A Síndrome de Burnout é definida como um estado de exaustão emocional, mental e física causado pelo estresse excessivo e prolongado relacionado ao trabalho. Essa doença tornou-se recentemente um problema de saúde ocupacional muito grave.
Esse problema tornou-se tão grave que, em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reclassificou a síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional.
Burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. Contudo, é importante ressaltar que a síndrome de Burnout refere-se especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida.
Uma vez que o estresse crônico no local de trabalho prejudica em grande parte a qualidade de vida, a atenção médica deve ser fornecida de forma adequada. Estar ciente dos sinais de alerta continua sendo crucial, permitindo que o tratamento seja prontamente administrado.
Quais são as características da Síndrome de Burnout?
A síndrome de burnout é descrita como um estado de exaustão emocional, mental e física causado pelo estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso. À medida que o estresse continua, o interesse pelo trabalho ou a motivação se esgotam.
A síndrome de burnout tornou-se um problema ocupacional tão sério na era moderna, que na América Latina, o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão, que pode ser causada pelo esgotamento no trabalho.
A síndrome de burnout é caracterizada em três dimensões. Vamos conhecê-las:
- Sensação de esgotamento de energia ou exaustão.
- Sentimentos de negativismo ou desprezo relacionados ao trabalho e redução da autoconfiança.
- Redução da eficácia no ambiente profissional e aumento da distância mental perante os seus colegas e clientes.
Quais são os sinais de alerta da Síndrome de Burnout?
É muito importante reconhecer os sinais de alerta da síndrome de burnout desde o início. Isso porque, dessa forma você pode começar a assumir o controle e priorizar seu próprio bem-estar, para que os sintomas desse fenômeno ocupacional não prejudiquem sua vida pessoal e profissional.
Por isso, nós do Genyo listamos os principais sintomas e sinais de alerta da síndrome de burnout para você aprender a identificá-los desde cedo.
● Exaustão
A exaustão é um tipo de cansaço persistente que não é aliviado nem mesmo quando você descansa. Por conta disso, você acaba se sentindo mentalmente e emocionalmente esgotado e fisicamente esgotado na maior parte do tempo. Em outras palavras, você está com pouca energia e frequentemente se sente sobrecarregado.
● Diminuição do entusiasmo pelo trabalho
O estresse e a frustração tornam você cada vez mais negativo e ressentido com o trabalho. Você não se entusiasma mais com nada e começa a se distanciar emocionalmente dos outros. Você acorda todos os dias com uma sensação de medo do trabalho. Todas essas características podem ser um sinal de alerta para uma possível síndrome de burnout.
● Diminuição da performance no trabalho
Você tem dificuldade de concentração e é menos eficiente. Você está achando difícil fazer as tarefas do trabalho ou está atrasado com elas sendo que antes isso nunca acontecia. Você está esquecido. Estes são alguns dos sinais comuns de esgotamento. Quanto mais estressado você estiver, mais difícil será lidar com novos estressores. O estresse também afeta o córtex pré-frontal medial, a parte do cérebro associada à função executiva – um dos sintomas físicos do esgotamento que é importante evitar.
● Preocupação e ansiedade
Você se sente ansioso e preocupado, especialmente se estiver relacionado ao seu desempenho no trabalho. Você pode se sentir melhor quando chega em casa e faz as coisas de que gosta, mas a ansiedade volta assim que você volta ao trabalho. Isso porque, a síndrome de burnout está relacionada ao desenvolvimento de distúrbios do humor, sintomas depressivos e ansiedade.
● Dificuldades para dormir
O estresse está afetando seu sono. Você pode ter desenvolvido insônia e está com dificuldades para adormecer. Ou até mesmo costuma acordar durante a noite ou acorda muito cedo e não consegue voltar a dormir. Esses sinais relacionados ao sono podem ser causados pela síndrome de burnout.
● Sintomas físicos
O estresse crônico pode levar a sintomas físicos, tais como dores de cabeça e enxaquecas, dores nas costas, problemas de pele e dores em geral. A síndrome de burnout é um fator contribuinte para sintomas físicos, incluindo dor de cabeça, dor nas costas, problemas respiratórios e gastrointestinais.
● Irritabilidade e mudanças de humor
Pessoas com síndrome de burnout podem se sentir mais mal-humoradas do que o normal. Isso ocorre porque a amígdala – a parte do cérebro associada ao medo e à agressão – é maior em pessoas que sofrem de esgotamento. Também existem fortes conexões entre a amígdala e áreas do cérebro ligadas ao sofrimento emocional.
Recuperar-se de uma síndrome de burnout pode levar semanas, meses e, em alguns casos, até anos. Então, o ideal é identificar sintomas potenciais antes que eles se tornem crônicos. Dessa forma, você pode tomar medidas para sair do precipício antes que a situação se torne muito problemática.
Como prevenir a síndrome de burnout?
Agora que você já sabe quais os sinais da síndrome de burnout, vamos descobrir como evitá-los. Nós do Genyo preparamos algumas dicas para que você possa se prevenir de chegar ao esgotamento do trabalho. Aqui vão elas:
● Identifique o que está te incomodando
Muitas vezes, o estresse no trabalho se acumula com o tempo. Dito isso, pode ser útil identificar as áreas de sua vida profissional que aumentam seu estresse. Essas áreas costumam ser chamadas de “estressores”
Essa dica pode parecer óbvia, mas saber quais áreas de sua função lhe causam mais estresse pode ajudar você a gerenciar e ajustar adequadamente os seus estressores.
● Aprenda sobre o estresse
Quanto mais você souber sobre a resposta humana ao estresse, mais equipado estará para gerenciá-lo. Sendo mais específico, pode ser útil lembrar que nossa resposta ao estresse foi projetada evolutivamente para nos manter seguros, lutando e fugindo de predadores.
À medida que nossos corpos se preparam para “lutar” ou “fugir”, ocorrem várias mudanças fisiológicas, como o aumento do fluxo sanguíneo, o que faz com que sua frequência cardíaca aumente.
É essencial aprender sobre esse processo, para ajudar você a detectar seus próprios sinais físicos de estresse, o que pode permitir que você seja mais proativo em relação à sua necessidade de alívio do estresse.
● Lembre-se que seu corpo não diferencia as ameaças reais das imaginárias
O sistema humano de resposta ao estresse não é sofisticado o suficiente para entender a diferença entre uma ameaça real e algo com o qual seu cérebro apenas se preocupa, como um erro no trabalho pode custar seus empregos.
Dessa forma, quando você passa o tempo se preocupando com algo que pode acontecer, seu cérebro pensa que está acontecendo e entra em ação liberando hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina.
● Respire
Pode parecer simples, mas respirando devagar e profundamente, você está se comunicando imediatamente com a parte do corpo que inicia sua resposta de relaxamento. Por causa disso, simplesmente respirar fundo e devagar é uma ótima dica para quando você perceber que está estressado e precisa controlar o emocional.
Mesmo que sua mente ainda esteja acelerada, pelo menos seu corpo está obtendo alguma informação de que você não está em perigo imediato. Para ajudar a desacelerar sua respiração, tente contar suas inspirações e expirações e/ou coloque a mão no estômago para perceber a subida e descida conforme você respira.
● Primeiro lide com o estresse, depois com o estressor
Para lidar com a síndrome de burnout, temos que tentar reduzir e gerenciar tanto o estresse quanto o estressor. No entanto, ao fazer isso, queremos fazer pelo menos algo para reduzir ou gerenciar nosso estresse antes de focar nossa atenção em lidar com o próprio estressor.
É por isso que é importante reservar um momento para si mesmo para lidar com o estresse antes de tentar lidar com o próprio estressor. No mínimo, respire fundo algumas vezes e, na melhor das hipóteses, faça algumas coisas para garantir que você complete o ciclo de estresse. Inteligência emocional ajuda muito nesse momento.
● Use lembretes diários para se manter relaxado
Essa é uma dica simples e fácil de se seguir, que se demonstra também muito útil para lidar com o estresse e a síndrome de burnout. Estabelecer lembretes de relaxamento ao longo do dia é uma ótima maneira de permanecer consistente com o gerenciamento proativo do estresse.
Você pode definir um lembrete em seu telefone ou calendário de trabalho ou escolher um objeto que comece a associar ao relaxamento.
Se você respirar fundo repetidamente, jogar os ombros para trás e pensar (ou dizer) a palavra “calmo” ou “relaxado” toda vez que receber um lembrete ou ver seu objeto de relaxamento específico, seu corpo se tornará cada vez mais eficiente em retornar a um estado de relaxamento.
● Seja realista com seu gerenciamento de tempo
Uma causa universal de estresse no trabalho são os prazos apertados e os atrasos. Embora isso possa ser um aspecto inevitável de sua função, muitas vezes nos encontramos nesses cenários porque não somos realistas quanto às nossas expectativas de tempo.
Em outras palavras, nunca pensamos que as coisas vão demorar tanto quanto realmente demoram. Um passo importante para isso é comunicar claramente o que é realista quando os cronogramas são discutidos em equipe ou com a liderança.
● Terapia
A terapia pode ser útil sempre que você precisar de suporte adicional em relação à sua saúde psicológica e ao local de trabalho. A terapia também é especialmente importante se o estresse do trabalho começar a dominar sua vida e afetar outras áreas do seu bem-estar, como seus relacionamentos.
Como o gestor pode ajudar os colaboradores a fugirem do burnout?
A síndrome de burnout pode ser prejudicial para sua empresa. Isso porque, ela atinge o motor essencial que faz uma organização funcionar, que é o seu capital humano.
Pensando nisso, nós preparamos algumas dicas para que os gestores descubram como ajudar os funcionários para que estes não caiam no esgotamento do trabalho. Confiram elas a seguir:
● Fique atento aos sinais de fadiga
Os funcionários e gestores devem trabalhar juntos para reconhecer e aliviar os sintomas de fadiga antes que eles aumentem. O simples ato de verificar com os funcionários e procurar sinais de exaustão – como irritabilidade, falta de foco e erros incomuns – e dar-lhes espaço para gerenciar o estresse os ajudará a evitar o esgotamento.
● Crie um ambiente de apoio
Quando os funcionários estão cansados e sob pressão, eles podem sentir que a empresa não está ouvindo suas preocupações, e isso pode levar ao esgotamento. Ao atribuir uma nova tarefa a um funcionário, ofereça suporte, treinamento ou ferramentas para concluí-la.
Outro ponto é que embora não seja necessário mergulhar nas histórias de vida dos funcionários, os gestores podem saber quando os membros de sua equipe estão tendo problemas pessoais mantendo uma política de portas abertas e conversando com eles.
O gestor pode aproveitar a tecnologia do Genyo que permite centralizar os diálogos corporativos inclusive individualmente!
● Incentive os funcionários a tirar férias
A gerência não deve esperar até a metade do ano, quando os funcionários são forçados a tirar férias porque estão cansados. É muito importante gerenciar esse processo e garantir que os funcionários o sigam, para que se evite problemas piores no futuro.
● Invista em treinamento de liderança
Muitas vezes, os gestores não expressam suas expectativas com clareza, e isso pode levar à frustração e possível esgotamento de sua equipe.
Trabalhar com consultores de recursos humanos e fazer aulas de liderança pode educar os gestores sobre o comportamento humano no local de trabalho e ensiná-los maneiras criativas de apoiar suas equipes
Quando você pratica uma gestão de desempenho eficaz e tem expectativas claras, os funcionários serão mais hábeis em atingir suas metas no prazo. Mas para isso, o gestor deve desenvolver competência socioemocional para lidar com seus funcionários.
Além disso, remuneração adicional e vantagens não monetárias, como dias extras de folga ou investimento na educação, para recompensar os funcionários por atingirem seus objetivos, fazem uma grande diferença na maneira como as empresas podem apoiar a equipe e ajudá-la a atingir suas metas.
Deixe sua equipe saber que a empresa aprecia seus esforços e o trabalho que fizeram e, na maioria das vezes, pequenos reconhecimentos serão recompensados de grandes maneiras.
Possuir a tecnologia do Genyo irá ajudá-lo como gestor a lidar com muitos pontos da empresa, de forma a possuir mais tempo para cuidar dos seus funcionários e evitar uma síndrome de burnout.
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