Golpe do Pix: 5 tipos mais comuns

Em um mundo cada vez mais conectado, onde a maioria das transações financeiras acontece de forma digital, é fundamental estar sempre vigilante ao navegar pela internet.

Com o aumento da popularidade do Pix, um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, os golpes relacionados a essa modalidade também têm se multiplicado.

Os golpes do Pix podem assumir diversas formas, desde mensagens falsas solicitando informações pessoais até links maliciosos que levam à instalação de malware nos dispositivos.

Por isso, é essencial que as empresas estejam bem informadas sobre os riscos e saibam como se proteger contra essas ameaças.

Uma das principais formas de se proteger contra os golpes do Pix é manter-se informado e educado sobre as práticas de segurança na internet. Isso inclui estar ciente dos sinais de phishing e saber como identificar e-mails ou mensagens suspeitas.

Para as empresas, é crucial implementar medidas de segurança robustas, como a autenticação em duas etapas e o uso de softwares antivírus atualizados. Da mesma forma, é recomendável estabelecer políticas claras de segurança da informação e oferecer treinamento regular aos funcionários para garantir que todos estejam cientes dos riscos e saibam como agir em caso de suspeita de fraude.

Com isso em mente, confira abaixo os 5 tipos mais comuns de golpe do Pix, como eles funcionam, e como você pode se proteger (e proteger sua empresa) contra eles.

O que é golpe do Pix?

O golpe do Pix é uma prática criminosa que visa roubar dados pessoais e dinheiro das pessoas utilizando o sistema de pagamento instantâneo Pix, juntamente com outras ferramentas virtuais.

Esse tipo de golpe tem se tornado cada vez mais frequente, sendo realizado por criminosos que utilizam estratégias como clonagem e engenharia social para aplicá-los.

Afinal, o Pix, lançado pelo Banco Central do Brasil, é uma forma rápida e prática de realizar transferências e pagamentos, que funciona 24 horas por dia.

Nesse cenário, os golpistas se aproveitam dessa facilidade e confiança das pessoas para enganá-las e obter ganhos ilícitos.

Existem diversos tipos de golpe do Pix, e é importante que as pessoas estejam cientes dessas práticas para se protegerem.

Alguns dos golpes mais comuns envolvem a clonagem de contas, em que os criminosos copiam os dados da vítima para acessar sua conta e realizar transferências fraudulentas, e a engenharia social, em que os golpistas persuadem as pessoas a fornecerem informações confidenciais por meio de técnicas de manipulação psicológica.

Para evitar cair no golpe do Pix, é fundamental tomar medidas de segurança, como manter o sigilo das informações bancárias, evitar fornecer dados pessoais e financeiros em sites e mensagens suspeitas e desconfiar de ofertas muito vantajosas e promessas de ganhos fáceis.

Como os golpes com PIX funcionam?

Os golpes com o PIX ocorrem principalmente por meio de redes sociais, WhatsApp, SMS e e-mail. Os golpistas utilizam estratégias como clonagem, criação de perfis falsos e envio de mensagens enganosas para ludibriar as vítimas e obter seus dados pessoais e financeiros.

Eles se aproveitam da confiança das pessoas no sistema de pagamento instantâneo para enganá-las e realizar transações fraudulentas.

Golpes do Pix nas redes sociais

Por meio de redes sociais, os criminosos criam perfis falsos para abordar as vítimas com propostas vantajosas ou descontos atraentes.

A partir aí, eles enviam mensagens enganosas que parecem legítimas, tentando convencer as pessoas a compartilhar suas informações pessoais ou realizar transferências de dinheiro.

É claro que, à medida que as informações são compartilhadas, e as transferências são realizadas, os golpistas bloqueiam as vítimas e somem com os valores.

Golpes do Pix pelo WhatsApp

No WhatsApp, os golpistas utilizam técnicas de clonagem para se passar por amigos ou familiares das vítimas.

Eles pedem dinheiro emprestado ou solicitam a confirmação de um código de segurança, que na verdade é a chave de autenticação do Pix.

Em alguns casos, os golpistas podem até mesmo assumir o controle do número de telefone das vítimas, hackeando o WhatsApp e envolvendo os contatos nas fraudes.

Golpes do Pix por SMS e e-mail

Por meio de mensagens de SMS ou e-mails, os criminosos enviam links maliciosos que direcionam as vítimas para páginas falsas, onde tentam obter informações pessoais e financeiras.

Esses golpes podem ser disfarçados como atualizações de cadastro, promoções exclusivas ou avisos de pendências.

É essencial que as pessoas estejam sempre atentas e desconfiem de solicitações de informações pessoais ou financeiras por meio desses canais.

Além disso, é importante verificar a autenticidade da fonte antes de fornecer qualquer dado ou fazer qualquer transação. Veja na tabela abaixo a descrição de algumas das modalidades mais comuns de golpes do Pix.

Mas, afinal de contas, quais são os 5 tipos mais comuns de golpes do Pix na prática? A resposta está no conteúdo abaixo.

Tipos mais comuns de golpe do PIX

O golpe do Pix, como você já deve ter percebido, usa diferentes estratégias para enganar as pessoas e obter vantagens financeiras de maneira ilícita.

Desse modo, conhecer os tipos mais comuns de golpe do Pix é fundamental para se proteger e evitar cair nessas fraudes. A seguir, destacamos os 5 principais tipos de golpe do Pix:

Golpe da Mão Fantasma

O golpe da mão fantasma é caracterizado pela troca do destinatário da transferência sem que a vítima perceba. Os criminosos desviam o valor para suas próprias contas, deixando a vítima no prejuízo.

Golpe do Pix Agendado

No golpe do Pix agendado, os golpistas agendam uma transferência através do Pix e, posteriormente, cancelam a operação. Dessa forma, eles conseguem obter o dinheiro da vítima sem que haja a possibilidade de cancelamento por parte dela.

Golpe da Clonagem por WhatsApp e Telegram

Os criminosos se passam pela vítima através do WhatsApp e Telegram, solicitando dinheiro emprestado via Pix. Com a clonagem da conta, eles enganam amigos e familiares da vítima, induzindo-os a realizar a transferência e caindo no golpe.

Golpe do SMS

No golpe do SMS, os golpistas enviam mensagens de texto falsas, oferecendo descontos especiais ou promoções imperdíveis para pagamentos via Pix. Ao clicar nos links enviados, as vítimas são redirecionadas para páginas fraudulentas, onde acabam fornecendo seus dados pessoais e bancários.

Golpe das Falsas Centrais de Atendimento

Os criminosos se passam por bancos ou empresas através de falsas centrais de atendimento, entrando em contato com as vítimas e solicitando informações pessoais e financeiras. Com esses dados em mãos, eles podem realizar transações fraudulentas e causar prejuízos financeiros.

Cai no golpe do PIX, e agora?

Se você cair no golpe do Pix, é fundamental agir rapidamente e tomar algumas medidas para minimizar os danos e buscar uma solução para o problema.

Confira abaixo as principais medidas a serem tomadas após cair em um golpe do Pix:

• Entre em contato com seu banco: Assim que perceber que caiu no golpe, entre em contato imediatamente com seu banco para relatar o ocorrido. Informe detalhadamente o golpe e forneça informações sobre o valor que foi captado indevidamente.
• Anote o número do protocolo de atendimento: Durante a ligação com o banco, peça o número do protocolo de atendimento para ter um registro do seu contato. Anote também o dia e horário da conversa para futuras referências.
• Faça um boletim de ocorrência: Para formalizar o golpe e abrir um processo de investigação, vá até uma delegacia de polícia e registre um boletim de ocorrência. Informe o valor que foi captado no golpe e forneça todas as informações relevantes.
• Acompanhe a resolução do caso: Após tomar todas essas medidas, aguarde a resolução do seu caso. Geralmente, o banco tem um prazo de até 10 dias para dar um retorno em relação ao reembolso do valor perdido. Durante esse período, mantenha-se em contato com o seu banco e esteja atento a qualquer informação adicional que possa ser solicitada.

Lembre-se de que cada banco pode ter procedimentos específicos para lidar com casos de golpe do Pix.

Portanto, siga as orientações do seu banco e não deixe de informar todas as informações necessárias para que o processo de resolução ocorra de forma eficiente.

É possível reembolsar o PIX após sofrer um golpe?

Sim, é possível solicitar o reembolso do valor perdido em um golpe do Pix. No entanto, cada instituição financeira possui suas próprias regras e políticas de análise para realizar o estorno.

Para auxiliar as vítimas de fraudes, o Banco Central desenvolveu o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix.

Para solicitar o reembolso, é necessário entrar em contato com o banco imediatamente assim que identificar o golpe. Relate o ocorrido e siga os procedimentos indicados pelo banco para dar início ao processo de investigação e análise do caso.

Geralmente, o banco do golpista é responsável por devolver o dinheiro para o banco do pagador. Assim que o estorno for efetuado, o valor será reembolsado para a vítima.

Vale salientar que cada caso é avaliado individualmente e que o processo de análise pode levar algum tempo.

Não se esqueça de sempre de guardar todos os registros de comunicação com o banco, como números de protocolo, datas e horários das conversas e qualquer documentação solicitada.

Essas informações são importantes para facilitar o processo de análise e garantir que o reembolso seja realizado de forma eficiente.

Como se prevenir contra golpes do Pix?

Prevenir-se contra golpes do Pix é fundamental para evitar transtornos financeiros. Algumas medidas importantes que podem ser tomadas de forma prática, por todos os brasileiros, são as seguintes:

• Manter o aplicativo do banco sempre atualizado;
• Não fornecer dados pessoais ou senhas por telefone, e-mail ou mensagens;
• Verificar cuidadosamente as informações do destinatário antes de realizar uma transferência via Pix;
• Utilizar chaves aleatórias para cadastro no Pix, em vez de dados pessoais como CPF;
• Desconfiar de ofertas muito vantajosas recebidas por meio de mensagens ou redes sociais;
• Evitar clicar em links suspeitos recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp;
• Manter-se informado sobre os tipos mais comuns de golpe do Pix e estar atento às atualizações de segurança do sistema.

Seguindo essas dicas e mantendo-se alerta, é possível reduzir significativamente as chances de cair em golpes do Pix.

Como evitar os golpes de PIX?

Para evitar golpes do Pix e manter o seu dinheiro sempre seguro, não vale seguir apenas as dicas de prevenção que mostramos acima!

Na verdade, é necessário manter vigilância constante sempre que for fazer uma transferência desse tipo. Nessa perspectiva, as recomendações abaixo também podem ajudar:

• Reduza o limite de valor permitido para transferências PIX. Ao definir um limite mais baixo, você limita o potencial de perdas em caso de golpes.
• Cadastre apenas uma chave PIX em cada banco que você utiliza. Isso torna mais difícil para os golpistas obterem acesso às suas informações.
• Dê preferência ao uso de chaves PIX aleatórias em vez de dados pessoais, como CPF, para garantir maior segurança nas transações.
• Nunca forneça informações pessoais em ligações suspeitas. Golpistas podem se passar por funcionários de bancos e tentar obter seus dados.
• Evite clicar em links suspeitos recebidos por e-mail ou SMS. Esses links podem direcioná-lo para páginas falsas que têm como objetivo roubar suas informações.
• Antes de fazer uma transferência PIX, sempre confirme os dados do destinatário. Verifique o nome completo, CPF/CNPJ e a chave PIX para garantir que tudo esteja correto.

Ao seguir essas dicas e estar atento aos possíveis golpes do PIX, você estará reduzindo significativamente as chances de se tornar uma vítima. Lembre-se de que a segurança das suas transações financeiras depende em grande parte das precauções que você toma.

Golpes do Pix também acontecem com empresas!

Não são apenas os indivíduos que estão sujeitos aos golpes do Pix; as empresas também estão vulneráveis a essas fraudes.

Os criminosos estão cada vez mais direcionando seus ataques às organizações, aproveitando-se muitas vezes da falta de conhecimento sobre segurança cibernética e da pressa em realizar transações financeiras.

Existem várias maneiras pelas quais os golpes do Pix podem ser realizados contra empresas.

Um dos métodos mais comuns envolve o envio de e-mails ou mensagens falsas que parecem ser de instituições financeiras ou parceiros comerciais legítimos, solicitando transferências de dinheiro ou informações confidenciais.

Os criminosos também podem se passar por funcionários internos da empresa, usando técnicas de engenharia social para obter acesso a sistemas ou autorização para realizar transações.

Para se proteger contra os golpes do Pix, os gestores devem estar atentos e implementar medidas de segurança robustas em suas operações financeiras.

Isso inclui educar os funcionários sobre os riscos de segurança cibernética e fornecer treinamento regular sobre como identificar e relatar tentativas de fraude.

Da mesma forma, é fundamental estabelecer protocolos claros para a verificação de solicitações de pagamento e a autorização de transações, incluindo a verificação de identidade e a confirmação por meio de canais seguros de comunicação.

Também vale a pena implementar outras medidas, como a adoção de controles de acesso rigorosos para limitar o número de funcionários autorizados a realizar transações financeiras, o monitoramento regular das atividades de conta em busca de atividades suspeitas e a atualização contínua dos sistemas de segurança cibernética para proteger contra ameaças emergentes.

Golpe do Pix em números: Quantos?

No Brasil, o golpe do Pix tem se mostrado uma ameaça cada vez mais preocupante, afetando pessoas de todas as regiões do Brasil.

A popularidade do sistema de pagamento instantâneo é evidenciada pelas estatísticas: foram realizadas mais de 42 bilhões de operações via Pix em 2023.

No mesmo ano, de acordo com um relatório do Banco Central, foram confirmados cerca de 2,5 milhões de golpes do Pix, gerando um prejuízo incalculável para os brasileiros.

Esses números alarmantes refletem a necessidade de se proteger contra golpes financeiros e manter a segurança das transações.

Banco Central alerta sobre os golpes do Pix!

Em seu site oficial, o próprio Banco Central alerta sobre a ocorrência de golpes via Pix, e explica como os brasileiros podem proteger suas finanças. Veja abaixo a nota:

“Em muitos casos, o golpe não está relacionado diretamente ao Pix. Ou seja, o Pix é apenas o meio de pagamento utilizado pela vítima para transferir o valor para o golpista.

Se esse é o seu caso, o BC orienta a:

Registrar a ocorrência na polícia;

Entrar em contato com a sua instituição para informar o caso. Sua instituição poderá fazer a marcação da chave Pix e do CPF do golpista, para que novos golpes não sejam efetivados; e

Caso queira, entrar em contato com a instituição beneficiária* do recurso (instituição onde o golpista tem a conta para onde você transferiu o dinheiro) para buscar esclarecimentos sobre o caso.

Caberá à instituição a análise do caso de fraude e o eventual ressarcimento, a exemplo do que ocorre hoje em fraudes bancárias. Se a fraude no âmbito do Pix for decorrente de falhas nos mecanismos de gerenciamento de riscos da instituição, esta deverá se responsabilizar pelo caso.

Caso a situação não seja resolvida e você continue insatisfeito, você pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor (Procon do seu estado) ou ao Poder Judiciário para buscar reparação do dano.

É possível, ainda, registrar uma reclamação junto ao BC, contra a instituição recebedora dos valores indevidos, ou seja, a instituição onde o suposto golpista possui conta.Ficar atento, adotar medidas de segurança e seguir as dicas de prevenção são passos essenciais para evitar cair nessas fraudes”.

Com a conscientização e cuidado, é possível minimizar os riscos e desfrutar dos benefícios oferecidos pelo sistema de pagamento Pix de forma segura.