O que é liderança democrática? Descubra se vale a pena aplicá-la na sua empresa

Entenda o perfil da liderança democrática e descubra se é recomendável aplicá-la na sua empresa. Veja mais neste artigo!
Sumário
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A liderança democrática faz parte dos 7 tipos de lideranças mais presentes nos departamentos de gestão de pessoas. Considerando o nome, essa maneira de liderar parece ser a mais perfeita de todas. Mas será que, de fato, é “essa Brastemp” toda?

No post de hoje, você entenderá como funciona esse modelo de gestão, incluindo suas vantagens e desvantagens. Por fim, este artigo te dará uma sólida base para fazer seus julgamentos e, naturalmente, compreender se vale a pena concentrar esforços num líder carismático.

Vamos lá?

O que é a liderança democrática?

Para começar a entender o que é liderança democrática, precisamos ir lá na raiz etimológica do termo. Nesse sentido, saiba que “democrática” vem do termo “democracia”, cujas origens apontam para duas palavras do vocabulário grego: demos (povo) e kratos (poder). Sendo assim, liderança democrática parte da ideia de que a relação entre líder e liderados é mais horizontalizada.

O fato de dar mais voz ativa aos colaboradores, no entanto, não quer dizer que o líder democrático possa endossar e incentivar quaisquer formas de libertinagem. Ou seja, o ambiente de trabalho continua com seu grau de seriedade, compromisso, dedicação e demais fundamentos que facilitem a busca por resultados positivos.

Na verdade, a liderança carismática incentiva e envolve a participação da equipe em todas as etapas dos processos de trabalho. Nesse sentido, o team leader está disposto a receber sugestões e opiniões, bem como a analisar as possibilidades de colaborações dos liderados. Assim sendo, as responsabilidades são igualmente distribuídas e os colaboradores participam ativamente das tomadas de decisões.

Por fim, é importante frisar que a gestão pautada na democracia prioriza a satisfação, o bem estar e a motivação do time. Em suma, o líder estimula os bons relacionamentos interpessoais, a comunicação assertiva e o desenvolvimento dos funcionários.

Quais as características da liderança democrática?

Na liderança democrática, o líder estreita sua relação com seus liderados. Nesse sentido, a gestão chama para a responsabilidade de orientar, apoiar e incentivar os colaboradores a buscarem seus respectivos desenvolvimentos.

É importante esclarecer que o líder democrático não se atém apenas às metas para que a equipe alcance os melhores resultados para a empresa. Dessa forma, é priorizado também o crescimento das pessoas que fazem parte dela.

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Abrindo mão do conservadorismo, a gestão democrática lança mão da flexibilidade, ou seja, a equipe fica confortável para participar dos processos de decisão. Abaixo, você confere algumas das principais características desse tipo de liderança.

Dispensa a ideia de superioridade

Apesar de ser hierarquicamente superior, um gestor democrática não se comporta com ar de superioridade ou mesmo de prepotência. Na real, esse tipo de líder faz questão de ser acessível a todos os membros de todas as hierarquias. Dessa forma, ele participa do ambiente corporativo de forma ativa e amistosa.

Cultiva o feedback

A comunicação clara e eficaz é essencial para o desenvolvimento da liderança democrática. Dessa forma, o gestor tem que estar preparado para dar feedbacks que sejam construtivos e impulsionem o crescimento dos liderados. Além disso, esse perfil de líder aceita receber feedbacks de seus liderados sem constrangimentos.

Encoraja a participação

Ao contrário da liderança autocrática, conhecida por centralizar todas as decisões, o gestor democrático delega funções e busca envolver os profissionais em todos os processos. Por consequência, essa horizontalização propicia ideias e inovações, além de atrair a atenção de talentos que não concordam com lideranças mais conservadoras.

Preocupação com o bem-estar de todos

Trabalhar sob pressão extrema é coisa do passado. Afinal, times que trabalham em regimes de tensão têm baixos índices de satisfação, altos índices de rotatividade e produtividade comprometida. Além disso, essa situação pode incentivar que o funcionário desenvolva doenças por conta do estresse. Bastante atento a esse tipo de problema, o gestor democrático procura deixar o ambiente corporativo leve, seguro e propenso a climas descontraídos e de serenidade.

Vantagens e desvantagens da liderança democrática

Se você chegou até aqui, certamente percebeu que há uma série de benefícios em torno da liderança democrática. Apesar dos pesares, no entanto, o papel exercido pelo líder democrático também tem seus reflexos negativos. Diante de nossa imparcialidade, temos o dever de te apresentar os prós e contras desse tipo de gestão.

Para começar, vamos falar das desvantagens da liderança democrática:

  • lentidão nas tomadas de decisões, pois há muitas opiniões nas tomadas de decisões;
  • funciona melhor com equipes mais experientes, uma vez que a inexperiência pode fazer o colaborador se vislumbrar com o populismo do team leader;
  • demandas podem ficar à deriva, por falta de quem assuma a direção do projeto;
  • nem sempre a melhor ideia é a escolhida, pois todos os colaboradores têm muita voz ativa.

Agora, vamos avaliar o lado positivo da gestão democrática:

  • interação real entre líder e equipe, sobretudo por causa da relação realmente amistosa estabelecida entre as partes;
  • valorização dos esforços do time, justamente pela facilidade do líder em motivar e dar feedbacks;
  • equipe se sente mais responsáveis pelos projetos, pois ninguém que decepcionar a liderança que tanto valoriza a equipe;
  • times mais comprometidos com seus trabalhos, uma vez que o líder consegue engajar os colaboradores com as cores da empresa.

Agora que já temos os dois elementos da balança, e as principais características conceituais sobre esse modelo de gestão, chegou a hora de avaliar se a sua implementação vale a pena.

Exemplos de liderança democrática

Conforme visto acima, os líderes que adotam uma abordagem democrática compartilham certas características. Nesse sentido, eles promovem a participação ativa de seus funcionários, fomentam a criatividade desde o “day 1” do colaborador no time, são honestos e transparentes. Além disso, demonstram humildade no dia a dia, bem como sustentam o costume de fornecer feedbacks regularmente.

Com base nas características acima, é possível imaginar que o mercado é ilustrado por vários exemplos de empresas que adotam a liderança democrática. A seguir, você confere algumas organizações que são lideradas por esse tipo de líder. A partir daí, seu entendimento sobre esse assunto estará abrangente o suficiente para refletir se esse modelo de liderança é o ideal para a sua empresa.

1. Google

Esse gigante da tecnologia surgiu em 1998, em Mountain View, na Califórnia. A empresa é mundialmente conhecida por ser a responsável por desenvolver produtos como o sistema operacional Android, o navegador web Chrome e a plataforma de vídeos YouTube. Certamente, em algum momento do seu dia, você utiliza algum produto desenvolvido pelo Google, concorda?

O Google adota um estilo de liderança democrático, onde as decisões são tomadas por meio de consenso entre os líderes de alto escalão. Os co-fundadores da empresa, Larry Page e Sergey Brin, possuem um estilo de liderança aberto e colaborativo. Nesse sentido, incentivam a participação e o envolvimento dos funcionários no processo decisório.

Essa confiabilidade depositada nos colaboradores, inclusive, é uma das táticas que o Google adota para manter os times motivados.

2. Apple

Na figura do lendário Steve Jobs, a Apple é conhecida por propagar a liderança democrática. Porém, nem sempre foi assim! Nos primórdios, Jobs era um líder autocrático. Inclusive, essa postura foi um dos fatores que motivaram o seu desligamento da empresa.

Já em sua segunda passagem pela Apple, Steve voltou renovado e disposto a estimular a participação dos colaboradores nas tomadas de decisões, bem como a ambição positiva.

Sob a batuta de Tim Cook desde 2011, a Apple manteve o foco em continuar sendo exemplo de liderança democrática. Nesse sentido, a empresa segue investindo em programas de treinamento e desenvolvimento profissional para os times e, em algumas situações, até para parceiros externos. Para Cook, um dos segredos do sucesso é “encorajar os colaboradores a pensar diferente e desafiar o status quo”.

3. Nelson Mandela

Para pensarmos um pouco “fora da caixa”, que tal lidarmos com um exemplo de liderança democrática que surgiu fora do ambiente corporativo?

Independente de orientação política, convenhamos: Nelson Mandela foi um dos grandes estadistas de nossos tempos. Na condição de principal representante do movimento antiapartheid, Mandela foi um grande exemplo de líder democrático.

Na ótica dele, o grupo é o principal responsável pelo sucesso. Seu legado inclui o desenvolvimento de equipes e o estímulo a um aprendizado sem imposições, com orientação na realização das tarefas.

Dito isso, é importante ressaltar que os exemplos de liderança democrática conhecidos ao redor do mundo têm em comum alguns pontos bem específicos: dessa forma, para esse tipo de líder desenvolve uma visão positiva do seu local de trabalho, através de uma grande capacidade administrativa baseada na participação, compartilhando decisões e apoiando sempre o trabalho colaborativo.

A liderança democrática é presente em várias organizações e sistemas que são sinônimos de sucesso. Antes de “virar a chave” aí na sua empresa e começar os trabalhos para mudar o mindset de seus líderes, recomendamos que termine a leitura deste artigo.

Conclusões sobre a liderança democrática

Para ser sucesso, a liderança democrática precisa ser planejada e pedagogicamente explicada para todos os envolvidos. Em outras palavras, é preciso que a comunicação seja muito bem conduzida, pois, líder, liderados e organização precisam estar na mesma página.

Primeiramente, precisamos entender que o populismo do líder pode ser facilmente confundido com amizade e acabar comprometendo a dedicação. Afinal, “amigos” podem vir a nutrir uma mútua dificuldade de fazer críticas de forma menos passional e mais racional. Consequentemente, as reuniões de feedback podem acabar virando “papo de compadres” e ofuscar os levantamentos dos pontos negativos que surgem em quaisquer processos de trabalho.

Em contrapartida, desde que muito bem conduzida, a gestão democrática tende a elevar o nível da produção. Profissionais confiantes, engajados e acolhidos, inevitavelmente trabalham com mais afinco e trazem os melhores resultados. Logo, o clima mais relax passa a ser um destaques da empresa no meio corporativo e, por consequência, atrai a atenção dos talentos do mercado.

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