Ergonomista: que profissão é essa?

Você já ouviu falar na profissão ergonomista? Confira o texto para ficar por dentro dessa profissão tão essencial no ambiente de trabalho. Veja mais neste artigo!
Sumário
ergonomista

Quando se pergunta para uma criança o que ela quer ser quando crescer, é normal que a resposta seja alguma profissão já muito conhecida no mundo. Mas, para expandir o conhecimento sobre as profissões, falaremos sobre o que é ergonomista nesse artigo.

É normal que quando se trata de alguma profissão pouco conhecida, muitas pessoas desprezem a sua importância e duvidem até mesmo de sua existência. Todavia, pensar fora da caixa é sempre bom para enxergarmos caminhos que antes não conhecíamos.

Visto isso, é a ergonomia ainda é uma profissão puco popular no Brasil, porem, isso não reduz a sua importância. Um experimento que pode ser utilizado para afirmar isso é perguntar para um idoso ou uma criança se já ouviu essa palavra alguma vez na vida.

A resposta certamente será não, essas pessoas além de nunca terem ouvido essa palavra, certamente também não imaginam que seja uma profissão, comprovando como ela ainda é desconhecida.

Em suma, pode-se dizer que um ergonomista trabalha no planejamento do ambiente de trabalho, avaliação de tarefas e projetos, avalia os postos de trabalho, a segurança e o que está a favor ou não da saúde das pessoas que trabalham em determinado local.

Desse modo, esse ramo está muito relacionado a área da saúde e da segurança do trabalho. Vamos ver durante o desenvolvimento do artigo de que maneira essa relação se dá exatamente.

Pensando nisso, a Genyo construiu esse artigo com todos os tópicos e informações mais importantes que você precisa saber sobre essa profissão, para abrir a sua mente sobre a imensidão do universo profissional e quem sabe, decida trilhar uma nova carreira.

Dessa forma, você poderá levar esse novo conhecimento para dentro de sua empresa e compartilhar a nova profissão descoberta com os demais membros, mostrando a importância e os benefícios de ter um ergonomista em sua empresa. Já imaginou?

O que é e o que faz um ergonomista?

Para iniciar o esclarecimento sobre o que é e o que faz um profissional dessa área, é preciso destrinchar a formação da palavra. Portanto, o termo ergonomia deriva do grego “ergon”, que significa “trabalho”, e “nomos”, que quer dizer “lei”.

Ou seja, a ergonomia está relacionada a um conjunto de regras e estratégias que visam o desenvolvimento de um sistema de trabalho, com o objetivo de trazer mais segurança, bem-estar, conforto e saúde para todos os trabalhadores de uma determinada empresa.

Desse modo, o ergonomista busca garantir uma melhor qualidade de vida dos funcionários, tornando as atividades mais produtivas por meio do desenvolvimento tecnológico.

Ele é o profissional que faz a adequação necessária dos ambientes de trabalho, das tarefas laborais e dos equipamentos utilizados pelos funcionários para exercer suas funções.

Tudo isso tem o intuito de prevenir doenças, acidentes trabalhistas, desconfortos e até lesões originadas da execução de suas atividades, como a LER (Lesão por Esforço Repetitivo), por exemplo.

O ergonomista analisa tudo o que envolve o ambiente de trabalho, ou seja, os funcionários, a qualidade do ambiente que ele atua, os equipamentos e máquinas utilizadas, a procedência dos mobiliários, questões organizacionais, além da saúde mental.

Então, a partir da coleta dessas informações, ele investe em um estudo preciso desses dados e qual sua relação com os colaboradores para, em fim, chegar ao diagnóstico ergonômico.

Esse diagnostico é de grande importância, pois, é  partir dele que pode ser identificado alguma disfunção como uma dor, o desenvolvimento de alguma doença ou algo que está gerando desconforto naquele ambiente de trabalho.

Assim, a partir desse estudo e diagnóstico da relação entre os trabalhadores e suas atividades laborais, são estabelecidos meios para garantir o bem-estar dos membros e assim, evoluir ao máximo o seu desemprenho, e consequentemente a produtividade.

Ademais, é válido salientar que os conhecimentos dessa ciência não se limitam a apenas os fatores que envolvem o ambiente. Ela também se aplica no design de produtos e nas ferramentas utilizadas pelo profissional.

Para exemplificar uma situação na qual se faz necessário a presença de um ergonomista, vamos imaginar o seguinte caso: imagine uma pessoa que trabalha 8 horas por dia em um escritório sentado em frente a um computador, realizando sempre os mesmos movimentos.

Esse cenário, com o passar dos tempos, pode trazer malefícios tanto a saúde dos olhos quanto a saúde física, além de, consequentemente, afetar a sua produtividade dentro daquela empresa.

E é então que o ergonomista entra em ação. Dada essa situação, ele pode propor uma alteração na cadeira e na mesa em que o trabalhador exerce suas funções, aumentar a distância entre a tela e os olhos, além de propor intervalos entre as atividades.

Desse modo, o profissional vai atuar tanto nos equipamentos utilizados nas atividades laborais, na organização do ambiente e na saúde do trabalhador, pensando em estratégias que gerem bem-estar para o funcionário e, em simultâneo, gere produtividade.

Somado a essas informações, é válido destacar que, perante a legislação brasileira, toda empresa é obrigada a possuir uma AET (Análise Ergonômica de Trabalho).

Todavia, quando a corporação já possui um olhar voltado para a qualidade de vida alinhado com a produtividade do colaborado, a ergonomia já é aplicada não porque é uma obrigação, mas sim, pela clareza da importância de sua aplicação para a empresa na totalidade.

Como se tornar um ergonomista?

Ainda pouco popular, para se tornar um profissional da ergonomia não existe uma graduação direta.

Os requisitos básicos para ingressar nessa profissão são: ter uma graduação de nível superior completo e uma pós-graduação lato sensu (sentido amplo) em ergonomia, com 360 horas de grade curricular cumpridas, no mínimo.

Desse modo, é possível afirmar que qualquer profissional, independente da sua graduação, pode se tornar um ergonomista. Logo, é uma profissão multidisciplinar.

Ademais, é preciso ressaltar que o individuo não precisa necessariamente ter uma especialização lato sensu para se tornar um profissional da área, ou seja, para atuar com ergonomia você não precisa ser um ergonomista.

Em um primeiro momento pode parecer confuso, mas como é uma profissão multidisciplinar, a partir do momento em que a pessoa tem graduação de nível superior, ela pode se capacitara traves de treinamentos, mentorias e cursos e ser excelente no que faz.

Portanto, apesar de parecer desafiador ter concorrentes com vários cursos e especializações, o individuo que almeja se tornar um ergonomista, mas, em simultâneo, não possui nenhuma especialização, não deve se ater a isso.

Isso porque, apesar de um bom currículo ser um diferencial na escolha de um profissional, atualmente, as empresas também dão muito valor a pessoa que mostra preparo, dedicação e experiencias.

Muitas corporações não estão somente preocupadas com a teoria que o concorrente a vaga traz, mas também, principalmente, se aquele profissional consegue trazer bons resultados para a empresa ou não. Portanto, como dito antes, qualquer um pode ser um ergonomista.

Quais os tipos de ergonomias existentes?

A partir da leitura dos tópicos anteriores, foi possível concluir que a ergonomia possui uma abordagem bem ampla e considera fatores diferenciados. Alguns exemplos são: fatores ambientais, sociais, físicos, cognitivos, organizacionais, entre outros.

Desse modo, pode ser classificada em especializações diferentes com abordagens aprofundadas. Por isso, confia a seguir os diferentes tipos de ergonomia e saiba como identificar cada um numa corporação:

Ergonomia física

Esse primeiro tipo de ergonomia tem o foco voltado para o estudo da fisiologia, anatomia, antropometria e biomecânica do indivíduo, e a relação com as atividades físicas que o mesmo executa.

A sua função é analisar se o assento e mesa utilizadas pelo trabalhador favorece uma postura alinhada e conforto na realização de movimentos e na execução de suas atividades laborais.

Desse modo, essa área da ergonomia tem como aspectos: movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos, posturas e manuseio de materiais.

Ergonomia cognitiva

Nesse segundo tipo, como o próprio nome sugere, tem o foco voltado para os processos mentais como a memória, atenção e raciocínio, utilizados pelo funcionário no momento da execução de suas tarefas.

Os principais aspectos que envolve essa área são: carga mental, interação homem e maquina, estresse profissional, tomadas de decisão e confiabilidade humana.

Ergonomia organizacional

Por fim, mas não menos importante, temos a ergonomia organizacional. Ela é responsável pelo clima de organização no ambiente de trabalho, cultura, processos e políticas da empresa.

Alguns exemplos na qual é perceptível a aplicação dessa ergonomia são nos feedbacks da equipe ou em projetos e programas que tem como o objetivo promover uma interação maior entre os funcionários de diferentes setores.

Os aspectos que envolvem essa área são: tempo de trabalho, trabalhos em grupos, projetos participativos, processos comunicativos e gestão de qualidade.

Principais áreas de atuação

ergonomista

Como foi visto nos tópicos anteriores, a ergonomia é uma profissão bem ampla, na qual, quando devidamente capacitado, o profissional tem aptidão para atuar em várias áreas do mercado de trabalho.

Entre as opções de atuação na ergonomia, podemos citar:

Em empresas de segurança do trabalho e medicina

Nesse primeiro exemplo de área de atuação, podemos citar a contratação por empresas médicas ou de segurança do trabalho. Nessas corporações existe uma grande demanda de solicitações de ofícios com foco na área de SST (Saúde e Segurança do Trabalho).

Isso ocorre principalmente pelo fato de que, existe uma grande quantidade de clientes dentro desse ninho. Além disso, normalmente essas empresas costumam recorrer a serviços de profissionais autônomos.

Contratação por CLT

Ser contratado por CLT significa que a contratação do trabalhador foi feita por carteira assinada. Assim, nesse caso, o profissional da ergonomia deve atuar exclusivamente para a empresa que o contratou.

Esse tipo de atuação é mais recorrente em grandes empresas. Além disso, é válido lembrar que por a ergonomia ainda não ser uma profissão regulamentada no Brasil, pode haver de a função registrada apresentar outros nomes.

Abrir seu próprio negócio

Outra oportunidade muito comum no ramo da ergonomia é a iniciativa do profissional em abrir o seu próprio negócio e atender ao público.

Essa é uma ótima oportunidade, visto que existem variados tipos de ergonomia para diferentes públicos. Além disso, o próprio profissional tem mais liberdade de escolher em qual especialidade deseja atuar, quando e onde, logo, vira o seu próprio chefe.

Qual a importância da ergonomia para a sua empresa?

A partir da leitura das informações anteriores, você conseguiu compreender que a ergonomia procura garantir uma melhor condição de trabalho aos colaboradores de uma empresa, alinhando os processos organizacionais e o ambiente de ofício.

Desse modo, essa área é de grande importância, pois estuda os fatores no ambiente de trabalho que podem causar danos a saúde física e mental dos funcionários, adequando suas necessidades com as metas de produtividade da empresa.

Portanto, investir em melhorias nos setores de trabalhos e nos equipamentos utilizados é essencial para garantir uma boa convivência entre os trabalhadores e o bem-estar dos mesmos.

Em vista disso, confira quais os principais benefícios em aplicar a ergonomia em sua empresa:

Melhora a produtividade

Quando a empresa oferece oportunidade aos funcionários de expressarem a sua opinião em relação ao que gera desconforto no ambiente de trabalho, valorizados e, automaticamente, surge uma motivação para aprimorar as suas funções.

Afinal, cada colaborador tem a sua própria necessidade profissional e esperam um suporte da organização para apoiá-los na melhoria da trajetória de suas carreiras.

Assim, o aumento da segurança individual dos colaboradores contribui para uma grande diferença nos negócios. Eles se sentem mais preparados e confiantes para ultrapassar os obstáculos, e com isso, melhora a produtividade.

Redução do índice de rotatividade

Quando o índice de rotatividade, isto é, entrada e saída de novos funcionários, está muito alto, isso não é um ponto positivo para a empresa. Isso porque, a organização acaba arcando com o prejuízo de novas contratações e treinamentos de recrutamento.

Dessa forma, quando a organização investe na aplicação da ergonomia, acaba diminuindo o índice de turnover. Isso porque, os profissionais da equipe vão ficando cada vez mais qualificados nas execuções de suas atividades, sendo um diferencial competitivo.

Melhora o clima na empresa

Outro benefício perceptível numa empresa com um profissional dessa área atuando, é um ambiente de convívio organizacional mais saudável.

Com as melhorias proporcionadas, os trabalhadores se sentem mais confiantes, valorizados e seguros dentro de seu cargo. Assim, isso contribui para amenizar o clima de tensão e competição na organização.

E aí, após a leitura de todas essas informações, esse artigo foi útil para você? Para ficar por dentro desse e de outros textos incríveis sobre assuntos do ramo profissional, não deixe de conferir outros artigos em nosso site!

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