de trabalho.

Por isso, no artigo abaixo, vamos explorar os principais motivos para afastamento no trabalho, destacando não só as estatísticas mais recentes, mas também as implicações que isso traz para a força de trabalho e para as empresas.

O que é o Afastamento no Trabalho?

O afastamento no trabalho tem se tornado um tema cada vez mais relevante no cenário profissional brasileiro.

  • Nesse contexto, o que diz a CLT sobre afastamento no trabalho?

Em primeiro lugar, a legislação é clara ao afirmar que o funcionário pode se ausentar do trabalho sem desconto no salário por motivo de doença – desde que apresente um atestado médico válido à empresa.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também assegura que um colaborador pode se ausentar sem prejuízo de remuneração por até dois dias para acompanhar consultas médicas da esposa ou companheira durante a gravidez, além de garantir um dia de ausência por ano para acompanhar filhos de até seis anos em consultas médicas.

A legislação aborda outras circunstâncias que podem gerar afastamentos. Por exemplo, o artigo 473 da CLT determina abonos de faltas em casos como:

Motivo Duração do Afastamento
Morte de cônjuge, pais, avós, filhos, netos, irmãos ou dependentes 2 dias
Casamento 3 dias
Nascimento do filho 5 dias (dentro da primeira semana)
Doação voluntária de sangue 1 dia a cada 12 meses
Alistamento como eleitor Até 2 dias consecutivos
Convocação pela Justiça Eleitoral 1 dia

Na prática, as empresas devem aceitar atestados médicos que compreendam até 15 dias de licença, com a possibilidade de encaminhar o colaborador para a junta médica do INSS caso o período de afastamento ultrapasse esse limite.

Apenas médicos e dentistas habilitados têm a competência para emitir atestados de afastamento, conforme a resolução N° 2.381/2024 do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Quantos afastamentos do trabalho em 2024?

De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, em 2024, mais de 3,5 milhões de trabalhadores receberam benefícios por incapacidade temporária, um aumento significativo em relação ao ano anterior.

O crescimento dos afastamentos no Brasil é notável, especialmente quando se observa a diversidade de causas apresentadas.

Dentre as razões mais comuns, as dores na coluna se destacam, totalizando 205,1 mil afastamentos, seguidas por 172,4 mil casos de hérnia de disco e 147,6 mil fraturas na perna.

Os números evidenciam a necessidade de um enfoque maior em saúde ocupacional e ergonomia nos ambientes de trabalho.

Os transtornos da mente (combinados) também assumem um papel significativo nesse cenário. Em 2024, 472,3 mil pessoas se afastaram devido a condições mentais e comportamentais, uma alta de 67% em comparação aos 283,3 mil do ano anterior.

O aumento nos afastamentos relacionados a transtornos de ansiedade e episódios depressivos exige que empresas e profissionais da saúde considerem intervenções eficazes para melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Os dados mostram que o cenário atual dos afastamentos vai muito além de questões físicas: é evidente que as empresas precisam se mobilizar para entender e mitigar as causas apresentadas, garantindo assim um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

10 principais motivos para afastamento no trabalho

Como citamos anteriormente, em 2024, os dados do Ministério da Previdência Social apontam que mais de 3,5 milhões de brasileiros receberam benefícios por incapacidade temporária do INSS.

As informações, é claro, destacam a importância de uma abordagem cuidadosa na prevenção e no tratamento dessas condições.

Nesse contexto, os 10 principais motivos para afastamento no trabalho são os seguintes:

  • Dorsalgia (dor na coluna): 205.142 afastamentos – A dor na coluna é uma das principais razões para licenças médicas. Pode surgir devido a sobrecarga muscular, postura inadequada e esforço repetitivo, comprometendo a mobilidade e causando desconforto intenso.
  • Hérnia de disco: 172.452 afastamentos – O deslocamento dos discos intervertebrais pode pressionar nervos da coluna, resultando em dor crônica e limitação de movimentos. Em alguns casos, o afastamento prolongado se torna necessário para tratamento clínico ou cirúrgico.
  • Fraturas da perna: 147.665 afastamentos – Lesões ósseas nos membros inferiores costumam demandar imobilização e fisioterapia para recuperação total, o que impede a realização de atividades laborais durante semanas ou até meses.
  • Transtornos de ansiedade: 141.414 afastamentos – O excesso de estresse no ambiente de trabalho pode desencadear sintomas como preocupação excessiva, crises de pânico e dificuldades de concentração, tornando inviável o desempenho das funções.
  • Episódios depressivos: 113.604 afastamentos – A depressão pode causar fadiga extrema, falta de motivação e alteração no ritmo de sono, dificultando a rotina profissional e exigindo tratamento especializado, muitas vezes acompanhado de afastamento temporário.
  • Lesões no ombro: 112.561 afastamentos – Problemas como bursite, tendinite e síndrome do impacto podem gerar dor intensa e reduzir a força dos braços, impossibilitando atividades que exijam movimentos repetitivos ou esforço físico.
  • Fratura no punho ou na mão: 101.177 afastamentos – O comprometimento dessas articulações limita tarefas manuais, dificultando desde digitação até trabalhos que exijam o manuseio de ferramentas, exigindo tempo de recuperação adequado.
  • Fratura no antebraço: 96.716 afastamentos – Esse tipo de lesão impacta a mobilidade do membro superior, tornando inviável o desempenho de diversas atividades profissionais, especialmente aquelas que exigem precisão e força.
  • Fratura no pé: 94.144 afastamentos – A impossibilidade de sustentar o peso do corpo sobre o membro fraturado restringe a locomoção, exigindo repouso e, em alguns casos, uso de dispositivos auxiliares, como muletas.
  • Convalescência (paciente em recuperação): 72.771 afastamentos – Esse período é concedido a trabalhadores que passaram por cirurgias ou tratamentos intensivos, garantindo o tempo necessário para a recuperação antes do retorno às atividades.

A incidência de doenças ocupacionais destaca a necessidade de intervenções eficazes no ambiente de trabalho.

O aumento de 67% nos afastamentos devido a transtornos mentais em 2024, quando comparado ao ano anterior, também reforça a urgência do tema.

Nesse contexto, quando falamos em “transtornos mentais“, estamos nos referindo tanto às crises de ansiedade e episódios depressivos citados no ranking, quanto condições da mente em geral – como síndrome de burnout e fobia social.

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Afastamentos no trabalho por transtornos mentais

Os transtornos mentais estão emergindo como uma das principais razões para o afastamento no trabalho no Brasil.

Em 2024, mais de 400 mil casos de afastamento foram registrados devido a esses problemas, refletindo uma preocupação crescente com a saúde mental no ambiente corporativo.

A pressão psicológica enfrentada pelos trabalhadores tem aumentado, evidenciando a necessidade de políticas que ofereçam suporte psicológico e assistência adequada.

No ano de 2024, os transtornos de ansiedade afetaram 141,4 mil trabalhadores, enquanto episódios depressivos resultaram em 113,6 mil afastamentos.

Desse modo, as concessões de benefícios por incapacidade temporária somaram mais de 255 mil casos para transtornos ansiosos e episódios depressivos, demonstrando a gravidade da situação.

O aumento de 67% nos afastamentos por transtornos mentais em relação ao período anterior destaca a urgência de ações eficazes.

As estatísticas são alarmantes. Veja a comparação abaixo:

Tipo de Transtorno Benefícios concedidos em 2024 Benefícios concedidos em 2023
Transtornos ansiosos 141.414 80.276
Episódios depressivos 113.604 67.399
Transtorno depressivo recorrente 52.627 32.892
Reações ao estresse grave e transtorno de adaptação 20.873 12.001

Outro aspecto relevante diz respeito à saúde mental no trabalho e como ela pode influenciar o desempenho e a satisfação geral dos colaboradores.

Estudos revelam que 48% dos trabalhadores brasileiros estão em risco de problemas de saúde mental, o que corrobora a necessidade de um ambiente saudável e de suporte nas empresas.

Medidas adequadas podem prevenir afastamentos e, ao mesmo tempo, promover o bem-estar dos trabalhadores, criando um ambiente mais produtivo e colaborativo.

O reconhecimento dos transtornos mentais como doenças ocupacionais auxilia na busca por direitos e tratamentos que garantam a integridade física e emocional dos colaboradores.

Impacto dos afastamentos na produtividade

O impacto dos afastamentos de colaboradores no trabalho não se limita à saúde, mas também se relaciona à produtividade geral das empresas.

Estudos indicam que a insatisfação ligada a questões de saúde mental, que atinge 86% dos trabalhadores brasileiros, resulta em um aumento considerável de afastamentos, gerando custos significativos para as organizações.

Entre os problemas de saúde mental mais comuns estão o estresse, a ansiedade e a insônia, que influenciam diretamente a capacidade de rendimento dos profissionais.

Em 2025, a atualização da norma NR-01 passa a exigir ações preventivas para riscos psicossociais no ambiente de trabalho, destacando a necessidade de atenção e investimento das empresas.

O descumprimento dessa norma poderá acarretar penalidades legais, além de reforçar os problemas de saúde mental e as consequências financeiras que esses afastamentos proporcionam.

Vale lembrar que a OMS estima que problemas de saúde mental custam aproximadamente US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade a nível global.

Nesse sentido, aqueles que enfrentam a síndrome de Burnout, classificada oficialmente pela OMS como uma doença relacionada ao trabalho, precisam de afastamentos remunerados, o que agrava ainda mais os custos operacionais para as empresas.

  • Ou seja: o risco de danos à saúde mental dos funcionários, combinado com a rotatividade crescente devido à insatisfação no ambiente de trabalho, aumenta a pressão sobre os recursos humanos e financeiros.

Veja mais detalhes na tabela abaixo:

Problemas de Saúde Mental Percentual Impacto na Produtividade
Estresse 65% Redução significativa nas entregas e na qualidade do trabalho.
Ansiedade 54% Dificuldades de concentração e tomada de decisões.
Insônia 40% Aumento do absenteísmo e perda de foco nas atividades.

Investir na qualidade de vida no trabalho e priorizar a saúde mental pode resultar em uma diminuição dos custos de afastamentos, além de aumentar a retenção de talentos e a reputação da organização no mercado.

A atenção à saúde emocional dos colaboradores torna-se, assim, uma estratégia primordial para garantir a produtividade no trabalho e a sustentabilidade das empresas.

Como funcionam os benefícios de incapacidade temporária?

Os benefícios voltados para a incapacidade temporária garantem renda ao trabalhador que, por motivo de doença ou acidente, fica impossibilitado de exercer suas funções por um período determinado.

O mais conhecido é o auxílio-doença, atualmente chamado de Benefício por Incapacidade Temporária, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Para ter direito, é necessário cumprir alguns critérios, como estar contribuindo para a Previdência Social e comprovar, por meio de perícia médica, que a condição de saúde realmente impede a atividade profissional.

Além disso, o afastamento deve ultrapassar 15 dias corridos ou intercalados dentro de um período de 60 dias, desde que pela mesma enfermidade.

Nos primeiros 15 dias, a empresa é responsável pelo pagamento do salário do empregado com carteira assinada. A partir do 16º dia, o benefício passa a ser concedido pelo INSS.

O cálculo do valor considera a média das contribuições do segurado, com regras que variam conforme o histórico previdenciário.

Salientamos que algumas categorias de trabalhadores possuem condições específicas para solicitar o auxílio, como os segurados especiais, contribuintes individuais e facultativos.

Para garantir a continuidade do recebimento, o beneficiário pode ser convocado para novas avaliações médicas ao longo do afastamento.

Como prevenir afastamentos no trabalho?

As empresas devem assumir uma posição de protagonismo na prevenção de afastamentos dos colaboradores, que têm impacto direto na saúde ocupacional e na produtividade.

Medidas efetivas de ergonomia, suporte psicológico e campanhas de conscientização, por exemplo, são recomendadas para criar um ambiente de trabalho saudável e seguro.

Na prática, as organizações devem adotar estratégias que considerem as diferentes causas de afastamento, como lesões por esforços repetitivos, transtornos mentais e doenças respiratórias.

A implementação de ajustes ergonômicos, como bancadas reguláveis e pausas ativas, pode ser uma grande aliada na redução de afastamentos em diversas indústrias.

Da mesma forma, vale a pena adotar as táticas abaixo:

  • Realizar perícias técnicas para identificar riscos ocupacionais invisíveis.
  • Oferecer programas de saúde mental e suporte psicológico aos colaboradores.
  • Criar um ambiente que facilite a flexibilidade na apresentação de atestados médicos.

Também é importante salientar que a recusa indevida de atestados médicos pode resultar em ações trabalhistas e comprometer a imagem da empresa no mercado.

Portanto, garantir que a exigência de atestados médicos não viole direitos fundamentais é uma responsabilidade das empresas.

Nessa área, iniciativas de saúde ocupacional devem ser encaradas como investimentos que protegem os colaboradores e contribuem para um clima organizacional positivo.

Este tipo de estratégia pode prevenir a ocorrência de processos trabalhistas e potencializar o desempenho da empresa, reduzindo custos relacionados a afastamentos.

Veja mais detalhes na tabela abaixo:

Tipo de Afastamento Medidas Preventivas Impacto Potencial
Lesões por Esforços Repetitivos (LER/DORT) Ajustes ergonômicos e pausas ativas Redução de afastamentos e aumento da produtividade
Transtornos Mentais Programas de suporte psicológico Melhoria no clima organizacional
Doenças Respiratórias Perícias técnicas e controle de agentes químicos Minimização de riscos de saúde

O investimento em saúde ocupacional, portanto, vai além de uma responsabilidade legal: é uma oportunidade de impulsionar a eficiência e criar um ambiente de trabalho saudável.

Abaixo, listamos 5 dicas práticas para lidar com esse problema:

  • Promova a cultura da prevenção: Conscientizar os colaboradores sobre boas práticas de ergonomia, saúde mental e segurança no trabalho pode reduzir significativamente os afastamentos. Treinamentos regulares, palestras e materiais educativos ajudam a criar um ambiente mais seguro e saudável.
  • Implemente políticas de flexibilidade e bem-estar: Oferecer jornadas flexíveis, home office parcial e benefícios voltados ao bem-estar, como academias conveniadas ou planos de saúde com cobertura psicológica, pode contribuir para a redução do estresse e do absenteísmo.
  • Monitore indicadores de saúde e segurança: Acompanhar dados sobre afastamentos, queixas ergonômicas e absenteísmo permite que a empresa identifique padrões e atue preventivamente. Ferramentas de gestão de saúde ocupacional ajudam a mapear riscos e implementar melhorias.
  • Estabeleça um canal de apoio ao colaborador: Criar um espaço onde os funcionários possam relatar dificuldades de saúde, problemas ergonômicos ou fatores que impactam seu desempenho permite que a empresa intervenha antes que a situação se agrave.
  • Garanta suporte e acompanhamento pós-afastamento: Quando um colaborador retorna ao trabalho após um período de afastamento, é essencial oferecer suporte na readaptação. Isso pode incluir avaliações médicas, mudanças na rotina de trabalho e acompanhamento psicológico para evitar recaídas.

As empresas que adotam essas práticas estão melhor preparadas para lidar com os desafios do afastamento no trabalho.

FAQ

Quais são os principais motivos para afastamento no trabalho?

Os principais motivos para afastamento incluem dores na coluna, hérnia de disco, fraturas na perna, transtornos de ansiedade e episódios depressivos.

Como as empresas podem prevenir afastamentos?

As empresas podem prevenir afastamentos implementando medidas de ergonomia, oferecendo suporte psicológico e promovendo campanhas de conscientização sobre saúde e segurança no trabalho.

O que são benefícios por incapacidade temporária?

Os benefícios por incapacidade temporária, anteriormente conhecidos como auxílio-doença, são destinados a trabalhadores que estão afastados por questões de saúde, assegurando uma renda durante sua recuperação.

Quais doenças mais ocasionam afastamento das atividades laborais?

As doenças que mais causam afastamento incluem a dorsalgia (dor na coluna), hérnia de disco e fraturas na perna, além de transtornos mentais como ansiedade e depressão.

Como o afastamento no trabalho impacta a produtividade?

O afastamento no trabalho impacta negativamente a produtividade das empresas, pois leva à necessidade de substituição temporária de funcionários e pode gerar custos adicionais com benefícios por incapacidade temporária.

Qual a importância da saúde mental no ambiente de trabalho?

A saúde mental é crucial no ambiente de trabalho, uma vez que transtornos mentais têm aumentado entre os motivos de afastamento e podem afetar tanto o bem-estar dos colaboradores quanto a produtividade das empresas.

Qual o crescimento recente nos afastamentos no Brasil?

Em 2024, mais de 3,5 milhões de trabalhadores receberam benefícios por incapacidade temporária no Brasil, representando um aumento de 39% em relação ao ano anterior.

O que as empresas devem fazer para melhorar a saúde ocupacional?

As empresas devem investir em programas de prevenção, criar um ambiente de trabalho saudável e oferecer suporte psicológico para melhorar a saúde ocupacional dos colaboradores.

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