Doenças ocupacionais: confira mais sobre essas e saiba como se prevenir

Estar ciente das principais doenças ocupacionais é uma ótima forma de se precaver em relação a elas. Para mais informações, confira o texto! Veja mais neste artigo!
Sumário
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O trabalho acaba sendo um local de ampla convivência para seus funcionários, a maioria, seguindo uma jornada de trabalho convencional, chega a passar 44 horas semanais em seu ambiente de trabalho. Em vista disso, a depender das condições e das suas atividades, as doenças ocupacionais tornaram-se mais recorrentes.

Os altos níveis de estresse, além de inadequadas condições dos equipamentos, acabam originando distúrbios orgânicos nos funcionários, gerando as mencionadas doenças ocupacionais.

Consequentemente, como forma de prevenir os seus colaboradores dessas doenças, é necessário que as empresas tenham noção sobre o que se trata, e formas de prevenção. Assim como é importante que os próprios trabalhadores tenham noção dos riscos, para se protegerem de tais condições e saberem seus direitos.

Por isso, o Genyo preparou este artigo para manter você, empresário, e seus funcionários, todos por dentro deste assunto de suma relevância!

O que são doenças ocupacionais?

As denominadas doenças ocupacionais são aquelas associadas ao ofício do trabalhador, e às condições de trabalho nas quais este está inserido. Podem ser qualquer complicação de saúde, física ou psicológica, que tenha sido motivada pelo exercício do trabalho de um profissional.

Em vista disso, tal efemeridade pode ter uma relação direta ou indireta com a sua atividade, por isso tendem a ser denominados de nexo de causalidade ou nexo de concausalidade no âmbito jurídico.

Essas já foram grandes razões de inúmeras causas trabalhistas no Brasil, hoje em dia ainda recorrentes mas em número reduzido. No ano de 2014, por exemplo, foram 251,5 mil afastamentos documentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (dados retirados do portal da G1-Globo.com).

Muitos desses acontecem pela falta ou uso inadequado dos equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPIs, além da insalubridade encontrada em alguns locais de trabalho, assim como condições precárias do ambiente, como má iluminação ou ventilação.

Mediante esse fato, as doenças ocupacionais tendem a ser utilizadas para designar as doenças profissionais e as doenças do trabalho. Porém, embora tenham nomes similares, a Lei 8.213/91 as diferencia, devido ao agente causador em cada uma delas.

Doença do Profissional

Esta é aquela motivada por movimentos repetitivos ou, ainda, por meio da exposição a agentes nocivos à saúde. Ou seja, é aquela produzida ou desencadeada em razão da realização de trabalho específico a uma determinada atividade, estando esta presente na lista elaborada pelo Ministério da Previdência Social.

Doença do Trabalho

Já a doença do trabalho não é específica de uma determinada função ou profissão, porém possui origem, mesmo que não exclusivamente, nas atividades desenvolvidas em suas funções de trabalho.  Por conta disso, está diretamente relacionada com a razão pela qual o trabalho é desenvolvido.

Em vista disso, a lei mencionada acima (Lei 8.213/91) caracteriza as doenças ocupacionais como equiparadas ao acidente de trabalho para fins previdenciários e fiscais.

Principais doenças ocupacionais

A seguir, serão listadas as principais doenças ocupacionais, mais recorrentes atualmente. Confira quais são e saiba como se prevenir!

LER/DORT

Essas são siglas utilizadas para se referir às Lesões por esforço repetitivo e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Ambas são causadas pela postura inadequada no ambiente de trabalho associada a repetição de movimentos.

Um dos exemplos mais recorrentes são as tendinites, comuns em pessoas que passam horas digitando. Em vista disso, preocupar-se com a ergonomia em sua empresa é fundamental para o bem estar do seu funcionário.

É necessário incentivar paradas de descanso em alguns momentos da jornada de trabalho para prevenir esses problemas que podem acabar prejudicando a produtividade, assim como a saúde de seus colaboradores.

Asma Ocupacional

A asma acontece quando as vias respiratórias se estreitam, levando a uma obstrução desse canal. Para a asma ocupacional, a doença se instala quando ela é causada pela inalação de partículas de poeiras no ambiente de trabalho capaz de provocar uma reação alérgica.

Quando esta condição se faz frequente, principalmente em locais onde há manuseio de algodão, madeira e borracha, por exemplo, é extremamente necessário a manipulação correta dos EPIs, como forma de evitar esta doença, que pode ser tão grave e capaz de deixar o profissional improdutivo.

Antracose pulmonar

Assim como a asma ocupacional, a antracose pulmonar também afeta o trato respiratório dos funcionários. Neste caso, a doença está relacionada diretamente à atuação em carvoarias e ao contato direto com a fumaça.

Geralmente, é mais grave que a asma ocupacional, isso se dá pois pode provocar lesões graves no pulmão. Para prevenir, assim como na asma, também é necessário utilizar os materiais de proteção de forma adequada.

Dermatose ocupacional

Já a dermatose ocupacional, assim como o nome já refere, se trata de alterações na pele e na mucosa do trabalhador. Normalmente, se dá devido à exposição indevida de determinados agentes nocivos durante o desempenho das suas atividades laborais, como a graxa, ou o óleo mecânico, por exemplo.

Definidos por este termo, encontram-se as seguintes doenças: dermatite de contato, ulcerações, infecções e cânceres. Assim como os demais problemas, a sua prevenção está associada à utilização contínua dos EPIs.

Infelizmente, uma vez comprovado esse problema, será necessário afastamento do trabalhador das suas funções, para tratar o problema e evitar contato com os agentes nocivos.

Perda da capacidade auditiva

Frequentemente, pessoas que trabalham na indústria, ou construção civil e até mesmo operadores de telemarketing, costumam relatar o problema da perda auditiva total ou parcial. Esse problema é acometido devido à exposição do trabalhador a ruídos de forma constante.

Por conta disso, em muitos casos a perda auditiva inicia-se lentamente, e muitas vezes de forma imperceptível. Assim, é de suma relevância que, além de utilizar os equipamentos de segurança, os funcionários façam exames preventivos de forma periódica. Dessa forma, é provável evitar um dano irreversível.

Problemas na Coluna

Problemas na coluna, de tão recorrentes, se tornaram comuns. Mas esquecemos que essas dores não deveriam estar ocorrendo. Porém, isso acontece devido a manutenção da postura inadequada no ambiente de trabalho.

Por isso, para manter seu funcionário sem tantos problemas que podem gerar complicações futuras, é fundamental fornecer ergonomia. Além disso, prover a possibilidade de atividades físicas durante os intervalos do trabalho seria essencial para melhorar o bem estar de toda equipe.

Varizes nos membros inferiores

Essa é uma doença que tem como costume acometer pessoas que passam muito tempo sentadas ou em pé trabalhando, seja em qualquer uma das duas, um trabalho com pouca movimentação.

Elas ocorrem quando as veias, principalmente dos membros inferiores, dilatam, e o corpo não tem pressão suficiente para bombear o sangue. Assim, pode gerar problemas mais graves no futuro, como por exemplo a trombose.

Contaminações e Intoxicações

Para aqueles funcionários que lidam diretamente com produtos químicos e substâncias variadas, o risco de contaminação é muito alto, podendo acontecer de maneira abrupta, ou mesmo progressiva.

Em vista disso, é preciso haver maior propagação do conhecimento em relação aos riscos e formas de prevenção, além de todas as formas existentes necessárias para o colaborador seguro.

Doenças Psicossociais

Doenças ocupacionaisInfelizmente, as doenças psicossociais atingem inúmeros trabalhadores cotidianamente.  Porém, por serem de ordem emocional, como a depressão, ou mesmo a síndrome de burnout, costumam ser muito mascaradas, ou ignoradas.

Por isso, nesses casos a causa pode estar justamente no ambiente de trabalho. Caso este seja um local onde há pressão constante, desentendimento e/ou cargas horárias exaustivas, será necessário rever o seu trabalho.

É essencial que o RH da empresa esteja disposto e ciente para lidar com questões como essa. Assim, uma vez identificadas, é preciso tratar e prevenir essas doenças da forma correta, para evitar um dano mais permanente no colaborador.

Como prevenir a ocorrência dessas doenças?

Como mencionado acima, em diversos pontos, é preciso realizar ações de prevenção às doenças ocupacionais para que essas não se tornem recorrentes na empresa. Por isso, confira algumas ações preventivas citadas a seguir!

  • reforço da importância da utilização dos equipamentos de proteção, através de palestras e informativos;
  • aumento de fiscalização interna, para garantir que os funcionários estão fazendo a utilização;
  • ampla divulgação dos riscos das doenças ocupacionais;
  • promoção do diálogo entre a empresa e os funcionários, podendo ser realizado através da abertura de um canal rápido e funcional com o RH, para que especialistas consigam auxiliar os colaboradores de forma mais eficaz;
  • capacitação permanente dos colaboradores;
  • realização de exames de forma periódica e preventiva;
  • implementação de estratégias benéficas para toda a equipe, como por exemplo a ginástica laboral.

Dessa forma, é possível conscientizar os colaboradores da importância daqueles equipamentos, para que eles estejam cientes da necessidade dos EPIs para proteção da sua própria qualidade de vida.

O cuidado sempre se inicia com a informação, por isso se torna de suma relevância a instauração de processos informativos.

A importância da prevenção das doenças ocupacionais

Independente do tamanho e do porte da sua empresa, é fundamental prover qualidade de vida e de trabalho para os seus funcionários. Uma gestão mais humanizada traz inúmeros benefícios, não somente para o colaborador, mas para a sua própria empresa.

Dessa forma, promove um ambiente mais acolhedor e seguro, o que ajuda a atrair mais talentos para a empresa, e também maiores negócios. Além das mencionadas, confira as razões a seguir para manter as atividades de prevenção às doenças ocupacionais.

Reduz os índices de afastamento

Doenças ocupacionais são grande parte das razões por trás dos afastamentos das empresas. A depender do caso, esse afastamento ainda corre o risco de ser permanente. Isso causa um grave prejuízo a empresa, que para somar, ainda possui seus níveis de produtividade reduzidos.

Reduz os custos

Uma vez que aumenta a produtividade, somada com a queda nos prejuízos gerados pelos afastamentos (que costuma ocorrer com gastos previdenciários), os custos já se mostram reduzidos.

Em um ambiente de trabalho seguro, a empresa tende a, até mesmo, obter planos de saúde com valores reduzidos. Dessa forma, a empresa tem menos custos, além de evitar futuras ações trabalhistas.

Ademais, é preciso estar ciente dos gastos acometidos por um funcionário afastado por essa causa. Visto que as doenças ocupacionais enquadram-se como acidentes de trabalho, o empregado possui estabilidade de 12 meses após o retorno da alta médica. Mesmo recuperado da doença, ele também não poderá ser demitido durante um ano.

Indenização por danos Morais

Além disso, é um caso em que pode haver indenização por danos morais. Neste caso, será levado em consideração o grau de responsabilização do empregador, sua capacidade econômica, e além disso a extensão do dano ao trabalhador, podendo ser de natureza leve, média, grave ou gravíssima.

Indenização por danos materiais

Essa também pode ocorrer derivada de um acidente de trabalho. Seu fim visa ressarcir as despesas médicas, hospitalares e com medicamentos que o empregado obteve para tratar a doença. Será necessária comprovação, através da apresentação de notas fiscais, para seguimento do processo.

Ademais, para os casos em que a doença diminuiu a capacidade do colaborador de exercer sua profissão, o empregador pode ser condenado a pagar uma pensão mensal.

Nesses casos, o cálculo irá levar em conta o percentual de redução da capacidade de trabalho, além da estimativa de vida do empregado. Também poderá ser determinada uma indenização de “lucro cessante”, relacionada aos ganhos que o funcionário deixou de ganhar devido à doença.

Melhora a qualidade do ambiente

Prezar pela qualidade e bem-estar dos colaboradores promove que se tenha um ambiente mais produtivo. Afinal, ninguém gostaria de trabalhar em um local hostil, onde ainda há riscos de vida.

A iminência do risco das doenças ocupacionais causa insatisfação, e consequentemente prejudica o engajamento dos colaboradores, refletido em seus desempenhos. Por isso, promova ações de prevenção constante e ajude a criação de hábitos mais saudáveis para seus colaboradores.

Aumenta a produtividade e o faturamento

Visto tudo que foi dito anteriormente, assumir práticas de prevenção às doenças ocupacionais aumenta a produtividade e o faturamento do negócio. Por consequência, a empresa apenas tem a ganhar com essas ações.

Dessa forma, ela passa a ser mais bem vista no mercado, e através disso, consegue obter melhores resultados, tornando-se uma referência em seu ramo de atuação. São detalhes correlacionados, e por isso são de suma importância para garantir o sucesso da sua empresa.

Promovendo essas ações, todos irão ganhar. A empresa possuirá funcionários mais felizes, saudáveis e produtivos, e ela sairá de uma forma muito mais bem vista no mercado.

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