A Importância do Firewall Humano nas Empresas!

Confira agora sobre o firewall humano, uma abordagem complementar para garantir a segurança de informação e dados na sua empresa. Veja mais neste artigo!
Sumário
Firewall humano

No século XXI a tecnologia desempenha um papel fundamental nos mais diversos aspectos das nossas vidas, interferindo desde as coisas contemporâneas, até as operações comerciais. O que torna essencial as preocupações das empresas com a informação, mas você conhece o conceito do firewall humano?

Que por si só, trata-se de uma rede muito complexa com diversas linhas de defesa, indo muito além das soluções tradicionais de segurança, como firewalls de rede e sistemas de detecção de intrusões. Já que de acordo com pesquisa, realizada pela Verizon, 85% dos ataques cibernéticos têm origem ou causa em interação humana.

Ou seja, o firewall humano, apesar de uma última linha de defesa, é de essencial importância. Sendo necessário das empresas um treinamento eficiente nas boas práticas de segurança da informação com o intuito de proteger a privacidade e a segurança dos dados  da empresa.

Portanto, nesse artigo, exploraremos um pouco mais da definição e estrutura do firewall humano, assim como sua importância e aplicabilidade nas empresas modernas.

Firewall

Em definição, um firewall se trata de componente essencial para a segurança da rede, ele atua como uma barreira entre uma rede privada e a Internet ou outras redes externas. Dessa forma ele foi projetado para controlar o tráfego de rede com base em um conjunto de regras pré-definidas, filtrando e bloqueando o acesso não autorizado, como possíveis hackers

Ameaças externas e o firewall tradicional

A necessidade de se recorrer aos firewalls para proteção se deve justamente à importância e à fragilidade da informação para o mundo corporativo.

Assim sendo, os ataques direcionados a uma empresa podem ocorrer de 2 formas, por meio de hackers, com o objetivo de realizar uma invasão direta no sistema de redes da empresa através de dados confidenciais. Seja por meio de malwares, ataques de força bruta e busca por vulnerabilidades dos softwares; por sobrecarga do sistema; ou por engenharia social, por engano ou manipulação dos colaboradores.

Dos quais podem ser resolvidos com os firewall tradicionais, os de rede que atuarem como uma barreira entre a rede interna e a Internet. Através do exame de pacotes de dados que entram ou saem da rede e tomada de decisões com base nas regras de filtragem pré-estabelecidas. Assim o firewall pode bloquear pacotes suspeitos, e impedindo que ameaças externas acessem a rede interna e os sistemas da organização.

Entretanto, mesmo com sua alta eficiência ao tratar de problemas externos, o sistema de firewall tradicional se mostra ineficaz e limitado quando se trata das ameaças internas ou descuidos humanos.

Ameaças internos e o firewall humano

Assim, surge o conceito de firewall humano como uma abordagem complementar aos firewalls técnicos, que estão focados na conscientização e nas práticas de segurança dos funcionários. Pois é reconhecida a importância dos colaboradores para manutenção da segurança de dados da empresa, especialmente contra ameaças internas.

Já que o descuido dos funcionários com relação a abrir anexos de e-mail ou clicar em links suspeitos, negligências das boas práticas de segurança da informação como criação de senhas fortes, compromete a segurança da empresa.

Além do impróprio compartilhamento de informações confidenciais com indivíduos não autorizados, seja de forma proposital, por um funcionário descontente. Ou acidental, em envios por engano ou deixando documentos sensíveis em locais de fácil acesso.

Componentes do firewall humano

Firewall humano

Diferentemente do firewall técnico e tecnológico já comumente utilizado nas empresas, o firewall humano possui uma abordagem complementar e é composto por certas características essenciais.

  • Treinamento e conscientização: O treinamento regular em segurança da informação é fundamental para capacitar os funcionários a entenderem e lidarem com ameaças cibernéticas. Assim, práticas sobre o phishing, a engenharia social, a importância do uso de senhas seguras, o uso adequado de dispositivos móveis, e a responsabilidade em relação ao compartilhamento de informações confidenciais é essencial para evitar possíveis ataques.
  • Políticas e diretrizes de segurança: As políticas de segurança estabelecem as diretrizes e os requisitos que os funcionários devem seguir para proteger os dados da empresa. Isso pode incluir políticas sobre o uso aceitável de dispositivos, senhas, acesso a informações confidenciais, navegação na Internet e uso e divulgação na mídia. Dessa forma, as políticas elaboradas pelo departamento de recursos humanos devem ser claras, informada de maneira eficaz a todos os colaboradores e atualizadas regularmente em virtude da velocidade de avanço dos ciberataques.
  • Monitoramento de atividades suspeitas: A implementação de sistema de monitoramento de rede pode ser um ótimo método para identificar atividades suspeitas. Essa observação pode levar a indicação de violações na segurança e uma resposta rápida a possíveis ameaças. Para isso deve-se verificar o tráfego de rede, registros de eventos, e uma análise comportamental dos usuários da rede.
  • Comunicação e colaboração: Estabelecer uma cultura de comunicação aberta e colaboração entre os funcionários é outro aspecto fundamental do firewall humano. Com essas ações, os colaboradores se sentiram encorajados a relatar incidentes de segurança e atividades suspeitas, favorecendo a velocidade de descoberta de ameaças, um fator essencial para a segurança da empresa. Além disso, a colaboração entre as equipes de segurança, TI e outros setores auxilia nesse processo de identificação e resolução de problemas de segurança da forma mais eficiente possível.
  • Avaliação e melhoria contínua: O firewall humano requer uma abordagem contínua de avaliação e melhoria. Isso envolve a realização de auditorias de segurança, análise de riscos, revisão das políticas e procedimentos existentes, além de se manter atualizado sobre as últimas tendências e técnicas de ataque. A aprendizagem contínua e a adaptação às mudanças nas ameaças de segurança são fundamentais para manter o firewall humano eficiente.

Benefícios e desafios do firewall humano

Embora o firewall humano seja uma medida importante para promover a segurança de informações na empresa, e que apresenta diversos benefícios que serão aqui citados, existe também uma série de desafios associados tanto à sua implementação, quanto ao fator humano relacionado.

Fortalecimento da segurança geral

O firewall humano é uma medida complementar para a segurança tradicional e técnica, como firewalls de rede e sistemas para detecção de invasões, fortalecendo assim a segurança geral da organização. E ao capacitar os funcionários a serem conscientes e responsáveis ​​pela segurança, as chances de ataques bem-sucedidos são reduzidas, protegendo a rede e os sistemas contra ameaças internas e externas.

Redução do risco de violações de dados

Com um firewall humano eficaz, a empresa é mais capacitada para evitar violações de dados e vazamento de informações confidenciais. Isso fornece mais segurança à empresa, mas também pode ser utilizado para o marketing, ao estabelecer a segurança e proteção dos dados dos clientes. Afinal, os funcionários treinados em segurança da informação possuem uma menor tendência em cair em golpes de phishing, compartilhar informações confidenciais ou negligenciar práticas básicas de segurança.

Proteção da reputação e imagem da empresa

Uma violação de segurança pode ter um grande impacto negativo para a reputação e imagem de uma empresa, especialmente a depender do ramo de atuação. Assim, o firewall humano ajuda a mitigar o risco de tais incidentes, aumentando a segurança da informação e demonstrando o comprometimento da empresa em proteger os dados dos clientes e parceiros. Isso fortalece a confiança e a credibilidade, preservando a reputação da organização.

Resposta rápida a incidentes

Com funcionários treinados e conscientes, a detecção de atividades suspeitas ou incidentes de segurança são relatados de forma mais rápida. E a adoção de protocolos a serem seguidos nesses casos, permite que respostas mais rápidas e eficientes sejam tomadas em casos de ameaças, minimizando o impacto de ataques e acelerando a recuperação dos sistemas afetados.

Cumprimento de regulamentações

O firewall humano contribui para o cumprimento de regulamentações de segurança e privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Já que ao implementar práticas de segurança robustas e garantir a proteção dos dados, a empresa está em conformidade com as obrigações legais e regulatórias.

Dependência do comportamento humano

Embora exista toda uma tecnicidade por trás do treinamento e implementação, o firewall humano depende fortemente do comportamento correto e vigilante dos funcionários. Se os funcionários não levarem a sério as práticas de segurança ou não seguirem as diretrizes estabelecidas, as vulnerabilidades podem surgir, colocando em risco a segurança da empresa.

E mesmo com o treinamento adequado, os funcionários ainda podem cometer erros, que causem violações de segurança. Como, clicar em links maliciosos ou fornecer informações confidenciais a pessoas não autorizadas.

Resistência ou falta de engajamento dos funcionários

Alguns funcionários podem também resistir ou não se envolver ativamente no firewall humano, considerando-o um incômodo, na prática de suas atividades diárias. Isso pode comprometer a eficácia do firewall humano e enfraquecer a postura de segurança da empresa.

Limitações técnicas

É importante reiterar, que o firewall humano embora seja uma abordagem importante, ele não pode substituir totalmente as soluções técnicas, como firewalls de rede e sistemas de detecção de intrusões. Já que as soluções técnicas desempenham um papel crucial na proteção da rede e dos sistemas contra ameaças externas.

Implementação do firewall humano

Por se tratar de uma abordagem complementar ao firewall técnico e tecnológico, o firewall humano exige um processo diferenciado para sua correta implementação numa empresa. Portanto, confira um passo a passo do modo como essa metodologia deve ser aplicada a sua empresa:

  1. Alta administração: O primeiro passo para implementação do firewall humano é o comprometimento da alta administração sobre a importância do estabelecimento da cultura de segurança. E com isso, da importância do firewall humano como uma medida para tal, e que deve ser aplicado em toda a instituição. A partir desse entendimento, a alta administração deve estabelecer diretrizes claras e fornecer recursos adequados para implementar e manter o firewall humano.
  2. Avaliação de riscos: A próxima etapa é realizar uma avaliação de riscos e identificar as áreas de vulnerabilidade, assim como os principais desafios de segurança enfrentados pela empresa. Esse processo ajudará a determinar quais as necessidades específicas de segurança a empresa precisa e direcionar o investimento e treinamento dos colaboradores.
  3. Desenvolvimento de programas de treinamento: Com base na avaliação de riscos, deve-se desenvolver o programa de treinamento em segurança da informação adaptado às necessidades da empresa. Os treinamentos devem abordar tópicos como proteção de dados, senhas seguras, reconhecimento de ameaças cibernéticas, boas práticas de navegação na Internet entre outros.
  4. Campanhas de conscientização: Embora um treinamento adequado seja essencial para garantir a segurança de dados em uma instituição. Quanto tratamos do firewall humano é necessário que se estabeleça uma estratégia regular de campanhas de conscientização para os funcionários, sobre as políticas e práticas de segurança. Isso pode incluir a divulgação de boletins informativos, e-mails e sessões de treinamento periódicas. Além disso, incentive os funcionários a comunicarem qualquer atividade suspeita ou incidente de segurança imediatamente.
  5. Políticas de segurança: Desenvolver e estabelecer políticas de segurança claras e abrangentes que revelem as diretrizes e as melhores práticas que os funcionários devem seguir.
  6. Monitoramento e resposta a incidentes: A implementação de um sistema de monitoramento de segurança, que detecte atividades suspeitas ou comportamentos anômalos é um passo importante para a segurança de dados na empresa. Dessa forma, estabeleça procedimentos de resposta a incidentes, assim irá lidar rapidamente com qualquer violação de segurança ou incidentes relacionados.
  7. Avaliação e melhoria contínua: Por fim, mantenha avaliações regulares do firewall humano para identificar possíveis pontos de melhoria. Para isso, pode ser analisada a resposta aos treinamentos, o feedback dos funcionários e uma constante revisão das políticas de segurança.

Conclusão

O firewall humano tornou-se uma abordagem essencial para fortalecer a segurança da informação e proteger os dados das empresas. Já que, em um mundo tão comunicativo, a informação tornou-se uma poderosa ferramenta e desafio para se lidar, especialmente relacionado a sua segurança e riscos de divulgação.

Portanto, é fundamental, conhecer os métodos mais tradicionais de proteção, que abordam os aspectos técnicos e tecnológicos. Entretanto, ao se levar em consideração os dados de vazamento de informação e invasão por hackers, é fácil discernir a importância do papel humano nesses eventos.

Dessa forma, o estabelecimento do firewall humano como uma medida adicional de segurança, de forma a desenvolver uma segurança de dados mais blindada. E com ela todos os benefícios adicionais para a instituição, como a reputação e cumprir as obrigações legais.

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