Imagine a seguinte cena: a cada tique-taque do relógio, mais de 70 brasileiros são alvos de tentativas de golpes. Assustador, não é mesmo?
Essa é a realidade revelada por um estudo recente do Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coloca o Brasil em um cenário alarmante: mais de 4.600 golpes por hora, uma verdadeira epidemia de fraudes que se alastra pelo país.
Diante dessa avalanche de tentativas, como se proteger e navegar com segurança em um mundo cada vez mais digital e conectado?
Nos dias atuais, com a proliferação de smartphones, redes sociais e transações online, os golpistas aprimoraram suas técnicas, tornando-se verdadeiros mestres da engenharia social, capazes de explorar a vulnerabilidade e a confiança das pessoas.
Utilizando métodos cada vez mais sofisticados, eles se aproveitam do medo, da urgência e até mesmo da esperança para enganar suas vítimas e obter informações confidenciais, dados bancários e, consequentemente, dinheiro.
Neste artigo abaixo, vamos mostrar quais são os golpes mais comuns no Brasil, desvendando suas nuances e apresentando dicas práticas e eficazes para se proteger.
Leia com atenção, compartilhe com a família e amigos, e evite se tornar a próxima vítima!
O que são golpes?
Em um mundo cada vez mais conectado, onde transações financeiras acontecem a todo momento, a segurança se torna uma preocupação constante.
Mas afinal, o que define um golpe financeiro?
De maneira simples, podemos dizer que um golpe é uma tentativa de enganar alguém para obter vantagem financeira ilícita. É uma ação deliberada, arquitetada para ludibriar a vítima e fazê-la acreditar em uma situação falsa, levando-a a tomar decisões que a prejudiquem financeiramente.
Os golpes financeiros se baseiam na exploração da vulnerabilidade humana, seja por meio da manipulação emocional, do uso de informações falsas ou da promessa de ganhos rápidos e fáceis.
Os golpistas são verdadeiros “artistas da persuasão“, capazes de criar cenários convincentes que levam as vítimas a baixar a guarda e fornecer informações confidenciais, como dados bancários, senhas e números de cartão de crédito.
Nesse cenário, os golpes financeiros não se limitam a um único formato. Eles podem se manifestar de diversas formas, desde ligações telefônicas suspeitas e mensagens enganosas até sites falsos que imitam instituições financeiras legítimas.
A criatividade dos golpistas parece não ter limites, e novas modalidades de golpes surgem constantemente, acompanhando as tendências tecnológicas e as mudanças no comportamento da sociedade.
Compreender o conceito de golpe financeiro é o primeiro passo para se proteger. Ao reconhecer os sinais de alerta e estar ciente das táticas utilizadas pelos golpistas, você aumenta suas chances de evitar cair em armadilhas e proteger seu patrimônio.
Nos próximos tópicos, vamos explorar os tipos mais comuns de golpes e as medidas de proteção que você pode adotar para se manter seguro.
Brasil sofre mais de 4,6 mil tentativas de golpe por hora
Um estudo recente realizado pelo Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela um cenário preocupante: a cada hora, mais de 4.600 brasileiros são alvos de tentativas de golpes financeiros.
O levantamento, realizado com 2.508 pessoas em todas as regiões do país, entre os dias 11 e 17 de junho, utilizou como base a proporção de entrevistados que relataram terem sido vítimas de crimes contra o patrimônio nos últimos 12 meses, extrapolando os dados para a população total do Brasil.
A pesquisa aponta os aplicativos de mensagem (como o WhatsApp) e as ligações telefônicas como os principais meios utilizados pelos golpistas, que frequentemente se passam por funcionários de bancos para obter informações confidenciais das vítimas.
“Um quarto da população com 16 anos ou mais no Brasil já tem convivido com esse fenômeno de tentativas de golpes, ou seja, a população hoje vive num ambiente bastante perigoso (…) Podemos tomar como exemplo toda ligação que recebemos de um número estranho e é alguém se passando por uma central de cartão de crédito, uma central bancária. Isso virou um inferno na nossa vida, é um fenômeno banalizado”, explica Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Além disso, o estudo também revela que, a cada hora, cerca de 2.500 pessoas são vítimas de golpes em compras online, efetuando pagamentos por produtos que nunca são entregues.
Outro dado alarmante observado pela pesquisa é o número de furtos e roubos de celulares, que atinge a marca de 1.680 aparelhos subtraídos por hora no país.
Embora as estimativas da pesquisa apontem para um número de crimes maior do que o registrado em dados oficiais, o estudo também revela um alto índice de subnotificação desses crimes, especialmente os relacionados ao universo digital.
Apenas 30% dos entrevistados que sofreram golpes envolvendo Pix ou boletos falsos registraram boletim de ocorrência, e o índice sobe para 55% entre as vítimas de furto ou roubo de celular.
A subnotificação dificulta a real dimensão do problema e o combate efetivo a esses crimes. A falta de conhecimento sobre como denunciar, a descrença na resolução dos casos, a vergonha de ter caído na conversa dos criminosos e o medo de represálias são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário.
Golpes causam prejuízo bilionário para os brasileiros
O impacto dos golpes financeiros no Brasil vai além da violação da segurança e da sensação de impotência das vítimas. O prejuízo financeiro causado por esses crimes é colossal, atingindo cifras bilionárias e impactando diretamente a economia do país.
Segundo o estudo do Datafolha e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente os golpes aplicados via Pix e boletos falsos causaram um prejuízo estimado de R$ 25,5 bilhões à população nos últimos 12 meses.
O prejuízo gerado pelos roubos e furtos de celulares, que atingiu a marca de R$ 22,8 bilhões no mesmo período, também chama a atenção dos especialistas em segurança.
Ambos os números demonstram a gravidade da situação e a necessidade urgente de medidas para conter essa sangria financeira que afeta milhões de brasileiros.
Até mesmo os golpes menos frequentes, como a adulteração de máquinas de cartão, causam perdas significativas. Embora tenha atingido somente 2,6% dos entrevistados, esse tipo de golpe representa um universo de 4,2 milhões de vítimas e um prejuízo médio de R$ 1.142 por pessoa.
Ao todo, os 13 tipos de crimes analisados pela pesquisa, incluindo golpes financeiros, roubos e furtos, geraram um prejuízo estimado de R$ 186 bilhões à população.
O valor considera não apenas o lucro dos criminosos, mas também os gastos das vítimas para reparar os danos, como a compra de um novo celular em caso de roubo ou furto.
O impacto financeiro dos golpes é devastador, comprometendo a saúde financeira das vítimas, que muitas vezes se veem endividadas e com dificuldades para arcar com suas despesas.
Da mesma forma, o prejuízo bilionário causado por esses crimes afeta a economia como um todo, impactando o consumo, o investimento e o desenvolvimento do país.
Qual é o perfil das vítimas de golpes no Brasil?
Desvendar o perfil das vítimas de golpes no Brasil é um dos passos mais importantes para compreender as nuances desse problema e direcionar as ações de prevenção e combate a esses crimes.
Embora qualquer pessoa possa ser alvo de golpistas, o estudo do Datafolha e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que alguns grupos apresentam maior vulnerabilidade a determinados tipos de golpes.
Veja abaixo:
- Renda: As tentativas de golpes virtuais, especialmente via aplicativos de mensagem e ligações telefônicas, atingem com maior frequência pessoas com renda entre 5 e 10 salários mínimos. Esse grupo também é mais suscetível a outros crimes virtuais, como o vazamento de dados pessoais.
- Escolaridade: Indivíduos com ensino superior completo também se destacam entre as vítimas de golpes virtuais.
- Localização: Moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes estão mais expostos a tentativas de golpes.
- Impacto nos mais pobres: Apesar de serem menos alvos de golpes virtuais, as pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos sofrem mais com o impacto financeiro desses crimes, proporcionalmente à sua renda.
- Vulnerabilidade a crimes patrimoniais: Esse grupo com menor renda é altamente atingido por outros crimes patrimoniais, como roubos e furtos.
- Alta incidência de golpes e crimes: A pesquisa revela que 45% das pessoas nessa faixa de renda já foram vítimas de algum dos 13 delitos analisados, e um em cada cinco indivíduos relatou ter sofrido tentativas de golpes financeiros via aplicativos de mensagem ou ligações telefônicas.
O perfil das vítimas pode variar de acordo com o tipo de golpe. A análise detalhada desses dados permite a criação de estratégias de prevenção mais eficazes, direcionadas às necessidades específicas de cada grupo.
Quais são os principais tipos de golpes no Brasil?
Como você já deve ter percebido, o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de golpes financeiros, com criminosos utilizando métodos cada vez mais sofisticados para enganar suas vítimas.
A diversidade de golpes é alarmante, abrangendo desde as tradicionais fraudes por telefone até as mais recentes armadilhas digitais.
Conhecer os principais tipos de golpes em circulação é a recomendação mais importantes para se proteger e evitar cair nas garras dos golpistas.
Por isso, abaixo, temos a lista dos principais tipos de golpes no Brasil:
- Phishing: Através de e-mails, mensagens SMS ou WhatsApp falsos, os golpistas lançam suas iscas digitais, buscando fisgar informações pessoais como senhas e dados bancários. Utilizando a identidade de empresas, bancos ou instituições governamentais, eles exploram gatilhos como urgência, medo ou curiosidade.
- Boleto falso: Imagine receber um boleto que parece legítimo, mas esconde uma armadilha. Nesse golpe, a comunicação entre cliente e empresa é interceptada, e um boleto falso com dados bancários alterados é enviado, desviando o pagamento para a conta do golpista.
- Falso sequestro: Um telefonema, uma voz desesperada simulando o sequestro de um ente querido, e a exigência de um resgate imediato. A pressão psicológica e a urgência da situação podem levar a vítima a agir sem pensar, realizando o pagamento sem confirmar a veracidade da informação.
- WhatsApp clonado: Neste golpe, o criminoso assume a identidade da vítima no WhatsApp, utilizando engenharia social para obter o código de verificação. Com acesso à conta, o golpista solicita dinheiro emprestado aos contatos da vítima ou aplica outros tipos de fraudes.
- Falso leilão online: Produtos com preços incrivelmente baixos em sites de leilões ou marketplaces são a isca para atrair vítimas. Após o pagamento, o produto nunca chega, e o vendedor desaparece sem deixar rastros.
- Falso investimento: Altos rendimentos com baixo risco, a promessa de enriquecimento rápido atrai investidores desavisados. Mas, após o investimento, o golpista some com o dinheiro, deixando apenas o prejuízo e a frustração.
- Emprego falso: A busca por uma oportunidade de trabalho pode se tornar uma armadilha. Golpistas anunciam vagas atrativas, mas exigem o pagamento de taxas para participação em processos seletivos ou cursos de qualificação. A vaga, no entanto, não passa de uma ilusão.
- Central de relacionamento falso: Uma ligação de alguém que se apresenta como funcionário de um banco ou empresa, solicitando informações pessoais ou a realização de transações para solucionar falsos problemas na conta. Uma tática que visa capturar dados e recursos da vítima.
- Cartão de crédito clonado: Dados de cartão de crédito roubados são utilizados para realizar compras online ou em lojas físicas, sem o conhecimento da vítima. O golpe só é descoberto quando a fatura chega com compras que não foram realizadas.
- Maquininha de cartão adulterada: Dispositivos instalados em máquinas de cartão capturam os dados dos clientes durante a transação. Uma forma discreta de clonar informações e utilizá-las para fraudes.
- Falso empréstimo: A promessa de empréstimos com condições vantajosas e a exigência de taxas antecipadas para liberação do crédito. Mas, após o pagamento, o empréstimo nunca se concretiza.
- Falsa doação: Apelando para a compaixão, golpistas se passam por instituições de caridade, solicitando doações para causas fictícias ou se aproveitando de tragédias reais para arrecadar dinheiro para benefício próprio.
A lista acima representa apenas uma pequena amostra da variedade de golpes que circulam no Brasil. Estar atento às novas modalidades de golpes, desconfiar de ofertas muito vantajosas e adotar medidas de segurança online são atitudes recomendadas para se proteger e evitar cair nas armadilhas dos criminosos.
Empresas também sofrem golpes!
Enquanto muitos golpes financeiros têm como alvo o consumidor individual, as empresas também se encontram na mira de criminosos que exploram suas vulnerabilidades para obter vantagens ilícitas.
As fraudes corporativas podem causar perdas significativas, afetando a saúde financeira, a reputação e a estabilidade dos negócios.
Nesse cenário, é crucial que as empresas estejam cientes dos principais golpes que as ameaçam e adotem medidas preventivas para se proteger. Veja abaixo:
Phishing empresarial:
- Semelhante ao phishing direcionado a indivíduos, essa tática utiliza e-mails falsos que se passam por fornecedores, clientes ou parceiros comerciais.
- O objetivo é induzir funcionários a clicar em links maliciosos ou fornecer informações confidenciais da empresa, como senhas, dados bancários e informações estratégicas.
Golpe do CEO falso:
- Nesse golpe, o criminoso se passa pelo CEO ou outro alto executivo da empresa, utilizando e-mails ou mensagens falsas para solicitar transferências bancárias urgentes ou o compartilhamento de informações confidenciais com funcionários.
- A autoridade da figura do CEO é utilizada para coagir os funcionários a agirem rapidamente, sem questionar a legitimidade da solicitação.
Falsa cobrança de fornecedor:
- O golpista envia uma fatura falsa para a empresa, se passando por um fornecedor legítimo.
- A fatura geralmente contém pequenas discrepâncias em relação às faturas reais, na esperança de que o pagamento seja realizado sem uma análise detalhada.
Ataques de ransomware:
- Um tipo de malware que criptografa os dados da empresa, tornando-os inacessíveis.
- Os criminosos exigem um resgate para liberar os dados, geralmente em criptomoedas, para dificultar o rastreamento.
Compromisso de e-mail corporativo (BEC):
- Nesse golpe, os criminosos invadem a conta de e-mail de um funcionário com acesso a informações financeiras e utilizam essa conta para solicitar transferências bancárias fraudulentas para contas controladas pelos golpistas.
- A partir daí, o setor financeiro faz as transferências pedidas, e os criminosos bloqueiam o contato e ficam com os valores.
Golpe da engenharia social:
- Utilizando técnicas de manipulação e persuasão, os golpistas enganam funcionários para obter informações confidenciais, acesso a sistemas ou para realizar ações que beneficiem os criminosos.
- Esse golpe pode se manifestar de diversas maneiras diferentes, e por isso, vale a pena estar sempre atento a ele.
Fraude em licitações:
- Nesse esquema, os criminosos se infiltram em processos de licitação, utilizando documentos falsos, propinas ou outras formas de corrupção para obter vantagens indevidas.
- Vale lembrar que esse tipo de golpe não prejudica somente as empresas, mas também a sociedade como um todo, gerando custos milionários em investigações e obras mal feitas.
As empresas devem investir em medidas de segurança robustas, como treinamento de funcionários para reconhecer e evitar golpes, implementação de sistemas de autenticação multifator, softwares de segurança atualizados e políticas de segurança da informação eficazes.
Como se proteger de golpes? Dicas infalíveis
Em um cenário onde os golpes financeiros se proliferam com velocidade e sofisticação, proteger-se tornou-se uma necessidade imperativa. A boa notícia é que a prevenção ainda é a melhor arma contra as artimanhas dos golpistas.
Adotando medidas simples, porém eficazes, você pode blindar suas finanças e evitar cair em armadilhas que podem gerar prejuízos financeiros e emocionais.
- Desconfie de ofertas boas demais para ser verdade: Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Ofertas com preços muito abaixo do mercado, promessas de ganhos rápidos e fáceis ou investimentos com retornos garantidos devem ser analisados com cautela. Lembre-se: não existe dinheiro fácil.
- Verifique a autenticidade de links e mensagens: Antes de clicar em links recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp, verifique a autenticidade do remetente. Desconfie de mensagens com erros de português, links suspeitos ou solicitações de informações pessoais. Entre em contato diretamente com a empresa ou instituição por meio de canais oficiais para confirmar a veracidade da mensagem.
- Proteja seus dados pessoais: Evite compartilhar informações pessoais, como senhas, dados bancários ou número de documentos, em sites ou aplicativos não confiáveis. Utilize senhas fortes e diferentes para cada serviço online.
- Mantenha seus dispositivos atualizados: Atualize regularmente o sistema operacional e os aplicativos de seus dispositivos (computador, celular, tablet) para garantir a proteção contra as últimas ameaças de segurança.
- Ative a autenticação multifator: A autenticação multifator adiciona uma camada extra de segurança às suas contas online, exigindo mais de uma forma de verificação para acessar seus dados.
- Eduque-se sobre os diferentes tipos de golpes: Conhecer as diferentes modalidades de golpes é fundamental para identificá-las e evitá-las. Mantenha-se informado sobre as últimas notícias e alertas de segurança.
- Denuncie golpes e fraudes: Caso você seja vítima ou suspeite de um golpe, denuncie o ocorrido às autoridades competentes e à plataforma onde o golpe ocorreu. Sua denúncia pode ajudar a prevenir que outras pessoas sejam vítimas.
- Desconfie de ligações de números desconhecidos: Se você receber uma ligação de um número desconhecido e a pessoa do outro lado solicitar informações pessoais ou financeiras, desligue imediatamente e entre em contato com a empresa ou instituição por meio de canais oficiais para confirmar a veracidade da ligação.
- Cuidado com Wi-Fi públicas: Evite realizar transações financeiras ou acessar informações confidenciais em redes Wi-Fi públicas, pois elas podem ser vulneráveis a ataques de hackers.
- Monitore contas bancárias e extratos de cartão de crédito: Verifique seus extratos com frequência para identificar qualquer transação suspeita e, em caso de irregularidades, entre em contato imediatamente com sua instituição financeira.
A segurança online é uma responsabilidade compartilhada. Ao adotar essas dicas e se manter vigilante, você contribui para a construção de um ambiente digital mais seguro e protege seu patrimônio contra as ameaças dos golpistas.
Lembre-se: a informação é a sua melhor aliada na luta contra os golpes! Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares e ajude a espalhar a conscientização sobre a importância da segurança online.