Polywork: Conheça a nova tendência da Geração Z no trabalho

Nos dias atuais, o Polywork surge como uma abordagem inovadora e dinâmica que transforma a experiência profissional.

Essa tendência está em ascensão, permitindo que cada vez mais brasileiros, especialmente os jovens da Geração Z, gerenciem múltiplos empregos simultaneamente.

Dados recentes mostram que 544.691 brasileiros entre 14 e 29 anos exercem essa prática, refletindo a busca por carreiras multifacetadas e flexibilidade no trabalho remoto.

Diversas empresas já se adaptaram a essa nova realidade, promovendo um modelo de trabalho híbrido que melhora o bem-estar dos colaboradores e a experiência do cliente.

O Polywork não apenas repensa as dinâmicas tradicionais de emprego, mas também desafia as expectativas dos trabalhadores modernos, que almejam segurança financeira e a realização de seus sonhos pessoais.

Com a flexibilidade que esse modelo oferece, o futuro do trabalho promete ser cada vez mais adaptável e alinhado às necessidades individuais.

Nesse sentido, confira abaixo o que é Polywork e como aplicar essa metodologia no seu trabalho e na sua carreira!

O que é Polywork?

O Polywork é um conceito que vem ganhando destaque no Brasil, referindo-se à prática de trabalhar com múltiplos empregos ao mesmo tempo.

A permite que os profissionais administrem várias funções simultaneamente, ao invés de confinar suas carreiras a uma única fonte de renda.

Os jovens, principalmente da Geração Z, estão se voltando cada vez mais para o trabalho com múltiplos empregos como uma forma de diversificar suas trajetórias profissionais.

Estatísticas indicam que no Brasil, 60% dos profissionais acumulam dois ou mais trabalhos. Uma significativa parcela, cerca de 31%, busca garantir segurança financeira por meio do Polywork, enquanto 26% complementam seus ganhos mensais com essa prática.

Além disso, 25% desejam alcançar um sonho pessoal, destacando a motivação que impulsiona essa nova geração em suas escolhas profissionais.

Nos Estados Unidos, quase metade da população já possui atividades paralelas ou planeja iniciá-las, ilustrando uma tendência global em ascensão – que também é conhecida como “cultura do hustle“.

O conceito de polywork se mostra relevante tanto para os profissionais quanto para as empresas, que podem se beneficiar da diversidade de habilidades que esses trabalhadores trazem, promovendo inovação e enriquecendo o ambiente de trabalho.

Contudo, é recomendado que os profissionais adotem uma gestão adequada do tempo, visto que o acúmulo de funções pode levar ao burnout, exigindo um cuidado especial com a saúde mental.

Polywork na Geração Z: entenda a tendência

A Geração Z, formada por indivíduos nascidos entre 1995 e 2010, está cada vez mais adotando o polywork, uma tendência que reflete a dinâmica do mercado de trabalho atual.

Aproximadamente 544,691 brasileiros na faixa etária de 14 a 29 anos declararam ter dois empregos, enquanto 27,907 estão engajados em três ou mais ocupações, segundo dados da PNAD Contínua do último ano.

Os números destacam a necessidade de renda extra como um dos principais motivos do polywork.

Os jovens valorizam a diversidade de experiências e o desenvolvimento pessoal no mercado de trabalho. A busca por propósito e flexibilidade oferece a oportunidade de explorar diferentes caminhos profissionais, permitindo que construam portfólios ricos e variados.

Essa flexibilidade se traduz em uma priorização do bem-estar, refletindo a importância que a saúde mental tem para essa geração.

O polywork desafia a ideia de que especialização em uma única área é a chave para o sucesso. Em vez disso, permite que os jovens construam uma carreira adaptável, onde podem escolher projetos alinhados com seus interesses e objetivos pessoais.

Essa mentalidade empreendedora está moldando a Geração Z e ajudando-os a navegar em um mercado laboral em constante mudança.

Confira mais detalhes na tabela abaixo:

A adoção do polywork pela Geração Z representa uma mudança significativa nas dinâmicas profissionais, trazendo consigo desafios e oportunidades que moldarão o futuro do trabalho.

Quais são as vantagens do Polywork?

O polywork apresenta diversas vantagens para profissionais que buscam diversificação e crescimento em suas carreiras.

• Por exemplo: uma das principais vantagens do polywork é a capacidade de criar um portfólio robusto.

A abordagem permite que os indivíduos mostrem suas habilidades e projetos variados, aumentando, assim, suas oportunidades profissionais.

Além disso, a flexibilidade do polywork oferece a autonomia necessária para que os profissionais explorem diferentes áreas de interesse.

A adoção dessa estratégia contribui para o desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, para a ampliação de habilidades diversas, tornando-os mais atraentes no mercado de trabalho.

Na prática, a gestão de múltiplas atividades e o uso de ferramentas digitais facilitam essa transição e o gerenciamento do tempo.

Combinados, todos esses aspectos demonstram que o polywork vai além de uma tendência: é uma mudança significativa na forma como os profissionais interagem com o mercado.

Assim, profissionais que adotam o polywork podem esperar benefícios tanto individualmente quanto em colaboração com suas redes, transformando suas carreiras e experiências de trabalho.

Impactos do Polywork nas empresas

O polywork tem transformado a cultura empresarial, ao desafiá-la a se adaptar a novas realidades e demandas dos profissionais.

Como citamos anteriormente, 60% dos trabalhadores brasileiros sustentam múltiplos empregos, refletindo um movimento crescente que busca flexibilidade e segurança financeira.

Esses profissionais, muitos com graduação ou pós-graduação, trazem para as empresas uma visão mais dinâmica e inovadora.

As organizações que aceitam essa mudança e implementam práticas que favorecem o polywork observam um impacto inegável – que pode ser tanto positivo quanto negativo.

• Por exemplo: os profissionais em ambientes polivalentes desenvolvem competências variadas, o que permite a construção de redes de contato mais amplas.

A diversidade de habilidades resulta em maior inovação nas empresas, uma vez que diferentes perspectivas são compartilhadas e valorizadas.

Por outro lado, a pressão associada à cultura do hustle pode prejudicar a saúde mental dos profissionais. Afinal, questões como burnout e sobrecarga são preocupações constantes para aqueles que trabalham em múltiplas funções.

Para mitigar esses problemas, as lideranças devem entender e integrar as dinâmicas do polywork em suas estratégias, promovendo uma cultura empresarial que priorize o bem-estar e a inovação.

Nesse contexto, especialistas recomendam 3 práticas importantes:

• Valorização da diversidade de pensamentos
• Promoção da flexibilidade no trabalho
• Incorporação de uma abordagem mais humana nas práticas organizacionais

O futuro do trabalho, conforme aponta a atual tendência do polywork, pode ser interpretado como uma oportunidade de transformar as relações de emprego e criar um ambiente mais saudável e produtivo, onde a cultura empresarial se adapta às necessidades dos profissionais.

Quais as desvantagens e desafios do Polywork?

O crescimento do polywork, apesar de benéfico para muitos trabalhadores, apresenta uma série de desafios que não podem ser ignorados.

A primeira desvantagem a ser considerada envolve os riscos de esgotamento profissional e burnout.

Nesse contexto, dados recentes apontam que 30% dos trabalhadores no Brasil relatam sintomas de burnout.

A sobrecarga de responsabilidades, resultante da gestão de múltiplos compromissos, contribui significativamente para essa estatística.

Mas não é só isso! Os profissionais que optam por um modelo de trabalho diversificado frequentemente lidam com a ausência de benefícios tradicionais, como seguro de saúde e aposentadoria.

A instabilidade financeira, em particular, pode tornar-se um desafio, especialmente para freelancers, microempreendedores e trabalhadores com contratos de curto prazo.

Em síntese, a prática do polywork reflete as mudanças no mercado moderno, oferecendo alguma flexibilidade e oportunidades diversas.

Entretanto, é fundamental que os profissionais reconheçam os perigos do esgotamento e adotem estratégias para preservação do bem-estar.

Gestão de tempo no Polywork: como fazer?

Garantir uma gestão de tempo eficaz no polywork está entre os principais elementos para o sucesso nessa modalidade de trabalho.

Com a crescente adoção dessa prática entre os jovens profissionais, como apontam dados da PNAD Contínua, a eficiência no trabalho se torna ainda mais relevante.

Muitas vezes, esses profissionais lidam com diferentes projetos simultaneamente, o que exige um planejamento cuidadoso.

Para fazer uma boa gestão de tempo no polywork, recomendamos usar ferramentas de produtividade que ajudam a organizar as tarefas diárias e a priorizar as atividades.

• Exemplificando: a criação de um cronograma estruturado pode ajudar a manter o foco e o equilíbrio entre as diversas funções que um profissional desempenha.

Definir prioridades é o passo seguinte: ao saber quais tarefas são mais urgentes e importantes, é possível otimizar a eficiência no trabalho.

Nessa mesma perspectiva, a comunicação aberta com empregadores e colegas sobre a carga de trabalho é uma boa estratégia para evitar conflitos e garantir que todos estejam alinhados com as expectativas.

Falando em estratégias, listamos abaixo as melhores dicas para gestão de tempo no Polywork, bem como as ferramentas sugeridas para aplicar cada uma delas na prática:

Integrar essas estratégias no dia a dia melhora o gerenciamento de tempo e, da mesma forma, contribui para uma experiência mais gratificante e sustentável para os profissionais que adotam o estilo de vida de polywork.

Polywork CLT: o que diz a Lei?

Como o Polywork é um conceito um tanto quanto moderno, a legislação trabalhista brasileira não o aborda por nome.

Mas, por outro lado, a Consolidação das Leis do Trabalho abre espaço para que profissionais adotem o modelo de polywork, permitindo o exercício de múltiplas funções ao mesmo tempo.

Em termos mais práticos, a CLT não impõe a exclusividade de trabalho, possibilitando a combinação de empregos formais e informais, desde que respeitados os limites de carga horária.

• Ou seja: a CLT permite trabalhar para duas empresas ao mesmo tempo.

Na prática, a jornada de trabalho é limitada em 44 horas semanais, que podem ter acréscimo de 2 horas extras por dia. Tais horas adicionais, é claro, devem ser devidamente compensadas com um adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal.

Polywork como fazer no Brasil? Dicas práticas

Para ser um polyworker de sucesso no Brasil, vale a pena seguir alguns passos recomendados por especialistas.

Primeiramente, é necessário refletir sobre as habilidades pessoais e identificar quais áreas de atuação se alinham com seus interesses.

Na prática, um plano de carreira bem estruturado deve incluir múltiplas atividades que juntem sua experiência e conhecimento.

Em seguida, expandir a rede de contatos profissionais é sempre uma boa estratégia. O networking pode abrir portas para novas oportunidades, seja através de eventos, plataformas online ou grupos de interesse.

A execução disciplinada do plano de carreira é outro ponto que não pode ser ignorado. Os profissionais devem dedicar tempo regularmente para avaliar seu progresso, reinventar estratégias e buscar inovações.

Atualizar continuamente a marca pessoal, seja através de redes sociais ou de portfólios, garante maior visibilidade e atratividade no mercado.

Definir limites é o próximo passo para evitar sobrecarga: estabelecer horários e diversificar as tarefas realizadas durante a semana contribuem para a eficiência e melhor qualidade de vida.

Na tabela abaixo, resumimos as principais dicas para se tornar um polyworker de sucesso:

Ao seguir o caminho acima, você pode moldar sua carreira e começar uma jornada profissional rica e diversificada, que atenda ao desejo crescente de autonomia no trabalho.

Polywork e trabalho remoto: como fazer?

O trabalho remoto se tornou um aspecto de inegável importância na nova era profissional, especialmente em conexão com o conceito de polywork.

O modelo, afinal de contas, permite que profissionais desempenhem múltiplos papéis, abrangendo consultorias, projetos criativos e até empreendimentos próprios.

A flexibilidade proporcionada pelo trabalho remoto facilita a gestão dessas atividades, permitindo que os profissionais organizem sua carga horária de acordo com suas prioridades.

Nessa mesma perspectiva, o modelo híbrido emergiu como uma resposta à demanda por maior liberdade e adaptação: durante a pandemia, muitas pessoas descobriram novas formas de equilibrar suas responsabilidades e paixões.

Com o avanço tecnológico, ferramentas digitais e redes colaborativas se tornaram pioneiras nesse processo, possibilitando uma administração mais eficiente das tarefas.

Uma pesquisa Work Trend Index, por exemplo, revelou que mais de 70% dos trabalhadores desejam manter opções flexíveis de trabalho remoto após a pandemia, o que evidencia a importância desse padrão.

Dessa forma, as empresas precisam se adaptar a essa nova realidade, considerando que a mentalidade das novas gerações valoriza a realização pessoal e a conexão entre trabalho e valores.

• Por exemplo: implementar políticas de flexibilidade é uma boa dica para equilibrar interesses organizacionais e individuais.

Com isso, os profissionais que possuem experiências multidimensionais trazem visões criativas que desafiam as organizações a focarem em resultados tangíveis, além da mera quantidade de horas trabalhadas.

Polywork como tendência para o futuro do trabalho

Como você já deve ter percebido, o polywork se apresenta como uma tendência para o futuro do trabalho, especialmente considerando as constantes mudanças nas perspectivas corporativas.

Com a popularização dessa modalidade, mais profissionais buscam maior equilíbrio entre vida pessoal e carreira, refletindo uma mudança de paradigmas que valoriza a autonomia e o propósito.

Isso é especialmente verdadeiro entre a Geração Z, que já representa 25% da força de trabalho global em 2025, buscando novas formas de se engajar profissionalmente.

A adaptação das empresas a esse novo cenário, portanto, é imperativa. Até 2027, estima-se que 23% das profissões se modificarão, à medida que a inteligência artificial transforma a dinâmica do mercado de trabalho.

Estudos revelam também que, nos próximos anos, metade das competências atuais poderão se tornar obsoletas, revelando a urgência em se adaptar às tendências de trabalho que valorizarão habilidades relacionadas a tecnologia, como análise de dados e gestão de pessoas.

Com a tecnologia facilitando conexões globais, o polywork terá um papel cada vez mais central, fazendo com que tanto trabalhadores quanto organizações repensem suas estratégias para atrair e reter talentos no futuro.