Licença-maternidade autônomo: STF amplia direito trabalhista; entenda

Licença-maternidade autônomo: Saiba tudo sobre a decisão do STF que ampliou o benefício para autônomas! Será que você tem direito? Veja mais neste artigo!
Sumário
licença-maternidade autônomo

A licença-maternidade é um direito essencial para garantir o bem-estar das mães e de seus filhos recém-nascidos. No entanto, por muito tempo, as trabalhadoras autônomas ficaram sem essa proteção trabalhista. Tudo muda com uma recente decisão do STF que, essencialmente, reconhece o direito da licença-maternidade autônomo.

Na última semana, na mesma sessão que derrubou a tese da “revisão da vida toda” do INSS, os ministros da corte confirmaram a licença-maternidade para trabalhadoras autônomas, ampliando seus direitos e equiparando-os aos dos trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Essa decisão é um marco importante, pois garante benefícios como licença remunerada e proteção no emprego durante o período de afastamento. Agora, as trabalhadoras autônomas têm a tranquilidade necessária para cuidar de seus filhos recém-nascidos sem se preocupar com questões financeiras.

No guia abaixo, vamos abordar todos os detalhes sobre a licença-maternidade para autônomos, a legislação vigente, como solicitar o benefício e os direitos trabalhistas após a licença. Continue lendo para entender melhor os direitos maternidade autônomos e como eles podem beneficiar as trabalhadoras do país.

O que é a licença-maternidade? Como funciona?

No Brasil, a licença-maternidade é um direito garantido pela legislação trabalhista que permite que as mulheres que trabalham formalmente tenham um período de afastamento do trabalho antes e depois do parto, visando garantir a saúde da mãe e do bebê, bem como promover o vínculo familiar nos primeiros meses de vida da criança.

Para deixar tudo mais prático, listamos abaixo alguns dos pontos mais importantes da licença-maternidade:

  • Duração: A duração da licença-maternidade é de 120 dias (ou 4 meses) a partir da data do parto, conforme estipulado pela Constituição Federal do Brasil.
  • Remuneração: Durante o período de licença-maternidade, a empregada gestante tem direito a receber seu salário integral, como se estivesse trabalhando normalmente. Esse pagamento é de responsabilidade do empregador, que é ressarcido por meio do sistema de Seguridade Social.
  • Estabilidade no emprego: A empregada gestante tem garantia de estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso significa que ela não pode ser demitida sem justa causa durante esse período.
  • Benefícios do INSS: Caso a empresa seja inscrita no Regime Geral de Previdência Social, ela poderá receber o salário-maternidade diretamente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), caso preencha os requisitos estabelecidos.
  • Prorrogação: Em casos específicos, como nascimentos prematuros ou complicações durante o parto, a licença-maternidade pode ser prorrogada, desde que haja recomendação médica.
  • Paternidade: Além da licença-maternidade, a legislação brasileira também prevê a licença-paternidade, que concede aos pais um período de afastamento remunerado do trabalho para cuidar do recém-nascido. Até 2021, a licença-paternidade era de 5 dias corridos, mas a partir de 2021, com a Lei nº 14.020/2020, pode ser estendida para até 20 dias em empresas participantes do Programa Empresa Cidadã.

É importante ressaltar que a licença-maternidade é um direito fundamental para assegurar condições adequadas de saúde e cuidado tanto para a mãe quanto para o bebê, e seu descumprimento por parte do empregador pode acarretar em sanções legais.

Licença-maternidade autônomo: Entenda a decisão do STF

Na recente sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi deliberada a invalidação da revisão da vida toda pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma decisão de grande impacto também ampliou os direitos das trabalhadoras autônomas em relação à licença-maternidade.

Por meio da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2.110, os ministros estabeleceram que as trabalhadoras autônomas, seguradas especiais e facultativas devem receber tratamento equiparado às profissionais regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Em outras palavras, o STF garantiu o direito da licença-maternidade autônomo por motivos como parto, nascimento, adoção ou aborto, com apenas uma contribuição previdenciária realizada.

Anteriormente, a concessão desse benefício exigia um mínimo de dez contribuições ao INSS, conforme estabelecido pela reforma da Previdência de 1999, promulgada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso por meio da lei 9.876, cuja validade estava sendo contestada judicialmente.

Essa normativa perdurou por mais de duas décadas, enquanto os ministros debatiam a constitucionalidade da referida reforma, cujas mudanças nas regras de cálculo dos benefícios previdenciários incluíam a criação do fator previdenciário.

Sendo assim, com a nova jurisprudência da corte, as trabalhadoras autônomas poderão garantir a licença-maternidade após terem feito somente uma contribuição ao INSS.

Benefícios da Licença-Maternidade para Autônomos
+ Duração de licença remunerada de 120 a 180 dias
+ Proteção e estabilidade no emprego durante o período de licença
+ Tempo para recuperação do parto e estabelecimento de vínculo com o bebê
+ Possibilidade de cuidar do recém-nascido nos primeiros meses de vida

Como aconteceu o julgamento da licença-maternidade autônomo?

Na última quinta-feira, durante a sessão, a Corte deliberou sobre a constitucionalidade da reforma da Previdência, alvo de contestação por meio da ação.

Por uma margem estreita de seis votos a cinco, os ministros decidiram pela constitucionalidade da reforma, porém, derrubaram o artigo 25 referente à licença-maternidade.

Com essa decisão, não há mais distinção entre as trabalhadoras, e qualquer segurada terá acesso ao benefício após realizar ao menos um pagamento ao INSS.

Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Edson Fachin sustentaram a inconstitucionalidade do artigo. Já o relator da ação, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes votaram contra.

Como funciona a licença-maternidade para autônomos?

Com a decisão do STF, licença-maternidade para autônomos passa a funcionar da mesma forma que a concessão do benefício para as trabalhadoras formais.

Desse modo, para receber a licença-maternidade, a trabalhadora autônoma deve solicitar o benefício ao INSS, apresentando a documentação exigida.

Após a aprovação, ela terá direito a uma licença remunerada com duração de 120 dias – ou de 180 dias, no caso das colaboradoras que trabalham para companhias participantes do Programa Empresa Cidadã.

Durante esse período, a trabalhadora recebe um auxílio financeiro para sustentar-se enquanto cuida de seu filho recém-nascido.

Além disso, a licença-maternidade para autônomos oferece proteção e estabilidade no emprego durante o período de licença, garantindo que a trabalhadora possa retornar ao trabalho com tranquilidade após o término da licença.

Efeitos práticos da decisão do STF sobre a licença-maternidade autônomo

O reconhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF) do direito à licença-maternidade para autônomas é uma importante conquista para as trabalhadoras autônomas. 

Essa decisão equipara os direitos trabalhistas dessas profissionais aos dos trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo-lhes benefícios como a licença remunerada e a estabilidade no emprego durante o período de licença.

Nesse sentido, as trabalhadoras autônomas agora têm a segurança e a proteção necessárias para cuidar de seus filhos recém-nascidos sem preocupações financeiras ou profissionais, podendo se dedicar integralmente ao cuidado com a família durante esse período tão importante.

Benefícios da licença-maternidade para autônomas

A licença-maternidade para autônomas oferece uma série de benefícios importantes. Além de garantir um período de licença remunerada de 120 a 180 dias, essa licença também oferece estabilidade no emprego durante esse período.

Ou seja: a trabalhadora autônoma não pode ser demitida sem justa causa durante a licença-maternidade.

Da mesma forma, a licença-maternidade para autônomas permite que a mãe tenha tempo para se recuperar do parto, estabeleça vínculo com seu recém-nascido e cuide dele nos primeiros meses de vida.

Licença-maternidade para autônoma: Como solicitar?

Se você é uma trabalhadora autônoma e deseja solicitar a licença-maternidade, existem alguns passos importantes que você precisa seguir.

O primeiro passo é entrar em contato com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsável pelo processamento das solicitações de licença-maternidade para autônomos.

Ao entrar em contato com o INSS, você será informada sobre os documentos necessários para solicitar a licença-maternidade. A documentação pode variar, mas geralmente inclui:

  • Comprovante de contribuição como autônoma;
  • Comprovante de gravidez;
  • Certidão de nascimento do bebê;
  • Outros documentos específicos que podem ser solicitados pelo INSS.

É importante lembrar que as informações e requisitos podem mudar ao longo do tempo, por isso é fundamental entrar em contato com o INSS para obter as informações atualizadas antes de iniciar o processo de solicitação.

Documentos Necessários Descrição
Comprovante de contribuição como autônoma Documento que comprova suas contribuições como autônoma para o INSS
Comprovante de gravidez Documento médico que confirma sua condição de gravidez
Certidão de nascimento do bebê Documento que comprova o nascimento do seu filho
Outros documentos específicos O INSS pode solicitar outros documentos específicos como parte do processo de solicitação

Direitos trabalhistas autônomos pós-licença-maternidade

Depois do término da licença-maternidade, a trabalhadora autônoma tem o direito de retornar ao seu trabalho com a mesma proteção e estabilidade que tinha antes da licença. Nesse período, ela não pode ser demitida sem justa causa, garantindo assim a sua segurança no emprego.

Sob o mesmo ponto de vista, a trabalhadora autônoma possui o direito de retomar suas atividades profissionais normalmente, sem nenhum tipo de discriminação ou tratamento injusto relacionado à maternidade.

Dessa maneira, isso quer dizer que ela deve receber o mesmo tratamento e oportunidades de crescimento que tinha antes da licença-maternidade.

Esses direitos trabalhistas pós-licença-maternidade são essenciais para garantir a igualdade de oportunidades para as trabalhadoras autônomas e promover um ambiente de trabalho justo e equitativo.

Empresas devem apoiar a licença-maternidade para autônomos

As empresas têm a responsabilidade de apoiar a licença-maternidade para autônomos, o que pode ser feito através da implementação de políticas internas que garantam os mesmos benefícios e proteção para todos os funcionários.

Ao oferecer esses benefícios, as empresas demonstram seu compromisso com o bem-estar e os direitos das trabalhadoras autônomas.

Para que o RH possa focar em uma gestão mais eficiente de benefícios, uma dica valiosa é a adoção de aplicativos de ponto digital eletrônico, como o da Genyo.

Com isso, o setor economiza tempo e dinheiro no controle de jornadas e no fechamento da folha de pagamento, garantindo prazo de sobra para lidar com os benefícios dos funcionários.

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FAQ

O que diz a legislação sobre a licença-maternidade para autônomos?

A legislação garante às trabalhadoras autônomas o direito à licença-maternidade com duração de 120 a 180 dias, dependendo de certas situações. Essa garantia está estabelecida no artigo 207 da Lei 8.112/1990.

Como funciona a licença-maternidade para autônomos?

A trabalhadora autônoma deve solicitar o benefício ao INSS, apresentando a documentação exigida. Após a aprovação, ela terá direito a uma licença remunerada com duração de 120 a 180 dias, dependendo de certas situações.

O que significa o reconhecimento do STF do direito à licença-maternidade para autônomas?

O reconhecimento do STF amplia os direitos trabalhistas das trabalhadoras autônomas, garantindo-lhes benefícios equivalentes aos concedidos aos trabalhadores regidos pela CLT.

Quais são os benefícios da licença-maternidade para autônomas?

A licença-maternidade para autônomas oferece um período de licença remunerada de 120 a 180 dias, proteção e estabilidade no emprego durante esse período. Dessa forma, a trabalhadora autônoma pode se recuperar do parto, estabelecer vínculo com seu recém-nascido e cuidar dele nos primeiros meses de vida.

Como solicitar a licença-maternidade como trabalhadora autônoma?

Para solicitar a licença-maternidade como trabalhadora autônoma, é necessário entrar em contato com o INSS e apresentar a documentação exigida, como comprovante de contribuição como autônoma, comprovante de gravidez e certidão de nascimento do bebê.

Quais são os direitos trabalhistas das trabalhadoras autônomas após a licença-maternidade?

Após o término da licença-maternidade, a trabalhadora autônoma tem o direito de retornar ao seu trabalho com a mesma proteção e estabilidade que tinha antes da licença. Ela não pode ser demitida sem justa causa durante um determinado período após o retorno ao trabalho.

As empresas podem apoiar a licença-maternidade para autônomas?

Sim, as empresas têm a responsabilidade de apoiar a licença-maternidade para autônomas. Isso pode ser feito através da implementação de políticas internas que garantam os mesmos benefícios e proteção aos trabalhadores autônomos, incluindo a concessão da licença-maternidade com a duração estabelecida por lei e a garantia de estabilidade no emprego durante o período de licença

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