A análise de riscos é um meio de avaliar as ameaças que podem prejudicar o alcance dos objetivos almejados em uma empresa. Ela pode ser composta por duas frações: a probabilidade de alguma coisa dar errado, e as consequências se der.
Sabemos que administrar uma empresa não é uma tarefa fácil. Afinal, para isso, é necessário tomar decisões importantes, as quais podem oferecer alguns riscos inerentes para o negócio.
Por exemplo, em um contexto corporativo, qualquer decisão ou tarefa gera um risco, como:
- investir em uma ação de marketing e não ter tantos retornos com vendas;
- desenvolver um produto novo e não ter boa aceitação dos clientes; ou
- planejar um treinamento corporativo e não perceber impacto na produtividade dos colaboradores.
Com isso, a análise de riscos se faz importante para que todos esses perigos sejam devidamente mensurados. Assim, a empresa pode elaborar o devido planejamento para caso eles ocorram.
Então, se você tem dúvidas sobre como fazer uma análise de riscos correta e eficaz, continue a sua leitura até o final porque, nós do Genyo, vamos lhe mostrar. Confira a seguir!
O que é a análise de riscos?
De modo geral, a análise de riscos trata-se de uma avaliação, cujo objetivo é averiguar os possíveis problemas que podem ocorrer mediante uma decisão ou tarefa dentro da empresa. Uma vez que essas falhas podem afetar negativamente os resultados do negócio.
Sendo assim, a análise de riscos é um processo em que se avalia a probabilidade de acontecer um cenário antagônico às metas da empresa.
Logo, o intuito é identificar os riscos, antes mesmo de os problemas acontecerem. Dessa forma, a empresa pode se preparar estrategicamente para caso algo dê errado, bem como planejar ações para evitar as falhas ao máximo possível.
Por que é importante que as empresas façam a análise de riscos?
Sem dúvidas, é fundamental que as empresas realizem a análise de riscos, pois, a partir dela, é possível tomar decisões com mais segurança e estratégica.
Por essa razão, as companhias conseguem elaborar projetos, visando os possíveis problemas que podem ocorrer e os impactos para os seus resultados.
Além disso, com a análise de riscos, os líderes podem criar ações preventivas. Sem contar que ela oferece uma ótima base para que as organizações avaliem se vale a pena ou não iniciar ou continuar com um projeto.
Tipos de riscos que podem afetar as empresas
Quando se trata do mercado empresarial, os riscos podem ser variados e distintos entre si. Por isso, saber identificá-los é crucial para tomar as devidas medidas preventivas ou corretivas.
Saiba mais detalhes sobre cada tipo de risco a seguir!
Riscos reais
Os riscos reais são aqueles nos quais não existem chances de ganhos. Ou seja, caso eles ocorram, a empresa vai ter apenas perdas. Veja abaixo quais são eles!
Riscos às pessoas
Os riscos às pessoas são aqueles que abrangem os colaboradores ou parceiros. Como são os casos dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, que podem representar ameaças à integridade física dos indivíduos.
Riscos de responsabilidade
Os riscos de responsabilidade referem-se ao impacto das atividades da empresa para o ecossistema. Logo, são as atribuições realizadas pela companhia que podem gerar danos ambientes ou falhas em serviços ou produtos.
Riscos à propriedade
Os riscos à propriedade são aqueles que podem levar a perda de bens ou patrimônios físicos, como prédios, equipamentos, veículos, entre outros. Por exemplo, um fator comum de risco à propriedade é o incêndio.
Riscos especulativos
Diferente dos riscos reais, os riscos especulativos não dão certeza se a empresa vai ganhar ou perder. Portanto, eles servem apenas para serem analisados e especulados.Assim, a empresa pode avaliar se há mais chances de perdas ou de ganhos.
Confira abaixo mais detalhes sobre eles!
Riscos de inovação
Sabemos que a inovação tem sido cada vez mais necessária nas empresas. Afinal, com a alta exigência do público atual, o maior impacto da tecnologia e o aumento da concorrência, as organizações que não inovam, acabam ficando para trás.
No entanto, qualquer ação de inovação gera possibilidades de ganhos ou perdas, uma vez que não é possível ter garantia dos resultados.
Como, por exemplo, o investimento em uma solução tecnológica nem sempre aumenta a cartela de clientes. Por outro lado, isso pode fazer a empresa ter uma maior visibilidade perante a concorrência.
Então, como você pode ver, esse é um tipo de risco que pode gerar ganhos e perdas ao mesmo tempo.
Riscos financeiros e administrativos
Os riscos financeiros e administrativos estão relacionados às tomadas de decisões, nas quais o dinheiro está envolvido diretamente. Nesse caso, envolvem-se os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, entre outros.
Riscos políticos
Toda empresa atua conforme um certo segmento do mercado, que, por sua vez, é afetado direta ou indiretamente pelo cenário político local e/ou federal.
Sendo assim, os riscos políticos são aqueles em que há ameaças à estabilidade da organização, caso ocorra determinada alteração política.
Classificação dos riscos
Os riscos também podem ser classificados conforme a sua gravidade e chances de realmente acontecerem. À vista disso, as empresas podem observar o quão eles são preocupantes. Veja abaixo mais detalhes!
Classificação pela gravidade do risco
- Desprezível: são os riscos que podem levar a pequenos prejuízos aos equipamentos da empresa ou pequenas lesões nos colaboradores, as quais não impedem o retorno ao trabalho imediato depois do atendimento médico. Esses tipos de riscos não oferecem prejuízos ao ambiente;
- Marginal: são os riscos que podem levar a pequenas lesões ou incapacidade parcial nos colaboradores, pequenas perdas financeiras, danos ao meio ambiente de fácil recuperação ou estragos leves nas instalações ou equipamentos da empresa;
- Crítica: são os riscos que podem levar a lesões sérias nos colaboradores, danos graves às instalações ou equipamentos da empresa, prejuízos para o meio ambiente ou grandes perdas financeiras;
- Catastrófica: são os riscos de classificação mais alta da escala. Eles podem levar a acidentes no trabalho, os quais podem provocar incapacidade total ou morte dos colaboradores. Além de danos irreparáveis ao meio ambiente, perda total das instalações ou equipamentos da empresa ou prejuízos financeiros excessivos.
Classificação pela probabilidade do risco
- Frequente: há grandes chances do risco acontecer por diversas vezes;
- Provável: acredita-se que o risco pode acontecer pelo menos uma vez ao longo do negócio;
- Improvável: há poucas chances de o risco acontecer, mas isso não significa que ele deve ser ignorado;
- Remoto: há apenas uma chance de acontecer;
- Extremamente remoto: há chances de acontecer, mas é mais na teoria do que na prática.
Como fazer uma análise de riscos correta e eficaz
Agora que você já sabe o que é a importância da análise de risco para a empresa, deve estar se perguntando: mas como implementá-la de forma eficaz e prática na política da corporação?
É isso que nós vamos mostrar neste tópico! Confira abaixo todo o passo a passo de como fazer uma análise de riscos segura e fácil!
1 – Estabeleça a situação que deve ser analisada
Antes de mais nada, uma análise de risco é feita sempre referente a uma determinada situação. Uma vez que você não deve fazer apenas uma análise para atividades distintas.
Suponhamos, por exemplo, que uma empresa esteja planejando uma ação de marketing para lançar um novo produto. Aqui, o projeto deve ser elaborado para atingir o público certo, a fim de alcançar o objetivo de vendas almejado!
Portanto, será necessário analisar todos os atos que integram o projeto, com o propósito de avaliar os riscos que cada um deles possui.
2 – Identifique os riscos
Na segunda etapa, é a hora de analisar todas as probabilidades de risco que a situação apresenta.
Ainda utilizando o exemplo que citamos no tópico anterior, imagine tudo o que pode ser feito para a ação de marketing dar certo, mas também se pergunte: o que pode dar errado?
Vale destacar que uma análise de risco bem feita também pode demandar do uso de técnicas e ferramentas para mensurar os perigos de forma quantitativa e qualitativa.
Dentre as técnicas e ferramentas existentes, as que mais costumam ser utilizadas pelas empresas são:
Análise Preliminar de Risco (APR)
A APR é uma técnica excelente para as fases iniciais do projeto. Isso porque, ela ajuda as empresas a anteciparem os problemas para, a partir daí, avaliar se a proposta oferece riscos baixos, médios ou altos.
Para isso, o primeiro passo é identificar e listar os riscos possíveis. Nessa etapa, é válido solicitar a participação de todos os colaboradores que estarão envolvidos no projeto.
Em seguida, faça a estimativa dos danos e consequências negativas que podem acontecer caso os riscos, de fato, ocorram. Uma vez que os riscos são antecipados e analisados, é possível planejar ações preventivas.
Project Management Body of Knowledge (PMBOK)
O PMBOK é o guia completo para o gerenciamento de qualquer tipo de projeto. De acordo com essa técnica, antes de começar a análise de riscos, é crucial fazer um trabalho de mapeamento e identificação.
Isso deve ser feito a partir de uma lista, onde a empresa descreve os principais perigos e oportunidades que podem impactar o projeto e o desenvolvimento do negócio.
Nesse sentido, é interessante consultar opiniões de especialistas, experiência do time e dados históricos da própria organização.
Assim, depois de descrever todos os riscos, a técnica indica que a análise seja feita precedente da estimativa da probabilidade dos riscos em porcentagem, e o impacto em moeda local, como real, euro ou dólar.
What if
O What if é uma ferramenta mais apropriada para a identificação de riscos. Ela pode ser utilizada durante a reunião com o time de especialistas que farão parte da elaboração do projeto.
Nesse caso, para cada cenário apresentado, são feitos questionamentos com a pergunta “E se?”, que é a tradução para “What if?”.
Então, com base nas respostas, os riscos podem ser identificados e, posteriormente, analisados por toda a equipe.
3 – Determine a gravidade de cada risco
Até aqui, você já identificou os riscos. Então, é hora de determinar a gravidade de cada um deles. Para isso, você pode optar por duas alternativas: utilizar as classificações citadas acima ou fazer uma fórmula matemática para reconhecer o grau da ameaça.
Caso opte pela segunda opção, você deve calcular a probabilidade do risco X a gravidade do resultado. Cada um desses fatores é caracterizado por um número, dentro de uma escala (1 – 3 – 5).
Desse modo, é possível priorizar as medidas preventivas de acordo com a gravidade do risco.
4 – Defina as estratégias
Por último, é o momento de definir as estratégias perante os riscos identificados e analisados. No mundo dos negócios, existem cinco estratégias que podem ser implantadas, são elas:
Aceitar
Se o risco for de grau leve e oferecer pequenas chances de pequenos impactos para a empresa, pode-se, simplesmente, aceitá-lo. Afinal, a probabilidade de ele acontecer é mínima. Mas, é válido planejar ações se, por acaso, ele se concretizar.
Mitigar
Em suma, mitigar os riscos significa tentar reduzir a sua gravidade. Não é uma estratégia que garante sucesso, mas é menos extremista. Podendo ser uma boa opção quando o projeto representa grandes oportunidades, mas também grandes riscos.
Mas, vale lembrar que, ao mitigar os riscos, você não evita completamente que eles aconteçam.
Transferir
A transferência de riscos é o ato de aceitá-los, mas transferir as consequências para terceiros, como é o caso de seguros. Um exemplo clássico são os seguros de perdas e danos.
Explorar
Essa estratégia é útil para casos de riscos de impactos positivos, isto é, quando as probabilidades de bons resultados são grandes. Assim, a empresa pode aumentar a gravidade do risco para desfrutar das oportunidades que podem acontecer.
Evitar
Por último, como o próprio nome já diz, evitar riscos é mudar totalmente o projeto ou as ações para não ter nenhuma chance de que eles aconteçam. É uma opção para riscos de grau alto.
Vale lembrar que o ideal é que as estratégias sejam utilizadas em conjunto, e não sozinhas. Assim, é possível realizar melhores ações para driblar os riscos.
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