Você já imaginou uma forma de poder direcionar os pontos fortes de cada funcionário, de acordo com as atividades que são realizadas na empresa? É essa a proposta da gestão de competência, onde é possível identificar o perfil de cada funcionário e selecionar qual tarefa é mais indicada para o seu aprimoramento e crescimento.
Esse tipo de gestão é uma atribuição do setor de Recursos Humanos (RH) e tem ganhado bastante destaque nos últimos anos. Muito disso se deu ao fato de a gestão de competência ter conseguido alcançar resultados expressivos nas empresas que a realizaram.
Algumas vantagens desse tipo de gestão foi a melhora do quadro de funcionários, treinamentos direcionados, lucratividade, produtividade e diversas outras. Conheça tudo sobre o assunto logo abaixo!
O que são as competências profissionais?
Por competências profissionais podemos definir como um conjunto de conhecimentos (pessoais e profissionais), habilidades, técnicas e atitudes de um profissional.
São esses itens que são o diferencial para cada trabalhador, fazendo-o se destacar positivamente ou negativamente em uma organização.
A partir destas competências é que surge a necessidade de uma área que promova o seu gerenciamento e encaminhamento. Dentre os tipos de competências existentes, podemos dividi-las em 3 grupos principais:
O que são competências comportamentais?
Diz respeito ao comportamento individual de cada trabalhador e a sua relação com os demais funcionários. Alguns exemplos são a criatividade, o trabalho em equipe e a comunicação. Esse tipo de competência é o que dita as relações interpessoais no trabalho.
Além disso, as competências comportamentais também dizem respeito a forma com que as questões do trabalho afetam a postura de um profissional, quais atitudes serão tomadas e como ele se comportará frente a outros profissionais. Essas competências são muito úteis para definir em qual equipe encaixar um trabalhador.
O que são competências técnicas?
São as habilidades individuais adquiridas por cada trabalhador. Cursos, capacitações, treinamentos, experiência de mercado, e todo outro conhecimento específico voltado para a sua profissão.
Através dessas competências é possível avaliar o crescimento de um profissional na empresa, além de dar insumos suficientes para que o trabalhador possa colocar em prática tudo que ele sabe.
O que são competências organizacionais?
Também conhecida como competências funcionais, diz respeito a organização e fluxo dos processos em uma empresa. Além da organização física do espaço, um trabalhador também deve ter uma boa organização de projetos, clientes, demandas, etc.
Junto a isso, por competências organizacionais também podemos citar a boa comunicação entre departamentos, com clareza e direcionamento.
Alguns exemplos de competências profissionais:
- Comunicação;
- Conhecimento de novas tecnologias;
- Liderança;
- Organização;
- Criatividade;
- Trabalho em equipe;
- Negociação;
- Proatividade;
- Equilíbrio emocional;
- Empreendedorismo;
- Marketing;
- Informática avançada.
O que é a gestão de competências?
Também chamada de gestão por competências, é o ato de considerar a habilidade de cada trabalhador de acordo com a sua função, permitindo que haja uma evolução profissional e melhor direcionamento da mão e obra, ofertando um cargo ou atividade que seja executada com maior facilidade.
Como objetivo principal dessa gestão, podemos dizer que é: promover o melhor aproveitamento dos recursos humanos com atribuição de tarefas direcionadas, obtendo resultados cada vez melhores, otimizando os talentos presentes na organização, contribuindo com o seu crescimento.
Quais os benefícios em realizar a gestão de competência?
Quem aplica a gestão de competência consegue extrair muitos benefícios. Na prática, essa atividade permite que haja o crescimento não só da organização, mas também de todos os funcionários. Confira:
Gerenciamento de talentos
Conhecer quais são os talentos escondidos dos profissionais, avaliando ponto a ponto sua capacidade é uma característica da gestão de competência. Com ela, é possível demonstrar qual habilidade individual do profissional vai auxiliar ele a realizar determinada função.
Além disso, a gestão de competência também auxilia no momento de aflorar novos talentos, colaborando com o cenário atual e futuro da empresa!
Avaliação de desempenho
É possível saber se determinado funcionário está exercendo suas atividades de acordo com o esperado ao avaliar suas competências. Durante a gestão de competência realocamos os profissionais para assumir cargos direcionados para ele.
Assim, caso o desempenho e a produtividade não estejam como o esperado, é o momento de reavaliar as competências daquele colaborador.
Vale lembrar que além da gestão de competência, outra importante ferramenta que auxilia na avaliação de desempenho é o sistema de ponto, neste caso, um ponto eletrônico digital.
Sistemas como o Genyo, possui uma função extremamente útil chamada de “Métricas Gerenciais”, nela é possível ter acesso a dados de quais são os profissionais mais pontuais, quais mais se atrasam e quais estão fazendo muitas horas extras.
Dessa forma, fica bem mais simples avaliar o desempenho dos trabalhadores.
Melhora no clima organizacional
Algumas empresas sofrem para estabelecer um clima organizacional positivo e saudável. Muitas vezes, a dificuldade na melhora do clima, está justamente por não saber como direcionar as competências e características pessoais de cada trabalhador.
Assim, quando se conhece as competências de cada trabalhador, fica bem mais fácil criar equipes completas, onde não haja o choque de egos, reduzindo a quantidade de conflitos.
Por exemplo, uma das competências mais buscadas pelas empresas é o perfil de liderança. No entanto, uma equipe formada por diversos profissionais com essa qualidade, provavelmente estará constantemente em conflitos, já que mais de um líder é um problema.
Por esse motivo, manter um equilíbrio nas equipes e setores fará com que o clima se torne harmônico e o profissional se sentirá motivado para trabalhar.
Melhora dos processos operacionais
Quando se trata dos procedimentos realizados em uma organização, a gestão de competência vai permitir que as lacunas dos processos sejam preenchidas, auxiliando na otimização e nos resultados mais precisos.
Além disso, o gerenciamento de competências também permite que se crie um tipo de padrão esperado para determinado cargo, facilitando na escolha de novos profissionais e na avaliação de resultados.
Aumento da produtividade
Talvez uma das questões mais marcantes na gestão de competência é o incremento da produtividade. Um profissional exercendo uma função ou ocupando um cargo específico para a sua competência é a melhor forma de torna-lo mais produtivo.
Quando há o direcionamento das habilidades técnicas, organizacionais e comportamentais para desempenhar um papel na empresa, a produtividade se torna mais fluida e os objetivos e metas são alcançadas de maneira mais fácil.
Exemplos de competência profissional
No geral, os recrutadores observam os seguintes três tipos de competências profissionais:
- organizacionais: se referem às competências essenciais de uma organização em um nível mais amplo e são compartilhadas por todos dentro da empresa;
- técnicas: se referem ao conhecimento das boas práticas e funcionalidades específicas para um bom desempenho em seu campo de atuação no trabalho;
- comportamentais: correspondem às habilidades e características comportamentais necessárias para um funcionário ter sucesso e variam de acordo com a função ocupada dentro da empresa.
Essas habilidades, no entanto, se desdobram em vários exemplos de competência profissional. Abaixo, você confere um panorama sobre algumas das mais bem cotadas no cenário corporativo.
1. Conhecimento de novas tecnologias e tendências
Os profissionais devem se manter atualizados com os principais produtos e lançamentos tecnológicos do mercado, sabendo utilizar as ferramentas que podem ser úteis em sua área de atuação. Dessa forma, a empresa minimiza os desafios durante os processos de implementação de novas ferramentas e softwares nas rotinas organizacionais.
2. Aprendizado constante
Convenhamos: o cenário corporativo passa por ininterruptos processos de inovações. Dessa forma, os profissionais devem estar em sintonia com todos os avanços. Nesse sentido, ter conhecimento apenas na área de atuação é insuficiente. Logo, fomentar o aprendizado e buscar a atualização constante são itens altamente relevantes.
Em outras palavras, o funcionário precisa se aperfeiçoar com atividades como cursos, palestras, eventos, entre outras, que possam contribuir com seu crescimento profissional. Essa busca por conhecimento prepara qualquer indivíduo para as mudanças, bem como agrega mais valor ao seu papel na organização.
3. Relacionamento e comunicação interpessoal
A comunicação assertiva é um dos ingredientes essenciais para cultivar um clima organizacional positivo. Como os monólogos não fazem parte do dia a dia de trabalho, é fundamental saber praticar duas ações: ouvir e falar. Logo, saber expor e argumentar ideias de forma assertiva é um exemplo de competência profissional indispensável para as empresas.
4. Trabalho em equipe
A habilidade de trabalhar em equipe é fundamental para equalizar os objetivos dos colaboradores e evitar sobrecarga de trabalho. Além disso, ajuda a esclarecer o papel individual de cada um para que o time alcance as metas propostas.
Essa qualificação está entre os tipos de competências que estão cada vez mais bem cotadas em processos seletivos. Afinal, além de facilitar o surgimento de equipes de alta performance, melhora o clima organizacional da empresa, diminui conflitos.
5. Visão global
Para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve. Por isso, é importante ter uma visão global das mudanças econômicas, sociais e políticas. Afinal, esse conhecimento pode ajudar a prever os impactos causados por essas mudanças e, consequentemente, minimizar os efeitos.
“Mas de que forma esse tipo de noção torna-se um exemplo de competência profissional?” Simples: trata-se da capacidade de ler nas entrelinhas e entender tudo o que pode gerar valor a empresa. Afinal, essa habilidade ajuda a enxergar as inovações no mundo corporativo global, sejam fatores de produtividade ou modelo de negócios.
6. Automotivação
Não descansar nas costas da capacidade motivacional de um líder é uma competência profissional importante, pois nem todos os tipos de liderança conseguem semear motivação. Dessa forma, ter motivação própria é essencial para um profissional de destaque. Afinal, essa habilidade ajuda o colaborador a encontrar os motivos corretos para exercer suas funções com disposição e excelência.
7. Equilíbrio emocional
Numa era protagonizada por ambientes cooperativos majoritariamente competitivos e desafiadores, o controle emocional é uma habilidade indispensável. Afinal, a pressão diária e os pequenos problemas típicos do dia a dia de trabalho podem abrir brechas para problemas associados à saúde mental. Por isso, o RH busca cada vez mais colaboradores que sabem manejar as emoções, pois essa competência tende a refletir em aumento de produtividade e melhores desempenhos.
8. Capacidade de inovação
A zona de conforto é o endereço dos profissionais que não terão muitas chances de brilhar no mercado. Afinal, as empresas estão cada vez mais buscando por talentos que saibam lidar com inovações e “pensarem fora da caixa”. Nesse sentido, essa habilidade profissional ajuda a superar os obstáculos, resolver os imprevistos e propor ideais que realmente possam impactar positivamente o produto/serviço.
Como realizar a gestão de competência?
Agora que você já compreendeu os benefícios desse tipo de gestão, é hora de aprender a implementar e realizar de forma adequada em sua empresa. A partir da identificação das competências existentes, é possível determinar funções que correspondam aos conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) de cada profissional.
Vale lembrar que a gestão de competência não é realizada individualmente pelo RH. É preciso o envolvimento da chefia e do comprometimento dos profissionais em demonstrar os seus pontos fortes.
Podemos dividir a gestão de competência em 7 etapas, que pode ser aplicada na grande maioria das empresas. Conheça-as:
1. Diagnóstico
O primeiro ponto é realizar o diagnóstico da empresa e das competências presentes em seus colaboradores. Faça um levantamento de dados através de uma avaliação de desempenho para poder conhecer mais sobre os profissionais.
Em seguida, determine quais são as habilidades mais presentes, quais são únicas e quais merecem maior destaque. Dessa forma, fica fácil realizar um mapeamento das competências e auxiliar no nosso próximo passo.
2. Corresponda uma competência a uma responsabilidade/atividade
Com o conhecimento das competências, o passo seguinte é definir qual o papel é mais adequado para usufruir dos seus benefícios. Dessa forma, categorize as funções, posições, equipes e atividades mais importantes, e qual é o tipo de competência esperada para o bom funcionamento.
Agora é fácil, basta juntar o profissional que possui a competência diagnosticada no passo 1, a posição que mais se beneficiará com essa competência.
Por exemplo, você diagnosticou que um funcionário específico possui o trabalho em equipe e a comunicação como duas competências marcantes em seu perfil, e você determinou que o setor administrativo de sua empresa tem enfrentado sérios problemas com conflitos recorrentes.
Assim, o remanejo deste funcionário com bom trabalho em equipe e comunicação, para este setor conturbado, vai auxiliar na diminuição dos problemas e conflitos existentes.
3. Valorize o funcionário
Modificar um funcionário de equipe visando sanar um problema, pode ser recebido de forma negativa pelo profissional. Por esse motivo, deixe claro o seu objetivo e porque realizou essa escolha, exemplificando a importância daquela competência que se destaca no profissional.
Além disso, não esqueça de remunerar um profissional de acordo com o seu valor. Caso você possua um trabalhador com excelente capacidade de criatividade e marketing, ofereça bonificações pelos seus serviços.
Isso promove maior comprometimento do funcionário, além de influenciar toda equipe a também se destacar.
4. Treinamento
O passo seguinte é ofertar treinamentos corporativos direcionados para as competências. Os treinamentos são responsáveis em garantir e desenvolver as habilidades do profissional, otimizando as rotinas e execução de tarefas.
Além do mais, o treinamento também promove com que novos talentos surjam, possibilitando novos remanejo de funções e cargos.
5. Nova avaliação
Após realizar as modificações é hora de quantificar os resultados. Nesse momento pode ser realizada uma nova avaliação de desempenho e de procedimentos, para identificar quais os novos pontos críticos, e o que melhorou.
Faça um novo mapeamento e estreite a comunicação entre os setores para identificar as novas demandas. Isso será de extrema importância para o passo seguinte.
6. Recrutamento de novos talentos
Ao perceber as competências faltantes em sua organização, é hora de buscar novos profissionais que consigam preencher as lacunas além de contribuir com as habilidades e perfis já existentes na empresa.
Nesses momentos, a contratação deve ser bem detalhada, com questionários que busquem identificar logo no primeiro momento as características esperadas por aquele profissional.
Uma dica importante é realizar dinâmicas de grupo durante a seleção. Nela são colocados determinados cenários e questionado como cada candidato se comportaria para solucionar e enfrentar aquela situação.
7. Acompanhe os resultados
Após todas as mudanças exercidas através da gestão de competência, o recomendado é que permaneça o acompanhamento dos profissionais, realizando periodicamente nova avaliação de desempenho e nova lista de prioridades (quais competências são importantes para a empresa naquele momento).
Esse acompanhamento também favorece com que o direcionamento de recursos e treinamentos seja sempre otimizado com base na necessidade do funcionário.
Além da avaliação de desempenho, outra ferramenta que ajuda no acompanhamento de profissionais é o controle de ponto eletrônico, como o Genyo. Com esse sistema é possível identificar quais profissionais são mais comprometidos com a empresa, chegando sempre no horário e realizando sua jornada de trabalho completa.
Além disso, o Genyo também possui a função de registro de atividades, onde o profissional descreve quais atividades estão exercendo neste momento, quais já foram concluídas e qual está em atraso.
Para ter acesso a este sistema é simples, conheça os planos e preços disponíveis para sua empresa no fim deste post e tenha acesso ao controle de ponto que mais cresce no Brasil.
Quais os principais desafios da gestão de competências?
Por fim, vamos falar brevemente sobre alguns desafios existentes na gestão de competência. Sua implementação nem sempre é fácil, e pode haver grande resistência dos profissionais, levando a um desgaste da relação interpessoal entre patrão e empregado. Alguns desafios frequentes são:
Identificar as competências necessárias
O ponto principal dessa gestão é determinar quais são as competências que mais irão se enquadrar na necessidade da empresa. Entretanto, isso não é tão fácil quanto parece.
É necessário bastante treinamento, com visão estratégica e profissionais qualificados, para conseguir identificar as competências existentes, qual é a real demanda da empresa e como distribuir corretamente estes trabalhadores.
Demonstrar a importância dessa atividade
Muitas empresas tem dificuldade em enxergar a importância desse tipo de gestão para a organização e bom funcionamento. Por esse motivo, a gestão de competência pode não ser vista como algo essencial, enfrentando resistência de muitos setores.
No entanto, como você viu anteriormente, exercer esse tipo de atividade promove diversos benefícios empresariais, e por esse motivo é incentivada a sensibilização de todos os departamentos, para que adotem a gestão de competência.
Saber lidar e minimizar os erros
Dentre as etapas de aplicação da gestão de competência, a reavaliação das mudanças é uma etapa essencial, pois, nem tudo que é feito pode ser considerado como sucesso.
Muitas modificações podem resultar em um cenário ruim para o clima organizacional e produtividade, portanto, é um grande desafio conseguir lidar bem com estes erros, e utilizá-los como forma de proteção contra problemas futuros.
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