Depressão no trabalho: Uma luta que precisa de atenção!

A depressão no trabalho é um assunto sério, afetando muitas pessoas nos últimos tempos. Saiba como esse problema impacta nas empresas! Veja mais neste artigo!
Sumário
Depressão no trabalho

A depressão no trabalho é algo mais frequente do que imaginamos, afinal, este transtorno está presente em 15,5% da população do Brasil, sendo o Ministério da Saúde. No entanto, nem todas as empresas estão dando a devida atenção para isso.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina. Além disso, ele é o segundo país com maior prevalência nas Américas. Ou seja, nosso território possui um dos maiores números de casos novos somados aos casos já existentes.

Diante disso, é nítido que esse tema precisa de uma intervenção e começar esse processo por meio do conhecimento é uma ótima iniciativa. Dessa forma, o Genyo propôs este artigo para guiar tanto os funcionários como os gestores, de modo a permear mais informações e intervenções.

Deseja saber mais sobre esse assunto tão importante? Então confira o artigo abaixo e boa leitura!

A depressão no mundo

A depressão é uma doença, do tipo psiquiátrica, que interfere diretamente no emocional do indivíduo. Ao redor do mundo, as características da depressão variam, mas é percebido a frequência da falta de interesse em atividades (a ponto de interferir no dia a dia), ansiedade, angústia, desinteresse e até mesmo agressividade.

Para entender como a doença se comporta, é importante traçar uma linha do tempo para que seja possível entender como ela evoluiu ao longo da história:

A depressão ao longo da história

Na idade média, Hipócrates desenvolveu a ideia dos quatro humores (colérico, fleumático, sanguíneo e melancólico), que explicariam a regulação das emoções. Baseado nisso, o filósofo formulou a primeira classificação dos transtornos mentais registrada na história: melancolia, mania e paranoia.

Na idade moderna, o movimento social dito como “Renascimento” caracterizou a época. Diferente do que estava sendo desenvolvido, agora a visão humanista estava sendo valorizada e a doença mental passou a ser associada à biologia e não aos fatores religiosos.

O século XVIII é a porta de entrada para o racionalismo e também o início do Iluminismo, havendo mais fundamento empírico. Nesse momento, o sistema nervoso foi bem estudado e foi estabelecido que o cérebro era o órgão responsável pela organização e integração das impressões e ideias.

No século XIX, o termo “depressão” evoluiu, principalmente no auge da Revolução Industrial, em que foram observados importantes transformações no campo da psiquiatria. Além disso, a relação mente-corpo passou a ser mais considerada.

No início do século XX ocorreu um divisor de águas, e Emil Kraepelin e Sigmund Freud influenciaram formando uma divisão nas práticas em saúde mental: a psicanálise e a psiquiatria científica. A primeira tinha como base fundamentos psicológicos, diferente da segunda que era fundamentada em bases neurobiológicas.

Enfim, são muitos anos de história onde a evolução do estudo psiquiátrico proporcionou o que sabemos sobre depressão atualmente. No momento atual, essa é a principal causa de incapacidade em todo o mundo, sendo necessário englobar esse tema nos assuntos da empresa e Recursos Humanos.

Os países e a depressão

De acordo com a Organização Pan-Americana, estima-se que, em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas, englobando todas as idades, sofrem com esse transtorno. Nesse número, é possível identificar que mulheres são mais afetadas do que os homens.

No Brasil, 5,8% da população sofre com essa doença, chegando a afetar 11,5 milhões de brasileiros. No entanto, existem países mais depressivos que o nosso, como é o caso da Ucrânia (6,3%), Estônia (5,9%), Austrália (5,9%) e Estados (5,9%).

No entanto, estudos mostram que o Brasil é o país mais ansioso do mundo, além de fazer parte do grupo daqueles com maiores índices de depressão.

Fatores como baixa renda, falta de emprego ou condições de trabalho extremamente precárias, sem saúde ocupacional, são fatores que influenciam muito.

Por que falar de depressão no trabalho?

Como vimos, depressão é um assunto muito sério e pode surgir no ambiente de trabalho. No entanto, em algumas empresas, isso não é muito discutido como em comparação a outros assuntos.

No entanto, levantar esse tema é muito importante já que as consequências do surgimento dessa doença pode afetar sociedade, empresa e, claro, o próprio trabalhador e seu entorno.

Falar de depressão no trabalho pode prevenir a incidência da doença, ou pelo menos provocar uma maior atenção e sensibilidade para o tema.

Isso é necessário pois uma sociedade doente não é funcional, já que existe uma relação entre saúde do trabalhador e produtividade. Além disso, a empresa tem o dever de zelar pela saúde do seu colaborador.

Outro ponto a ser levantado é o impacto que isso tem na sociedade, uma vez que o conhecimento é disseminado dentro das instituições a população de forma geral passa a ser mais instruída.

Depressão no trabalho X Burnout

Depressão no trabalho

A depressão, mesmo que no ambiente de trabalho, não pode ser considerada como sinônimo da síndrome de Burnout.

Essas duas condições são diferentes, enquanto o Burnout é considerado uma fadiga, um estado de esgotamento profissional. Em casos de estresse, muita competitividade e responsabilidade, o Burnout pode surgir.

No entanto, para a OMS, o Burnout não é considerado como uma condição médica. Diferente disso, a depressão é uma doença psiquiátrica crônica.

Apesar disso, uma Síndrome de Burnout sem tratamento ou negligenciada pode evoluir para condições de ansiedade, Síndrome do Pânico e até mesmo uma depressão no ambiente de trabalho.

No entanto, a depressão também está ligada a fatores divergentes da vida laboral e até mesmo genéticos. Por isso, a causa desse surgimento precisa ser investigada com auxílio de profissionais.

Sinais de depressão no ambiente de trabalho

Para os trabalhadores, se atentar a fatores específicos podem criar sinais de alerta e até mesmo evitar o desenvolvimento da depressão. Dessa forma, trouxemos alguns pontos que precisam de mais atenção quando percebidos pelo colaborador:

Queda da produtividade

Um dos pontos mais debatidos com relação à depressão no trabalho é a produtividade, essa é a primeira a apresentar dificuldades. Com isso, é o sinal mais claro a ser identificado.

Essa diminuição acaba sendo notória, principalmente quando o profissional sempre esteve muito empenhado na prestação de seu serviço.

Tristeza profunda ao trabalhar

O trabalho, que antes era muito prazeroso, agora é um fardo para o colaborador. Dessa forma, a tristeza intensa é um dos sinais de alerta para a própria pessoa que está sentindo esses sintomas.

Esse sentimento pode não começar tão intenso, é comum que ele se agrave com o passar do tempo, principalmente se não houver mudanças nesse período de tempo.

Procrastinação para finalizar atividades

Finalizar uma atividade que antes levava minutos agora pode levar horas, isso acontece pois a procrastinação impede que aquilo seja feito de forma linear. Pausas são muito comuns nesse momento, já que o cérebro tenta interromper tal serviço a todo instante.

Com o aumento da procrastinação no ambiente de trabalho, a queda da produtividade acaba sendo a consequência mais próxima.

Dificuldade em planejar

O planejamento para execução das atividades é uma tarefa que antecede todas as outras, mas a pessoa com princípio de depressão acaba possuindo dificuldade em fazer isso.

Esse sinal ocorre pois ela não deseja realizar essa atividade, por isso o seu planejamento acaba sendo mais trabalhoso e prolongado.

Ausência de concentração

A falta de concentração e a procrastinação caminham lado a lado, isso acontece por motivos da ausência de motivação e insatisfação com o que está sendo feito.

A concentração acaba sendo um problema principalmente quando informações muito importantes precisam ser passadas, na apresentação de resultados ou na orientação para novos funcionários.

Esquecimento constante

Não apenas com objetos, mas informações acabam sendo esquecidas com mais frequência depois do início da depressão no ambiente de trabalho. Como o colaborador assume responsabilidades, esquecer o que deveria ser feito ou como uma atividade é conduzida impacta diretamente no serviço que está sendo prestado.

Faltas frequentes ou atrasos

Como aquela pessoa não tem mais a vontade de estar ali, os atrasos na marcação de ponto passam a ficar mais frequentes. Além disso, faltas justificadas ou não acabam sendo comuns e o setor de RH precisa estar atento a isso.

Dessa forma, entender como tudo pode começar é interessante não apenas para que o colaborador possa se conhecer e identificar o problema, mas também é essencial para que os líderes possam perceber esses sintomas e agir de forma incisiva.

Depressão é uma doença ocupacional?

Sim! Estudos científicos nos mostraram que a depressão é uma das causas mais expressivas de afastamento do trabalho. Essa é uma das preocupações de saúde pública, sendo considerada uma doença ocupacional.

Dessa forma, assim como qualquer outra doença ocupacional, é necessário comprovar essa condição por meio de exames e laudos médicos em perícia.

Sem eles, é impossível afirmar que o indivíduo realmente possui determinada doença. Tais documentos irão comprovar a condição e conduzir a melhor alternativa para ele.

O CID da depressão ocupacional

A sigla CID refere-se a classificação internacional de doenças, sendo um sistema efetivo de códigos e utilizado no mundo todo para padronizar e entender a linguagem entre os médicos. Por meio dele, também é possível monitorar a incidência e a prevalência de cada doença.

O CID pode ser facilmente encontrado nos atestados médicos, sendo o CID F32 o código para padronizar a depressão ocupacional.

Direitos de quem sofre depressão

Os trabalhadores que possuem depressão comprovada têm direito ao auxílio-doença do INSS, além disso, nos casos graves e extremos, podem solicitar a aposentadoria por invalidez.

Além disso, eles ainda podem ter:

  • Afastamento de até 15 dias das atividades do trabalho;
  • Estabilidade no emprego de 12 meses, após o recebimento do auxílio-doença acidentário;
  • Cobertura de benefícios da Previdência Social.

E não se esqueça: A demissão do empregado que sofre de depressão poderá ser considerada como uma dispensa discriminatória quando comprovado que o funcionário foi demitido por conta da sua condição de saúde.

Combatendo a depressão no trabalho

A depressão é coisa séria, por isso deve ser vigiada pela empresa e colaboradores. Para isso, medidas podem ser tomadas para que o ambiente de trabalho não seja mais um fator causador de depressão.

Dessa forma, atividades como as descritas abaixo podem evitar problemas psicológicos nos colaboradores, bem como melhorar a energia organizacional. Por isso, você que é gestor ou funcionário do RH precisa levar esses pontos em consideração:

Atenção ao feedback

Muitas vezes o seu funcionário fala, mas você não o ouve. Por isso, é importante mudar a perspectiva e dar atenção às questões levantadas pelos colaboradores.

Para isso, criar momentos individuais com os colaboradores, para que eles se sintam à vontade em falar o que estão achando do trabalho pode ser um ótimo início.

Mobilização no Setembro Amarelo

O “Setembro Amarelo” é uma campanha que tem por objetivo trazer visibilidade para as questões que envolvem a saúde mental, sobretudo o suicídio que a consequência mais grave causada pelos transtornos.

No entanto, esse movimento dentro das empresas precisa ser muito mais do que uma simples distribuição de fitinhas amarelas e cartazes espalhados pelas paredes. Dessa forma, trazer momentos de conversação coletiva e dar voz para os colaboradores é essencial.

Avaliação de clima organizacional

Avaliações, principalmente de forma anônima, pode ser um ótimo parâmetro para os gestores saberem como anda o clima organizacional dentro da sua empresa.

Por meio de fichas a serem preenchidas pelos colaboradores, informações que envolvem a qualidade do trabalho podem ser reunidas e levadas para debate entre as pessoas de maiores cargos.

Conclusão

Com a leitura do artigo concluída, o tópico de “depressão no trabalho” pode ser muito mais discutido para que a informação possa ser atribuída para o colaborador e  líderes.

Além disso, foi possível perceber que essa é uma luta atual, mas que os desdobramentos dela já puderam ser percebidos há muitos anos, necessitando de atenção principalmente no ambiente laboral para que o colaborador possa trabalhar com qualidade e sem desenvolver doenças ocupacionais como esta.

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