Senado aprova regulamentação da Inteligência Artificial; veja as regras

Tudo sobre o PL de Regulamentação da Inteligência Artificial que acaba de ser aprovado no Senado! Regras, níveis de risco e mais. Veja mais neste artigo!
Sumário
regulamentação da inteligência artificial

Na última terça-feira, 10 de dezembro, o Senado aprovou um passo significativo na regulamentação da inteligência artificial no Brasil, enviando o marco regulatório da IA para a Câmara dos Deputados.

O projeto, que surgiu após 14 audiências públicas envolvendo a sociedade civil, especialistas e representantes dos setores público e privado, tem como objetivo estabelecer princípios essenciais para o desenvolvimento e a utilização da tecnologia de forma transparente, segura e ética.

O texto, um substitutivo que incorpora elementos de outras propostas, aborda também a proteção dos direitos dos criadores de conteúdo e assegura que qualquer uso de imagens e vozes por sistemas de IA deve sempre respeitar os direitos da personalidade.

O novo marco regulatório visa garantir que a inteligência artificial opere dentro dos valores democráticos e dos direitos humanos, criando um ambiente de confiança e respeito mútuo.

Com a proposta agora sob a análise da Câmara, a expectativa é a de que o marco regulatório para uso da inteligência artificial proporcione uma base sólida para o uso ético e responsável da IA no Brasil, promovendo a inovação e a criatividade de forma segura.

Nesse sentido, confira abaixo tudo que você precisa saber sobre o projeto que prevê a regulamentação da Inteligência Artificial no Brasil! Veja quais são as regras e se as diretrizes já estão em vigor.

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial refere-se a sistemas computacionais projetados para simular a capacidade humana de raciocínio, aprendizado e adaptação.

Esses sistemas utilizam algoritmos complexos e grandes volumes de dados para executar tarefas que geralmente requerem intervenção humana.

Na prática, aplicações como reconhecimento de voz, processamento de linguagem natural e tomada de decisões automáticas demonstram a versatilidade dessa tecnologia.

Desse modo, a regulamentação da inteligência artificial torna-se instrumental à medida que essas inovações se inserem na vida cotidiana.

Essas tecnologias estão se tornando cada vez mais comuns em diversas áreas, como saúde, educação e segurança, levantando preocupações sobre sua utilização ética e segura.

Com a recente aprovação do marco regulatório no Senado, definições claras sobre o que é inteligência artificial se tornam ainda mais relevante.

O marco regulatório, afinal, estabelece princípios para o uso e desenvolvimento da IA, além de classificar os sistemas de IA de acordo com o risco que podem representar para a sociedade.

Confira mais detalhes na tabela abaixo:

Tipo de Risco Descrição
Risco Excessivo Casos onde a IA pode causar danos significativos à sociedade ou a indivíduos.
Risco Alto Inclui sistemas que podem impactar negativamente em áreas sensíveis, como saúde e segurança.
Risco Geral ou Baixo Risco Sistemas que não representam ameaças iminentes e são considerados seguros para uso.

Com a regulamentação da inteligência artificial, a expectativa é que as empresas adotem práticas responsáveis, promovendo inovações enquanto respeitam os direitos da sociedade e das pessoas.

O debate em torno do que é inteligência artificial e como deve ser regulada continua, refletindo a evolução desta área crítica e em crescimento.

Por que a regulamentação da inteligência artificial é importante?

A regulamentação da inteligência artificial é imperativa para proteger os direitos fundamentais dos cidadãos.

Sem regras claras, tecnologias podem ser utilizadas de forma discriminatória, o que suscita preocupações éticas e sociais.

Outro aspecto relevante é o estabelecimento de padrões de segurança e confiabilidade em áreas críticas como saúde e transporte.

Afinal de contas, a falta de regulamentação pode levar a abusos, como a violação da privacidade dos indivíduos e riscos legais para as empresas que desenvolvem esses sistemas.

De acordo com o Projeto de Lei 2.338/2023, algumas medidas já estão sendo propostas. Entre elas, a exigência de informação sobre o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais no treinamento de sistemas de IA.

Com um arcabouço legal estruturado, é possível fomentar a inovação no setor, promovendo um ambiente mais seguro e inclusivo para todos os envolvidos.

A regulamentação da inteligência artificial é, portanto, um passo necessário para garantir um futuro mais ético e responsável no uso dessa tecnologia.

A discussão e a implementação eficiente dessas regras podem contribuir significativamente para a construção de um mercado mais justo e equilibrado.

O que é o marco regulatório para uso da inteligência artificial?

O marco regulatório para uso da inteligência artificial, aprovado pelo Senado em 10 de dezembro, estabelece um conjunto robusto de normas para o desenvolvimento e a operação de sistemas de IA no Brasil.

O projeto busca garantir que as aplicações de inteligência artificial sejam seguras, transparentes e éticas.

Suas regras proíbem tecnologias que possam representar riscos elevados à segurança ou aos direitos humanos, refletindo uma preocupação crescente com a responsabilidade no uso dessas ferramentas.

O tempo de implementação do marco regulatório varia em conformidade com o tipo de regra. A maioria das disposições entrará em vigor 730 dias após a publicação da lei.

Exceções incluem normas relacionadas a sistemas generativos e aplicações proibidas, que terão vigência em 180 dias. 

Algumas regras sobre a organização dos órgãos reguladores terão vigor imediato, proporcionando uma resposta rápida às necessidades do mercado.

Um elemento central do marco regulatório é a criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA).

Este sistema envolverá a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o Conselho de Cooperação Regulatória de Inteligência Artificial (CRIA), e especialistas da área, assegurando uma supervisão eficaz e um alinhamento com as melhores práticas internacionais.

Com isso, os direitos das pessoas que interagem com sistemas de IA serão garantidos.

Entre outras diretrizes estão a proteção de dados pessoais, o direito à privacidade e mecanismos para contestar decisões automatizadas.

Direitos como acessar informações prévias e revisão de decisões demonstram um compromisso com a transparência e a ética no uso da tecnologia.

Na tabela abaixo, comparamos o marco regulatório da Inteligência Artificial ao AI Act da União Europeia, uma legislação pioneira nesse cenário:

Classificação de Risco Projeto de Lei Brasileiro AI Act da União Europeia
Inaceitável Proibido desenvolvimento e uso Proibido
Risco Elevado Regulamentações específicas Regulamentações rigorosas
Risco Limitado Regras básicas Simplificadas com supervisão
Risco Mínimo Sem regulamentações específicas Autocontrole

Nesse contexto, o Projeto de Lei 2338/2023 é uma evolução consideráveis na estruturação do marco regulatório para uso da inteligência artificial no Brasil, promovendo um ambiente de inovação que proteja os direitos das pessoas e estimule a competitividade no setor tecnológico.

Quais são as regras para IA no PL 2338/2023?

O Projeto de Lei (PL) 2338/2023, conhecido como Marco Legal da IA, estabelece normas gerais para o desenvolvimento e uso responsável de sistemas de inteligência artificial no Brasil.

  • Sendo assim, quais são as regras para IA no Projeto de Lei em questão?

Entre as diretrizes do PL 2338/2023, destaca-se a centralidade da pessoa humana e o respeito aos direitos humanos.

Outro objetivo importante é garantir a proteção de dados pessoais, além de promover igualdade e não discriminação.

O projeto categoriza os sistemas de IA em níveis de risco, com um enfoque especial nas aplicações de alto risco, como diagnósticos médicos e decisões judiciais. Para essas situações, são impostas medidas rigorosas de governança.

A responsabilidade civil dos provedores e operadores também é um ponto crucial, garantindo que regras mais severas se apliquem aos sistemas de alto risco.

Na tabela abaixo, falamos mais sobre os níveis de risco da Inteligência Artificial; veja:

Nível de Risco Descrição Exemplo de Aplicação Regras de Governança
Alto Risco Aplicações que podem impactar significativamente a vida das pessoas Diagnósticos médicos Requisitos rigorosos de teste e monitoramento
Médio Risco Aplicações que exigem supervisão, mas com riscos controláveis Chatbots em serviços ao cliente Diretrizes de uso e segurança
Baixo Risco Aplicações que têm baixo impacto social Modelos de recomendação para produtos Requisitos mínimos de transparência

O PL 2338/2023 também introduz a ideia de um ‘sandbox regulatório’, que proporciona ambientes controlados para testar novas aplicações de IA.

A adoção dessa regra visa promover a inovação, permitindo que desenvolvedores experimentem com menos riscos regulatórios.

Na prática, a aplicação efetiva do conteúdo do PL 2338/2023 poderá transformar o cenário empresarial no Brasil, atraindo investimentos e fomentando inovações, ao mesmo tempo em que protege os direitos dos cidadãos no âmbito da IA

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O que são as IAs de alto risco?

O projeto de regulamentação da inteligência artificial estabelece uma classificação clara para as IAs de alto risco, levando em consideração o potencial de dano que esses sistemas podem causar às pessoas e à sociedade.

O processo de classificação serve para garantir a segurança e a integridade dos cidadãos, visto que inclui sistemas utilizados em áreas sensíveis como controle de trânsito, diagnóstico médico e recrutamento.

A regulamentação da inteligência artificial classifica as IAs em três categorias de risco:

Categoria de Risco Descrição Exemplos
Risco Excessivo Proibidas, por apresentarem alto potencial de dano sem garantias de segurança. Algoritmos para vigilância em massa.
Risco Alto Sujeitas a fiscalização rigorosa e supervisão humana eficaz. IA em diagnósticos médicos e controle de trânsito.
Risco Baixo ou Geral Menos arriscadas e com menor necessidade de supervisão intensiva. IAs utilizadas para recomendações de produtos.

Para as IAs de alto risco, a regulamentação impõe exigências de avaliações e monitoramento, além de garantir que usuários tenham o direito a explicações sobre as decisões tomadas por esses sistemas.

Em casos onde a implementação de supervisão humana não é possível, a regulamentação prevê medidas alternativas para minimizar os riscos associados.

Os direitos dos usuários e grupos afetados pelas IAs também são assegurados, incluindo o direito à informação acessível sobre interações com sistemas de alto risco.

As sanções para infrações incluem multas que podem alcançar até R$ 50 milhões, além da possibilidade de suspensão de operações no Brasil.

Direitos dos criadores de conteúdo em relação a IA

O projeto de regulamentação da inteligência artificial, que obteve aprovação no Senado, introduz medidas para a proteção dos direitos dos criadores de conteúdo e das suas obras artísticas.

A legislação permite o uso limitado de obras por instituições educacionais sem fins comerciais, assegurando que os interesses dos titulares sejam respeitados.

Nessa mesma perspectiva, a lei estabelece que o uso de conteúdos protegidos em sistemas de inteligência artificial comerciais deverá resultar em remuneração para os criadores.

Essa disposição valoriza o trabalho intelectual e criativo, promovendo um ambiente mais justo para os artistas e inovadores.

A proteção dos direitos dos criadores de conteúdo não se limita apenas à remuneração.

A legislação também exige a identificação de conteúdos protegidos utilizados em sistemas de IA, conferindo aos criadores a autoridade para proibir ou negociar a utilização de suas obras.

Como foi a votação da regulamentação de IA no Senado?

O processo de votação no Senado sobre a regulamentação da inteligência artificial foi apenas o primeiro passo no caminho para um uso responsável dessa tecnologia no Brasil.

A votação ocorreu em 10 de dezembro de 2024, conduzida pelo senador Weverton. O projeto, que abrange um substitutivo elaborado pelo senador Eduardo Gomes, foi construído a partir do PL 2.338/2023 apresentado por Rodrigo Pacheco.

A proposta passou por um amplo processo de deliberação, incluindo 14 audiências públicas que contaram com a participação ativa da sociedade civil, representantes de diversos setores, além de especialistas em tecnologia e inovação.

Durante esses encontros, foram discutidos temas relevantes, e o texto finalmente aprovado no Senado incorporou dispositivos sugeridos em sete propostas diferentes, juntamente com dezenas de emendas apresentadas por vários senadores.

Um dos pontos destacados é que a avaliação preliminar de sistemas de inteligência artificial será facultativa, exceto para sistemas generativos e de propósito geral.

Além disso, a regulamentação estabelece que o uso de conteúdos protegidos por direitos autorais em processos de mineração de texto deve ser legítimo e sem fins comerciais, respeitando os direitos dos titulares.

O projeto também é firme ao proibir o desenvolvimento e a utilização de sistemas de armas autônomas e outras práticas nocivas.

Após a aprovação no Senado, o projeto segue para avaliação na Câmara dos Deputados. Essa etapa será crucial para definir o futuro da regulamentação da inteligência artificial no Brasil, refletindo um compromisso em promover inovações seguras.

Desafios para regulamentação da Inteligência Artificial

Durante a tramitação do projeto de regulamentação da inteligência artificial, surgiram desafios e controvérsias que geraram debates intensos.

Questões como a classificação de sistemas de IA utilizados por grandes empresas de tecnologia foram especialmente debatidas.

O relator, Eduardo Gomes, teve que garantir a proteção das liberdades civis, evitando qualquer interpretação que pudesse ser vista como censura.

As emendas propostas sobre o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA) refletem as preocupações com possíveis restrições à inovação tecnológica.

Na tabela abaixo, resumimos os principais pontos discutidos durante o processo:

Ponto de Debate Descrição Implicações
Classificação de IAs Definição dos critérios para categorizar sistemas de IA como de alto risco Impacto nas grandes empresas e inovação
Liberdades Civis Proteção das liberdades individuais no uso de IA Possibilidade de censura em nome da segurança
Emendas ao SIA Propostas sobre regulamentação e controle de IA Restrições que podem inibir a inovação tecnológica
Reação do Setor Tecnológico Reações de empresas de tecnologia às novas regras Ajustes necessários para conformidade

Sendo assim, será que as novas regras para uso da IA no Brasil já estão em vigor? A resposta está em nosso último tópico; confira.

Regulamentação da Inteligência Artificial já está em vigor?

Apesar da aprovação no Senado, o marco regulatório da Inteligência Artificial ainda precisa passar por algumas etapas antes de entrar em vigor.

  • Em outras palavras, as regras legais para o uso da IA no Brasil ainda não estão valendo. 

Aprovado no Senado, o projeto de regulamentação da inteligência artificial avança agora para a Câmara dos Deputados.

Essa etapa é decisiva, pois os deputados terão a oportunidade de revisar e emendar o texto, garantindo que os direitos dos cidadãos sejam protegidos enquanto se fomente a inovação tecnológica no Brasil.

A expectativa é que a discussão se concentre em assegurar um equilíbrio adequado entre segurança e liberdade, especialmente considerando a inclusão de 198 emendas, das quais 84 foram parcialmente acatadas.

Se o projeto for aprovado na Câmara, a próxima etapa será a sanção presidencial. A partir daí, haverá um prazo de dois anos até que as novas regras entrem em vigor.

Durante esse período, as empresas deverão promover a capacitação dos trabalhadores e a proteção dos direitos autorais, permitindo o uso legítimo de conteúdos em mineração de textos para IA.

Esses são conceitos-chave que moldarão os próximos passos após aprovação no Senado e que têm o potencial de influenciar significativamente o cenário da regulamentação da inteligência artificial no país.

FAQ

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial refere-se a sistemas computacionais que buscam simular a capacidade humana de raciocínio, aprendizado e adaptação, utilizando algoritmos complexos e grandes volumes de dados para realizar tarefas que normalmente requerem intervenção humana.

Por que a regulamentação da inteligência artificial é necessária?

A regulamentação da inteligência artificial é crucial para proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, garantir a segurança e confiabilidade em aplicações críticas e evitar abusos, como a violação da privacidade.

Qual é o PL 2338/2023?

O PL 2338/2023 é um projeto de lei que busca estabelecer um marco regulatório para o uso da inteligência artificial no Brasil, promovendo a transparência, segurança e ética no desenvolvimento dessas tecnologias.

O que estabelece o marco regulatório para o uso da inteligência artificial?

O marco regulatório estabelece normas gerais que exigem que as aplicações de IA sejam seguras, transparentes e éticas, proibindo o uso de tecnologias que apresentem riscos excessivos à segurança e aos direitos humanos.

O que são IAs de alto risco?

IAs de alto risco são sistemas de inteligência artificial que podem causar danos significativos às pessoas ou à sociedade, como aqueles utilizados em controle de trânsito, educação e serviços públicos, exigindo uma regulamentação mais rigorosa.

Como o projeto protege os direitos dos criadores de conteúdo?

O projeto garante a proteção dos direitos autorais dos criadores de conteúdo, permitindo o uso limitado de obras em processos de mineração de texto em instituições educacionais e assegurando a remuneração justa ao uso de conteúdos em sistemas comerciais de inteligência artificial.

Qual é o papel do Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial?

O Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA) será responsável por fiscalizar o cumprimento das novas regras, monitorando o desenvolvimento e implementação de sistemas de IA, assegurando os princípios de segurança e ética.

O que aconteceu durante o processo de votação no Senado?

O processo de votação foi marcado por debates intensos, com discussões sobre a classificação de IAs de alto risco e a proteção dos direitos autorais. O projeto foi aprovado em 10 de dezembro de 2024, refletindo um consenso em estabelecer regras claras para a utilização da IA.

Quais são os próximos passos após a aprovação no Senado?

Após a aprovação no Senado, o projeto de regulamentação da inteligência artificial seguirá para votação na Câmara dos Deputados, onde poderá ser revisado e emendado, focando na proteção dos direitos dos cidadãos e na continuidade da inovação tecnológica no Brasil.

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