Toda empresa segue uma estrutura organizacional, mas nem sempre eles funcionam. Isso pode ocorrer por diversos motivos, seja pela falta de treinamento dos colaboradores, ruídos na comunicação ou até mesmo uma escolha errada de implementação. Por conta disso, definir ou aplicar um desses modelos pode ser bastante trabalhoso, além de apavorar diversos gestores ao redor do mundo corporativo. Pensando nisso, preparamos algumas dicas sobre os principais exemplos organizacionais, como a estrutura matricial, que vem se tornando cada vez mais popular. Para muitos, ela oferece o equilíbrio perfeito na cadeia hierárquica entre os funcionários, além de proporcionar produtividade, boa comunicação e uma boa otimização de tempo. Quer conhecer os motivos? Confira agora como esse modelo se destaca dos demais.
O que são estruturas organizacionais?
As estruturas organizacionais são o coração de toda empresa, visto que elas são determinantes para que cada negócio possa funcionar de forma eficiente. Afinal, são estratégias ou ferramentas elaboradas com objetivo de organizar as metas, atividades e equipes da maneira mais produtiva possível. Para isso, precisa se preocupar com pontos essenciais em todo ambiente de trabalho, como a divisão de setores, processos, comunicação entre os indivíduos ou departamentos e a própria hierarquia. Com isso estabelecido, é possível fazer um planejamento mais detalhado para alcançar os objetivos de cada companhia.
É por esse motivo que não existe apenas um modelo, já que todos esses pontos vão variar bastante de acordo com o serviço oferecido, adotando o que melhor se encaixa no dia a dia para atingir bons resultados. No final, o mais importante é que a estrutura seja bem organizada, desenhada e aplicada da melhor forma possível na empresa. Além disso, os gestores e líderes acabam desempenhando um papel muito importante nesse processo, o que acaba exigindo profissionais muito qualificados.
Ainda assim, é importante entender que estrutura organizacional não é a mesma coisa que organograma, pois o segundo é apenas uma manifestação visual desse modelo de organização. Portanto, é uma forma de diagrama que auxilia no entendimento da distribuição hierárquica de cada empresa.
O que é uma estrutura matricial?
Como não segue o modelo hierárquico tradicional, o conceito do modelo de estrutura matricial pode ser confuso para alguns gestores. Isso porque ele faz uma combinação de dois ou mais tipos de moldes organizacionais, onde os funcionários passam a ter relações hierárquicas duplas, geralmente com um gerente funcional e um líder do projeto. Ou seja, além da liderança geral, cada grupo também vira subordinado de um responsável pela tarefa. Essas duas cadeias de comando geralmente são fluidas e não fixas, visto que não é algo definido de forma “oficial” pela empresa. Ainda assim, é uma matriz que apresenta resultados positivos ao redor do mundo corporativo, onde são empregadas as melhores estratégias para fortalecer os pontos fortes e compensar os fracos de uma equipe.
Esse tipo de organização pode ser estabelecida em projetos, localizações geográficas e serviços, sempre organizando-os de forma que possam atender todas as demandas. Segundo especialistas, é uma forma de capacitar as equipes de forma que possam encontrar avanços concretos em projetos complexos, mas sem perder o ritmo com burocracias que podem ser evitadas. Ainda assim, é importante entender que esse processo pode exigir certo investimento, seja na implementação da cultura da nova cadeia hierárquica entre os colaboradores ou até mesmo em novas tecnologias para o dia a dia, como um sistema de gestão de pontos. Através dele, é possível gerenciar a entrada e saída desses funcionários de forma mais simples e eficaz, sem a criação de atritos ou horas extras desnecessárias.
Tipos de estruturas organizacionais
É comum que surjam dúvidas se a estrutura matricial é o modelo correto para uma empresa, especialmente pelo fato de que existem outros tipos de formas de organizar uma equipe. Por conta disso, é importante conhecer e entender as mais populares no mercado. São elas:
Estrutura divisional
A estrutura organizacional se caracteriza pelo uso de diferentes times ou equipes em uma empresa, onde elas são divididas de acordo com o seu objetivo. É um modelo bem comum em negócios que oferecem produtos bem variados ou mais de um serviço, além de diferentes públicos. Nesses casos, a empresa passa a delinear diferentes frentes, muitas vezes completamente independentes e autônomas. Para os gestores, é uma excelente forma de evitar um efeito dominó a nível estratégico, pois os problemas ou conflitos podem ser isolados e resolvidos em cada divisão. Por outro lado, dependendo do produto oferecido, podem surgir competições entre esses setores, o que pode acabar comprometendo a qualidade do serviço oferecido.
Estrutura funcional
A estrutura funcional é a mais popular atualmente, então é bem provável que você já tenha trabalhado em uma empresa que utiliza esse modelo. Basicamente, ela divide a empresa em diferentes departamentos, onde os profissionais são alocados de acordo com a área que dominam e um deles, de acordo com suas competências, acaba se tornando o líder.
Para muitos, é o modelo mais seguro e que evita menos erros, já que os profissionais, como seguem a cadeia hierárquica de uma área, podem ser incentivados a se especializarem e apresentarem cada vez mais qualidade no dia a dia. Além disso, a nível de cooperação, os membros da equipe podem apresentar mais sintonia. No entanto, essa separação entre os departamentos pode acabar trazendo certa dificuldade em integrar os diferentes setores, o que aumenta os riscos de má sinergia.
Estrutura projetizada
A estrutura projetada é relacionada com os projetos de trabalho, normalmente aqueles em que as equipes são multidisciplinares e precisam seguir certo planejamento. Nesses casos, cada um desses times deve ser gerenciado por um líder, mas ao final do projeto, um novo time será forçado com uma cadeia hierárquica diferente. É uma forma de encarar os problemas com diferentes perspectivas, além de assumir mais autonomia na escolha dos gerentes e algumas demandas. Além disso, a alocação de recursos ou tomada de decisões podem ser feitas com menos burocracia.
Estrutura linear
O modelo linear é bem simples de entender, visto que apresenta uma estrutura bem simples, sempre distribuída de forma vertical ou piramidal, sempre de cima para baixo. É bem antiga e se inspira na forma como os exércitos se organizavam, onde cada indivíduo responde a alguém que está em um nível hierárquico logo acima. Por conta disso, é bem simples de ser delimitado em uma empresa, o que pode deixar mais claro o caminho para crescimento pessoal, o que pode motivar um pouco mais os colaboradores. Todavia, os processos podem ser muito mais burocráticos, além do aumento da possibilidade de ruídos na comunicação entre essas pessoas.
Estrutura de rede
A estrutura de rede é a mais recente dessas, mas uma das que mais cresce atualmente. Isso porque ela é consequência direta dos avanços nos meios de comunicação. Afinal, é a mais comum entre empresas que adotam o modelo home office. Nesse tipo de organização, a empresa pode contratar colaboradores de qualquer lugar do mundo, onde a interação e entrega de metas é feita através da internet. Por esse motivo, ainda é um tipo de modelo que bebe de outros, onde a cadeia hierárquica acaba variando de acordo com a cultura de cada empresa.
Como escolher a estrutura organizacional ideal?
Pode parecer bem difícil decidir qual desses modelos pode se encaixar com o seu negócio ou time. Segundo especialistas e gestores já experientes, você pode começar considerando o tamanho da sua empresa, o tipo de serviço oferecido e a região em que eles serão ofertados. Com isso em mente, é necessário refletir se não apenas os objetivos da empresa se alinham com essas formas organizacionais, mas também seus princípios e valores.
Ademais, também é importante entender que essas estruturas organizacionais não são tão quadradas ou devem ser seguidas com tanta precisão. Por esse motivo não é incomum encontrar empresas que bebem de diferentes fontes, implementando uma estrutura praticamente de personalidade. Cabe apenas criatividade, esforço e conhecimento dos gestores para aplicá-los e incrementá-los, mas sem desgastar as pessoas que trabalham nesses ambientes.
Por que adotar o modelo de estrutura matricial?
Existem diversos motivos pelos quais uma organização deveria adotar o modelo matricial, mas ela se encaixa perfeitamente naquelas empresas que executam diversos projetos de uma vez. Uma companhia que trabalha com call center, por exemplo, pode ter departamentos da área de contabilidade, setor financeiro, recursos humanos e até mesmo T.I. Nesses casos, um gerente para cada um desses setores pode ser muito eficaz, mas o gerente do projeto também evita que eles sejam sobrecarregados. Porém, para que ele possa ser aplicado da melhor forma possível, é importante conhecer os diferentes tipos do modelo.
Tipos de estruturas matriciais
As diferenças entre os tipos de estruturas matriciais determinam não só o tipo de hierarquia, mas também o equilíbrio de poder entre os dois gerentes. São eles:
Matricial forte
A matriz forte é o que esse tipo de estrutura se propõe a ser, pelo menos na teoria. Afinal, é justamente nela em que os gerentes passam a gerenciar os projetos sem participação efetiva na execução. É através desse modelo que os colaboradores conseguem mais autonomia, facilitando o processo de decisões.
Matricial equilibrada
Na matricial equilibrada, o gerente não apenas uma posição de comando e delegação de tarefas, mas também participa ativamente em determinado ponto ou escopo do projeto. Segundo especialistas, é um modelo que pode gerar certas dúvidas entre os funcionários, especialmente em relação a quem realmente toma as decisões nos setores. Ainda assim, ele é excelente em projetos mais complexos, já que alguns profissionais precisam garantir e acompanhar de perto a produtividade da equipe.
Matricial fraca
Por fim, a matriz fraca é caracterizada pelo gerente de projetos agir de forma semelhante a um coordenador, geralmente com bastante autonomia para os processos de tomada de decisão.
Os benefícios da estrutura matricial
Agora que você já conhece os diferentes tipos de matricial, chegou a hora de conhecer os seus principais benefícios:
Melhora na comunicação
Independente do modelo de negócio, para que bons resultados sejam apresentados, a comunicação é uma chave essencial. Isso porque é através dela que são definidas com mais facilidade a estrutura de uma empresa, que vão muito além da hierarquia, mas também na transmissão de informações, metas e entrega de projetos. Além disso, ela permite um ambiente mais tranquilo e amigável, o que pode deixar os trabalhadores mais incentivados no dia a dia, além de aumentar seu senso de cooperação e empatia. É por esse motivo que algumas ferramentas como feedbacks e feedforwards são tão importantes.
Distribui melhor as responsabilidades
Conflitos em relação a desorganização podem ser bem comuns em algumas empresas, especialmente quando os líderes não conseguem acompanhar de perto a produtividade dos setores. Por conta disso, os funcionários podem acabar mais estressados, menos motivados e até mesmo perdendo tempo em atividades consideradas desnecessárias. Nesses casos, a distribuição de responsabilidades de acordo com a estrutura matricial podem favorecer não só o sentimento de reconhecimento, mas também as relações interpessoais
Otimização de tempo
Muitas vezes, a forma como uma empresa e seus funcionários lidam com o tempo é determinante para a produtividade e sensação de bem estar desses indivíduos. Dessa forma, esse tipo de organização permite menos desperdício do tempo dos colaboradores, independente da posição que ocupam na cadeia hierárquica.
Como aplicar a estrutura matricial em uma empresa?
Antes de tudo, é importante entender que alguns indivíduos são responsáveis por elaborar a forma como a empresa vai se organizar. Em geral, este é um papel atribuído aos gestores, onde deverão debater e considerar todas as características do negócio para escolher o modelo certo. Caso seja apresentado um equilíbrio entre as vantagens e desvantagens da estrutura, basta definir e repassá-la com clareza para a equipe.
Para isso, como já foi dito, um organograma pode ser de grande ajuda. Através dele, os colaboradores poderão visualizar com mais precisão suas funções no dia a dia, permitindo uma alocação mais tranquila e eficiente. Dessa forma, também poderá conhecer aqueles indivíduos que mais se destacam, especialmente os que apresentam um perfil de liderança. Assim, poderá escolher o segundo gestor com mais precisão.
No final, cabe aos gestores planejarem com cuidado e detalhe o modelo organizacional que melhor se encaixa em suas empresas. Para isso, são avaliadas as principais características de cada sistema e seus colaboradores, sempre com o objetivo de alcançar suas metas e manter os indivíduos motivados. Para isso, a tecnologia também pode ser uma grande aliada, como o uso de controle de ponto ou sistemas que cadastrem materiais. Caso você tenha gostado dessas dicas clique aqui e tenha acesso a outros conteúdos que podem ajudar seu negócio.