Como promover a diversidade no trabalho durante o mês do orgulho LGBTQ+: estratégias eficazes para criar uma cultura inclusiva

Aprenda aqui tudo sobre a sigla LGBTQ+, como promover a diversidade no trabalho para esse público. Veja mais neste artigo!
Sumário
diversidade no trabalho

O mês de junho se aproxima e nele é comemorado o mês do orgulho LGBTQ+ em todo o mundo. Para promover diversidade no trabalho no mês do orgulho LGBTQ+ é preciso que a empresa esteja atenta a algumas estratégias eficazes para maior inclusão e criação de uma cultura segura que dure todo o ano!

Por esse motivo, confira abaixo tudo o que pode ser feito durante esse mês, dicas de estratégias e maneiras de se promover inclusão no trabalho!

O que significa a sigla LGBTQ+?

Antes de mais nada, é preciso saber o que significa essa sigla, que pode ainda incluir diversas outras letras. A forma mais conhecida e inclusiva dessa sigla é LGBTQIAP+.

Essa sigla foi criada para ser mais completa, dar visibilidade e fortalecer um grupo de pessoas que são marginalizadas pela sociedade com base na sua orientação sexual, gênero e sexualidade.

Além disso, essa sigla também serviu para substituir o uso da expressão GLS, onde G significa gays, L de lésbicas e S de simpatizantes. Essa sigla não traduzia a diversidade e pluralidade da população.

Para entender a sigla, é preciso antes de mais nada saber a diferença entre sexo, gênero e orientação sexual.

  • O sexo é a característica biológica dada através do cromossomo XX ou XY e pelas características físicas de genitália, dividido em sexo masculino ou feminino.
  • No caso do gênero, ele é uma construção social, ou seja, é aquilo que a sociedade criou para definir o que é ser homem ou mulher, os papeis de cada um, sua forma de se vestir, agir, etc. Quem nasce com o gênero semelhante ao sexo são ditas pessoas cisgênero.
  • Por fim, a orientação sexual é a atração por outras pessoas, podendo ter uma grande variação de orientações.

Portanto, agora vamos entender o que significa cada letra da sigla LGBTQIAP+

L de lésbica

Diz respeito a uma orientação sexual. Lésbicas são mulheres que sentem atração por outras mulheres;

G de gays

Também uma orientação sexual, nesse caso voltada para os homens. Os gays são aqueles que sentem atração por outros homens.

B de bissexuais

Os bissexuais é o terceiro tipo de orientação sexual mais comum. Ser bissexual não significa estar em dúvida ou ser um meio termo entre gays e lésbicas. Bissexuais sentem atrações por homens e mulheres.

T de transexuais/transgênero ou travestis

Transexuais/transgênero e travestis possuem o mesmo significado. No entanto, o que diferencia é o peso atribuído a palavra e a identificação de cada pessoa.  Transexuais/transgênero e travestis são pessoas que não se identificam com o gênero biológico de nascimento.

Nesse caso, não é uma orientação sexual e sim uma identidade de gênero. Pessoas que nasceram com pênis podem se identificar como uma mulher, nesse caso uma mulher trans, assim quem nasceu com uma vagina pode se identificar como um homem trans.

Isso está ligado ao fato de que a genitália pode não condizer com o gênero da pessoa. Existem diversas questões relacionadas a transexualidade, visto que é um disforia de gênero. Pessoas transexuais e travestis não necessitam realizar cirurgias ou demais procedimentos para validar seu gênero!

Vale lembrar que trans e travestis podem ter qualquer tipo de orientação sexual (como por exemplo gay, lésbica ou bissexual).

Q de queer

Queer é uma expressão em inglês que pode ser traduzida como “estranho”. Essa palavra possui um peso político e histórico e foi ressignificada pela comunidade, pois era inicialmente utilizada como forma pejorativa para todas as pessoas que eram diferentes do comum.

Geralmente pessoas que se identificam como queer possui um gênero fluído, assim, não se identificam com as características sociais definidas sobre os gêneros e sexos.

I de intersexo

Pessoas intersexo são pessoas que biologicamente nasceram com genitais correspondente a um sexo, mas possui hormônios e sistema reprodutivo referente a outro sexo biológico. Também são incluídas pessoas que por algum tipo de anomalia e possui ambas as genitais.

Pessoas intersexo já foram chamadas antigamente de hermafroditas, mas esse termo não é mais aceito pela sociedade, ciência nem pelas próprias pessoas intersexo.

A de assexuais

Quem é assexual não possui nenhum tipo de atração sexual pelas pessoas, independentemente do gênero e sexo de cada um. A assexualidade também é um tipo de orientação sexual.

Por muitas vezes essas pessoas se sentem perdidas ou “quebradas” por não se atrair sexualmente por nenhuma pessoa. Esse grupo pode demonstrar outros tipos de afetividade que não a sexual.

P de pansexuais

Pansexuais e bissexuais possuem significado semelhante. No entanto, por muitas vezes quem se considerara bissexual possuem atração apenas por homens e mulheres (cis ou trans), enquanto o pansexual se atrai por todas as pessoas, como pessoas com gênero fluido, intersexo, etc.

+

O “+” da sigla é um sinal para abarcar todas as demais orientações sexuais e identidades de gênero. O ser humano é um ser complexo e em constante movimento.

Alguns exemplos de grupos dessa sigla são os demissexuais que são pessoas que não possuem nenhum tipo de atração por nenhuma pessoa, a não ser que haja um envolvimento romântico com ela.

Também fazendo parte do “+” estão os sociossexuais, que se atraem por pessoas inteligentes, independentemente de suas características físicas, gênero, sexo, etc.

Diversidade LGBTQ+ no trabalho

A diversidade no trabalho no mês do orgulho LGBTQ+ é um tema que está sempre presente nas empresas devido a quantidade de paradigmas e barreiras que necessitam ser quebrados dentro do ambiente corporativo.

Falar sobre a diversidade LGBTQ+ nas empresas é o primeiro passo para modificar o cenário atual do Brasil, visto que atualmente ele é o país em que há uma das maiores taxa de homofobia e transfobia, além de ser o país que mais mata pessoas transexuais do mundo!

Dessa forma, a diversidade deve fazer parte de todos os processos, setores, cargos, etc., dentro da empresa. Um exemplo claro para demonstrar a desigualdade sofrida por este grupo é que mesmo sendo uma parcela considerável da sociedade, a grande maioria dos cargos de liderança das empresas não são ocupados por essas pessoas.

Junto a isso, dados indicam que 4 a cada 10 profissionais já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho por ser LGBTQ+, e pelo menos 53% já relatou ter ouvido algum tipo de comentário discriminatório feito por colegas.

Com base nisso, diversas empresas perceberam que apoiar a sexualidade, gênero e orientação sexual dos profissionais, é uma medida importante para enfrentar as consequências negativas da discriminação, além de auxiliar no crescimento da empresa, melhor clima organizacional e produtividade.

O que a empresa pode fazer para elevar a inclusão de pessoas LGBTQ+

Enquanto algumas empresas caminham a passos de tartaruga quando o assunto é inclusão de pessoas LGBTQ+, outras já estão anos à frente, colhendo os frutos dessa decisão.

É sempre importante lembrar que toda empresa também possui o seu papel social e que a sua postura deve ser reflexo de suas regras, missão e valores. Com isso, confira abaixo o que fazer para a diversidade no trabalho no mês do orgulho LGBTQ+.

Promover conhecimento aos colaboradores

A desinformação e a falta de conhecimento levam a ignorância. Portanto, o primeiro ponto das empresas é promover acesso a um conhecimento de qualidade sobre o público LGBTQ+ para os colaboradores da empresa.

Fazer com que esse assunto deixe de ser um tabu, e passe a ser um tema de discussão aberta entre eles, de forma respeitosa, clara e despindo de preconceitos é uma estratégia fundamental. Muitas pessoas agem de forma preconceituosa nas empresas sem ter o conhecimento de que aquilo é agressivo, maldoso e que pode até ser crime!

Dê apoio psicológico

Devido a uma série de pressões, agressões e problemas que uma pessoa LGBTQIAP+ passa cotidianamente devido à sociedade preconceituosa, é necessário que a empresa seja um local de acolhimento para a saúde mental dessas pessoas.

Portanto, sempre que necessário ofereça o apoio psicológico necessário para essas pessoas, principalmente após algum caso de discriminação dentro ou fora do trabalho.

Mude a cultura organizacional da empresa

Falamos anteriormente sobre a necessidade de que a postura da empresa seja um reflexo de seus valores e missão. Portanto, a cultura organizacional também deve fazer parte desse tipo de atitude e postura inclusiva.

Assim, promova estratégias que visem a modificação da cultura organizacional, punindo pessoas que agem de forma discriminatória na empresa, buscando sempre ações consistentes que sejam enraizadas para todos os meses do ano, não apenas em junho.

Ações inclusivas

Por fim, para a diversidade no trabalho no mês do orgulho LGBTQ+ é preciso fazer ações inclusivas relacionadas a esse grupo de pessoas.

Que tal convidar profissionais com cargos de sucesso que são abertamente LGBTQ+ para dar uma palestra e incentivar os demais trabalhadores? São muitas as formas de se fazer ações parra o incentivo no trabalho.

Como tornar a liderança mais inclusiva

diversidade no trabalho

Você provavelmente já deve saber a diferença entre líder e chefe. Um líder busca sempre melhorar o trabalho de seus colaboradores, criando um clima seguro, organizado, onde há o incentivo e feedbacks.

Se você quer saber como tornar sua liderança mais inclusiva para pessoas LGBTQ+, veja abaixo o que fazer!

  • Ofereça oportunidades e benefícios para todas as pessoas, sem considerar seu gênero, sexo ou orientação sexual;
  • Crie uma comissão de apoio a pessoas LGBTQ+ para desenvolver estratégias, programas de apoio, orientações e propor palestras relacionadas ao tema durante todo o ano;
  • Promova treinamentos que visem a educação e o conhecimento da população LGBTQ+ para os funcionários. Essa é uma das estratégias que permite a modificação da cultura organizacional;
  • Tenha uma política de tolerância zero contra discriminação e promova ações e estratégias que visem o fim da discriminação na empresa, comentários maldosos e piadas ofensivas.
  • Caso necessário, crie banheiros sem distinção de gêneros na empresa. Para isso, é só fazer uma cabine fechada para o vaso sanitário, sendo o lavabo uma área comum. Lembre-se que dentro de nossas casas, todo banheiro é unissex!
  • Monitore o andamento de suas estratégias, avalie a diversidade da empresa com base nas contratações e os resultados dos treinamentos de acordo com os casos de discriminação.

Vantagens para a empresa em promover a diversidade LGBTQ+

Agora que você já aprendeu algumas formas de promover maior diversidade no trabalho no mês do orgulho LGBTQ+, chegou a hora de descobrir algumas vantagens dessa atitude para toda a empresa. Confira abaixo:

  1. Produtividade: Diversas pesquisas e estudos já avaliaram que quanto maior a diversidade maior é a produtividade dentro das empresas. Profissionais LGBTQ+ quando ocupam cargos de destaque se mostram bem mais motivados e produtivos.
  2. Criatividade: Outro ponto é a criatividade. Uma equipe diversa, com pessoas de todos os tipos consegue propor mudanças, projetos, estratégias, etc., de forma mais criativa e que converse com o desejo da população.
  3. Aumento dos lucros: Com uma qualidade de trabalho melhor, produtividade e criatividade, a empresa lucra mais e cresce rapidamente.
  4. Empatia e clima organizacional: Muitos estudos comprovaram que profissionais LGBTQ+ atuam com maior empatia, auxiliando no clima organizacional, companheirismo e bem-estar no trabalho.

O processo seletivo de candidatos LGBTQ+

Por fim, é importante falarmos um pouco sobre algumas dicas para um processo seletivo inclusivo, que não afastem esse público de sua empresa.

Lembre-se que muitos candidatos sofrem com o medo de não ser bem aceito dentro da empresa, principalmente por sua maneira de ser, de se vestir, tom de voz, etc.

Dessa forma, desde o processo seletivo é necessário que o recrutador tranquilize o candidato, deixando claro a política da empresa de inclusão e aceitação. Isso facilita com que essas pessoas avancem para outras etapas e sejam contratadas com mais facilidade.

Uma dica que pode ser implementada é realizar um processo seletivo às cegas. Isso significa que as informações como sexo, gênero, cor de pele, idade e orientação sexual sejam ocultados do recrutador.

Assim, o que será julgado será apenas a competência de cada candidato, criando um processo seletivo imparcial.

No entanto, dê oportunidades para pessoas trans e travestis, facilitando a entrada dessas pessoas dentro da empresa. A população transexual e travestis no Brasil é uma das mais prejudicadas dentro do mercado de trabalho.

A pequena parcela que consegue acesso a uma educação de qualidade e se profissionalizar em alguma área, enfrenta dificuldades em conseguir uma oportunidade de trabalho por discriminação durante a seleção.

Por esse motivo, realizar um processo seletivo apenas com esse público é uma maneira de dar oportunidade para quem mais sofre no país, além de promover diversidade na empresa.

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