Uma das melhores estratégias para implementar uma boa atuação de um líder se dá através do modelo de liderança situacional. Esse é um dos modelos mais versáteis e bem avaliados presentes na prática de gestão de pessoas no mundo corporativo.
A produtividade de uma empresa está muito associada à uma boa gestão da equipe de colaboradores, pois atua diretamente no desempenho das atividades. Assim, as empresas precisam lançar mão de bons modelos de liderança para garantir a efetividade das suas atividades e a qualidade de desenvolvimento dos colaboradores.
Você sabe o que é liderança situacional, como ela pode ser aplicada na empresa e quais as vantagens no seu ambiente de trabalho? Pensando em auxiliar nisso, criamos um artigo que vai abordar tudo sobre liderança situacional. Então, se você quer saber a utilidade disso para sua empresa, fica ligado no artigo a seguir!
O que significa liderança?
Antes de tudo, é importante entender qual o conceito de liderança, e como essa habilidade pode estar presente no ambiente de trabalho. Portanto, a capacidade de comandar, inspirar e exercer influência sobre um grupo específico, visando atingir um ou mais propósitos, é o que podemos compreender como liderança.
As empresas, por sua vez, apresentam requisitos altamente particulares, incluindo a realização de metas predefinidas que se relacionam com a eficiência de uma organização. Por isso, as organizações procuram atributos como a liderança para fortalecer o desempenho de suas equipes e estimular a consecução de metas e alvos estipulados.
Existem várias abordagens pelas quais a liderança pode ser exercida na prática. Assim, é possível contemplar que distintos tipos de liderança podem ser identificados, os quais podem se adaptar às diversas necessidades e organizações.
Portanto, a liderança situacional é um dos tipos de liderança mais bem avaliados, e possui características específicas que merecem uma atenção especial.
O que é liderança situacional?
A liderança situacional pode ser definida como um modelo de liderança no qual o líder se adapta ao contexto da sua equipe de trabalho. Sendo assim, em determinadas situações o líder situacional atua de maneira distinta, adaptando sua metodologia de acordo com o contexto.
Portanto, nesse caso, a liderança situacional possibilita ao líder a capacidade de ajustar prontamente sua tomada de decisão e estratégias com base nas particularidades do ambiente de trabalho e requisitos específicos.
Sendo assim, o líder reconhece a inexistência de um único padrão de atuação para todas as situações. Com isso, o líder acaba adaptando-se conforme a situação e a competência de cada colaborador, a fim de agir de forma mais estratégica.
De onde surgiu esse conceito?
Embora seja uma abordagem amplamente aplicada nos dias de hoje, a teoria da liderança situacional tem suas raízes no ano de 1969, quando dois renomados especialistas colaboraram no seu desenvolvimento.
Assim, essa teoria da liderança situacional foi concebida por Paul Hersey, um cientista comportamental, e Kenneth Blanchard, um sociólogo e perito em gestão empresarial. Essa parceria resultou em uma teoria que revolucionou a compreensão da liderança ao enfocar a adaptação dos líderes às necessidades e níveis de preparo de seus liderados.
Portanto, essa teoria entrou em contrapartida a um modelo de liderança fixo e inflexível, estilo esse que era mais tradicionalmente utilizado. Nesse contexto, a liderança situacional ganhou aceitação generalizada tornando-se uma abordagem fundamental na gestão de pessoas, oferecendo um método dinâmico para liderar equipes de forma mais eficaz.
Qual a diferença entre liderança situacional e comportamental?
Em primeiro lugar, é necessário entender melhor o que significa uma liderança comportamental, para depois observar as distinções com a liderança situacional.
Assim, em uma liderança comportamental, o líder tem a flexibilidade de ajustar seu comportamento, transitando entre abordagens autoritárias e democráticas, conforme o cenário.
Isso significa que, em certos instantes, o líder pode tomar decisões de maneira independente, enquanto em outras ocasiões, pode buscar a colaboração da equipe na tomada de decisões. A escolha entre essas abordagens é condicionada especificamente por deliberação do líder, que pode oscilar independente entre uma abordagem e outra,
Por isso, a diferença primordial está no fato da liderança situacional se adaptar com base na maturidade dos liderados. Por outro lado, a liderança comportamental se adapta com base no comportamento e estilo de liderança do próprio líder.
Liderança situacional: Veja os seus principais atributos
Talvez a principal característica de uma liderança situacional seja a habilidade do líder em exercer a resiliência. A resiliência, por sua vez, pode ser entendida como a capacidade de se adaptar às mudanças ou situações complicadas.
Por isso, um líder situacional possui a habilidade de agir sob diferentes situações, e mudam o comportamento e atuação conforme seja necessário. Para conseguir isso, a liderança situacional conta com uma série de atributos próprios.
Um desses atributos é a capacidade de comunicação, já que um líder situacional se expressa com destreza, sustentando uma comunicação franca e incentivando a confiança das equipes, de modo a promover a autonomia no trabalho.
Além disso, em uma liderança situacional há o apoio à equipe como uma característica fundamental. Nesse sentido, a atuação ocorre de maneira empática, entendendo as dificuldades e limitações da equipe, e moldando-se a esse contexto.
Além destas particularidades do indivíduo enquanto líder, é imperativo que ele demonstre igual versatilidade no que concerne ao cenário do mercado. Assim, as organizações que adotam a liderança situacional valorizam gestores que permanecem informados e demonstram interesse em seguir as direções do mercado.
Quais os estilos de uma liderança situacional?
Como mencionado anteriormente, o líder situacional muda sua conduta e atuação a depender do contexto de trabalho e equipe. Assim, podem ser atribuídas 4 tipos de estilos de liderança situacional, cada qual com um tipo de atuação específica.
Antes de adotar o estilo de atuação, o líder deverá avaliar dois critérios importantes: O nível de complexidade de uma tarefa e a capacidade de execução da equipe. Sendo assim, é preciso ter uma ideia do nível de dificuldade de uma atividade e entender se qual o nível de preparação da sua equipe.
Com esses dois critérios em mente, é possível atuar de maneira assertiva, e escolher o estilo mais adequado para cada caso. A seguir, será abordado melhor os 4 tipos de estilos de liderança situacional, a depender do estágio de desenvolvimento do indivíduo.
1- Direção
A direção é o estilo de liderança situacional adotado para aqueles indivíduos que possuem poucas ou nenhuma habilidade e experiência no desenvolvimento de certa habilidade. Sendo assim, o líder deve apostar em uma postura de direcionamento, dizendo exatamente o que precisa ser feito.
Assim, o líder deverá informar qual atividade deverá ser realizada, explicar como ele deve ser desenvolvida, e promover meios para que o indivíduo possa cumprir a tarefa.
Portanto, o direcionamento é um estilo de liderança situacional que requer monitoramento, já que é voltado principalmente para aqueles indivíduos com pouco conhecimento. Esse estilo de liderança exige uma maior dedicação por parte do líder, pois ele precisa prestar um acompanhamento de perto.
Sendo assim, podemos observar esse tipo de estilo de liderança voltado para aqueles profissionais em início de carreira, como estagiários, novatos, junior, dentre outros.
2- Orientação
Na orientação o funcionário já possui mais experiência e autonomia do que no estágio anterior. Por isso, o papel do líder é o de orientar, ou seja, avaliar o trabalho do funcionário, fornecendo dicas, feedbacks e solicitando novas pautas.
Assim, há uma troca de ideias no estilo de orientação, em que o gestor pode ouvir a opinião do funcionário para a implementação de uma atividade. Entretanto, a autonomia ainda é muito limitada, e as decisões são exclusivas do líder da equipe.
Então, a orientação é voltada para aqueles funcionários com um domínio intermediário, que podem agregar no planejamento das ações, mas ainda não possuem capacidade técnica para exercer uma maior autonomia.
3- Apoio
O apoio é um estilo de liderança utilizado para aqueles funcionários que já possuem uma certa autonomia, e conseguem realizar as atividades sem que o líder esteja de perto para acompanhar.
Sendo assim, o papel do líder nesse estágio é o de acompanhar de longe a execução das tarefas propostas, e dialogar em situações específicas. Por isso, a atuação do líder é menos frequente, e o protagonismo profissional está mais voltado para o funcionário
Nesse caso, os líderes devem adotar esse estilo ao perceberem que o colaborador está avançado nos conhecimento daquela área. Ou seja, esse estilo é voltado para aquelas pessoas com maturidade, vivência, mas que ainda não são totalmente autônomos.
4- Delegação
Em alguns casos, o papel do líder é simplesmente o de delegar funções, ou seja, atribuir responsabilidades a um colaborador, e esperar que ele cumpra o que foi estabelecido.
Nesse estilo está o mais elevado grau de autonomia concedida ao colaborador, que realizará a sua performance sem interferência do seu líder. Sendo assim, o papel do líder nesse caso é o de atribuir funções para os colaboradores.
Nesse estágio os profissionais já possuem habilidades, experiência e maturidade na área de maneira suficiente, e dispensam o auxílio de um líder para execução. Esses colaboradores podem, inclusive, estar encarregados de auxiliar os mais novos, exercendo também um papel de liderança na hierarquia da empresa.
Estilos de liderança e estágios de desenvolvimento
Como dito anteriormente, cada um dos estilos de liderança é aplicado a depender do contexto no qual o colaborador se encontra. Em outras palavras, o estilo de liderança é modificado a depender do estágio de desenvolvimento de um colaborador.
Sendo assim, à medida que o colaborador ganha experiência e domínio em determinada função, a sua liderança assume papéis diferentes em cada um dos estágios de desenvolvimento.
Como funciona a aplicação disso na prática?
Para ficar mais esclarecido como que uma liderança situacional funciona na prática, traremos um exemplo para ilustrar essa atuação. Vamos supor que uma empresa do ramo de TI precise contratar um novo colaborador para auxiliar nas atividades.
Um colaborador com pouca experiência, por exemplo um estagiário, precisará inicialmente um estilo de liderança do tipo direção. Ou seja, um líder terá que designar exatamente as atividades voltadas para programação de um software, e acompanhar de perto se essa atividade está sendo cumprida corretamente.
Vamos supor agora que esse funcionário adquiriu experiência e habilidade suficiente para ser considerado um membro junior. Sendo assim, ele poderá exercer o seu trabalho com mais autonomia, mas o líder ainda deverá encaminhar atividades e tomar decisões sobre o que precisa ser feito.
No próximo nível, o funcionário adquiriu experiência suficiente para ser considerado um “membro pleno”, e por isso, possui mais autonomia para realizar suas tarefas Assim, o líder estará presente em poucas situações, quando for solicitado um auxílio.
No último estágio, vamos supor que o funcionário foi promovido como membro sênior, ou seja, ele possui completa autonomia e capacidade de realizar uma atribuição. Assim, o papel do líder foi o de designar a função, e o funcionário deverá cumpri-la com total autonomia de decisões naquela área.
Como monitorar a eficiência desse modelo de liderança?
Como é possível avaliar se o esquema de liderança situacional está dando certo na minha empresa após a implementação desse modelo? Uma maneira indireta de avaliar a eficiência de um líder é através da produtividade dos funcionários no qual ele é designado a coordenar.
Sendo assim, a melhor maneira de verificar a produtividade de um colaborador ou uma equipe é através de um software de controle de ponto. Com a ferramenta do Genyo, o gestor poderá verificar na plataforma a funcionalidade de registro de atividades, um recurso que permite avaliar a produtividade dos funcionários.
Assim, será possível verificar se aqueles líderes com perfil de liderança situacional possuem um desempenho melhor, que culmina no aumento da produtividade dos colaboradores que ele coordena.
Quais as vantagens de uma liderança situacional?
Como já observado, existe uma série de vantagens em se adotar um modelo de liderança situacional, principalmente relacionado ao desenvolvimento de colaboradores na empresa.
Outra vantagem muito observada é o fato de lideranças situacionais evitarem conflitos, pois esse modelo contrapõe a ideia daquele líder autocrático que apenas emite ordens. De outra maneira, uma liderança situacional melhora a comunicação assertiva, tanto dos colaboradores quanto dos gestores, pois estimula um diálogo claro e seguro.
Há também o aumento da produtividade, já que uma liderança situacional explora o melhor que cada profissional pode oferecer, potencializando as habilidades dos colaboradores. Outra vantagem é que isso serve como estímulo e inspiração para o desenvolvimento dos funcionários, que podem vislumbrar um plano de carreira na empresa que atua.