Open Finance nas empresas: conheça o modelo e suas vantagens

Entenda como o Open Finance está transformando o cenário empresarial! O que é, como funciona, segurança, vantagens, vale a pena? Veja mais neste artigo!
Sumário
open finance

O conceito de Open Finance está transformando o panorama financeiro no Brasil, oferecendo uma nova forma de as empresas acessarem e utilizarem dados econômicos.

Com base em um sistema que permite o compartilhamento seguro dessas informações entre instituições, o Open Finance facilita a inovação financeira e promove a inclusão, trazendo vantagens tanto para empresas quanto para consumidores.

Atualmente, o Open Finance já conta com cerca de 35 milhões de clientes únicos e mais de 54 milhões de consentimentos ativos no Brasil, posicionando o país como líder global nesse campo.

A evolução promove um ambiente de maior competitividade, onde as empresas podem não só personalizar suas ofertas como também otimizar a gestão financeira, garantindo acesso facilitado ao crédito e condições mais vantajosas em análises de financiamento.

No artigo abaixo, vamos explorar juntos como esse modelo está se consolidando no setor e quais são suas principais vantagens!

Open Finance o que é? Entenda o conceito

Open Finance, também conhecido como sistema financeiro aberto, refere-se ao modelo que possibilita o compartilhamento de dados financeiros entre diversas instituições de forma segura e eficiente.

Implementado no Brasil em fevereiro de 2021, o Open Banking inaugurou essa tendência, e o Open Finance se apresenta como uma evolução, abrangendo informações além dos dados bancários.

O conceito de compartilhamento de dados se apoia em APIs (Interfaces de Programação de Aplicação), que permitem a comunicação entre sistemas diferentes.

Com a autorização dos clientes, instituições como bancos, fintechs, corretoras e empresas de pagamentos podem acessar e compartilhar informações financeiras em um único ambiente, o que facilita a criação de ofertas personalizadas e serviços mais competitivos.

Um ponto relevante do Open Finance é que nenhum custo é imposto aos clientes que desejam participar do compartilhamento de dados.

Todo o processo ocorre em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assegurando que as informações sejam tratadas com responsabilidade e seguindo os rígidos padrões de segurança.

O Banco Central supervisiona todas as operações, garantindo a integridade e privacidade dos dados dos usuários.

Como citamos na introdução, em 2025, existem mais de 54 milhões de consentimentos ativos no sistema de Open Finance no Brasil, envolvendo cerca de 35 milhões de clientes.

A ampla adesão indica uma clara tendência para uma democratização das opções financeiras, com maior controle e autonomia para os consumidores.

Confira mais detalhes na tabela abaixo:

Aspecto Detalhes
Data de Início Fevereiro de 2021
Participantes Bancos, fintechs, corretoras, empresas de pagamentos
Segurança Supervisão do Banco Central e cumprimento da LGPD
Consentimentos Ativos 54 milhões
Clientes Envolvidos 35 milhões
Custo para Clientes Gratuito

Na prática, a implementação do Open Finance abriu portas para uma série de produtos inovadores, como operações de crédito com avaliação de risco aprimorada e agregadores de contas, permitindo ao consumidor uma visão mais clara sobre suas finanças.

Histórico e evolução do Open Finance no Brasil

A trajetória do Open Finance no Brasil começou com a implementação do Open Banking em 2021.

O Banco Central fez a transição para o Open Finance em 2022, permitindo um compartilhamento mais abrangente de dados financeiros.

A evolução é um marco considerável na modernização do sistema financeiro brasileiro e busca aumentar a transparência e concorrência entre as instituições financeiras.

O Open Banking regulatório corresponde a instituições financeiras ativas que são obrigadas a adotar tecnologias para o compartilhamento de dados dos clientes.

Esse modelo contrasta com o cenário norte-americano, onde a maior parte das instituições mantém um papel passivo, enquanto empresas agregadoras reúnem dados em um único lugar.

Em 2024, o Brasil se destacou como o maior mercado de Open Finance do mundo, com mais de 54 milhões de consentimentos ativos para o compartilhamento de dados, o que demonstra o forte interesse das instituições e dos consumidores em colaborar e utilizar novas soluções financeiras.

Confira na tabela abaixo o calendário de evolução do Open Finance no Brasil:

Ano Evento
2018 Início das discussões sobre Open Banking no Brasil influenciado pela PSD2 da União Europeia.
2020 Publicação da Resolução Conjunta nº 1, que estabeleceu diretrizes para o Open Banking.
2021 Lançamento da segunda versão dos manuais temáticos e a mudança formal de Open Banking para Open Finance.
2022 Ampliação do escopo de dados compartilhados, incluindo informações que vão além de transações bancárias.
2023 Registro de mais de 54 milhões de consentimentos ativos para compartilhamento de dados.

A evolução do Open Finance no Brasil reflete uma mudança significativa na forma como os serviços financeiros são oferecidos, promovendo um ambiente mais dinâmico e transparente para todos os participantes do mercado.

Como funciona o Open Finance na prática?

Na prática, o funcionamento do Open Finance proporciona uma abordagem inovadora para o compartilhamento de dados financeiros entre instituições.

Através do consentimento dado pelo titular dos dados, os usuários têm a oportunidade de permitir que uma instituição acesse informações de outra, criando assim ofertas personalizadas e otimizadas.

Durante o processo, o cliente pode interagir com uma plataforma que simplifica o compartilhamento de dados.

O modelo do Open Finance envolve várias etapas, começando pela escolha da instituição de origem dos dados até a confirmação efetiva do compartilhamento.

A autenticação desempenha um papel de protagonismo, garantindo a segurança das transações e do compartilhamento de dados.

Por sua vez, as operações de pagamento, facilitadas por iniciadores de pagamentos, ocorrem de forma imediata.

O sistema, então, elimina a necessidade de um vínculo direto entre o comprador e a instituição financeira, agilizando o acesso a serviços financeiros.

O redirecionamento entre instituições é um procedimento comum, permitindo que o usuário navegue entre diferentes plataformas de forma rápida e eficiente.

Como você já deve ter percebido, o Open Finance é uma evolução do Open Banking: ele ampliou a gama de instituições participantes, incluindo corretoras de valores, companhias de câmbio e fundos de previdência.

Vale salientar que o Banco Central supervisiona a participação das instituições, assegurando um ambiente seguro para o compartilhamento de dados.

Os clientes têm acesso ao Open Finance através dos aplicativos de suas instituições financeiras, proporcionando liberdade e controle sobre suas informações.

O modelo favorece a integração de serviços e, ao mesmo tempo, incentiva a competição no mercado financeiro, promovendo inovação e redução de custos para os consumidores.

Vantagens do Open Finance para empresas

O modelo Open Finance traz diversas vantagens para as empresas, oferecendo um acesso facilitado a serviços financeiros personalizados e produtos de diversas finalidades.

A centralização das informações financeiras, por exemplo, aumenta a produtividade e a eficiência na gestão.

Com um sistema de compartilhamento de dados, as empresas podem acessar saldos, extratos e realizar transações de forma simplificada, o que impacta positivamente na competitividade do mercado.

A partir daí, as empresas que adotam o Open Finance podem usufruir de todas as vantagens abaixo:

  • Acesso a ofertas personalizadas, que atende ao perfil específico de cada empresa.
  • Possibilidade de realizar pagamentos com saldos de diferentes bancos de maneira ágil e prática.
  • Facilidade no processo de abertura de conta PJ, favorecendo o acesso a linhas de crédito e outros serviços financeiros.
  • Otimização de processos financeiros e redução de custos operacionais, uma vez que o compartilhamento de dados é gratuito e seguro.
  • Maior rapidez na validação de informações, resultando em um atendimento ao cliente mais eficiente.

A transparência proporcionada pelo Open Finance também contribui para que as empresas conheçam melhor seus clientes.

Com isso, os empresários podem negociar condições mais vantajosas e aprimorar a experiência de seus consumidores.

O serviço de compartilhamento de dados segue regras rigorosas de segurança e é realizado somente com a autorização do cliente, garantindo a privacidade e a proteção exigidas pela legislação.

Em um cenário onde a competitividade é atraída por produtos financeiros de qualidade e condições favoráveis, a implementação do Open Finance se torna um diferencial decisivo para muitas empresas.

O que é integração de dados financeiros em APIs?

A integração de dados financeiros por meio de APIs é um instrumento imprescindível para o funcionamento do Open Finance.

Afinal de contas, tais interfaces permitem a troca de informações entre diferentes instituições financeiras, promovendo uma concorrência mais saudável e informada.

A padronização da Open Finance API facilita a automatização de processos manuais, permitindo a criação de novas funcionalidades e o aprimoramento da experiência do usuário.

O modelo não se limita a serviços bancários, estendendo-se a áreas como seguros, fundos de previdência e corretoras de valores.

Uma das vantagens mais relevantes da integração de dados é a personalização dos serviços: as APIs possibilitam sugestões de investimentos e recomendações de produtos versáteis e ajustadas às necessidades de cada cliente, tornando a oferta mais relevante e eficaz.

Da mesma forma, a integração de diferentes serviços gera economia e potencializa a concorrência.

Ao reduzir custos operacionais, as instituições financeiras são incentivadas a inovar, criando um ecossistema competitivo favorável para todos os consumidores.

Para garantir a segurança e a integridade das informações, o sistema Open Finance deve seguir rigorosos protocolos de segurança.

Certificados Digitais, como o Certificado Servidor e o SSL EV, são recomendados para assegurar a autenticidade das transmissões de dados, tornando a integração segura e confiável.

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Qual é o papel das fintechs no Open Finance?

As fintechs assumem uma posição de protagonismo no desenvolvimento do Open Finance, promovendo a inovação financeira e a competitividade no setor.

Elas utilizam dados estratégicos, disponíveis através de APIs seguras, para criar soluções que atendem às necessidades específicas dos consumidores.

A partir daí, a análise de dados permite às fintechs oferecer serviços personalizados que se ajustam perfeitamente ao perfil de cada cliente.

Com 79% dos adultos na América Latina possuindo conta bancária, e 85% realizando compras online, o potencial para as fintechs cresce exponencialmente.

Nesse contexto, o Open Finance democratiza o acesso aos dados financeiros, permitindo que pequenas startups inovem com tecnologias que rivalizam com as grandes instituições financeiras.

Por meio de soluções como plataformas de gestão financeira, os usuários conseguem ter uma visão consolidada de suas finanças, integrando informações de diversas contas em um único local.

A personalização dos serviços financeiros também se beneficia da aplicação de machine learning e Inteligência Artificial, tecnologias que visam criar uma experiência de cliente mais fluida e eficiente.

Segurança e privacidade no Open Finance

A segurança e a privacidade são extremamente importantes no modelo de Open Finance. Sendo assim, como garantir a conformidade nas transações?

No contexto atual, diversos especialistas destacam a crescente preocupação com ciberataques, pois o ecossistema digital envolve um vasto manancial de dados e está diretamente ligado a instituições financeiras.

Em contrapartida, de acordo com a LGPD, as plataformas de Open Finance não armazenam informações sensíveis, funcionando como um meio de troca segura de dados entre as entidades participantes.

Algumas plataformas, por exemplo, usam cinco pilares para garantir a segurança em Open Finance:

  • Gerenciamento de acesso e identidade,
  • Proteção de aplicações e APIs,
  • Segurança de hardware,
  • Autenticação de uso de APIs
  • Autenticação mútua de aplicações.

Dessa forma, o rigor na proteção de dados é palpável, com protocolos de segurança como o mTLS sendo utilizados para assegurar a conectividade.

Sob o mesmo ponto de vista, práticas de autenticação diversificadas, como biometria e token, estão em vigor para reforçar o consentimento dos usuários ao compartilhar seus dados financeiros.

Uma plataforma segura com o modelo aberto de finanças deve contar com monitoramento contínuo, identificando transações com potencial fraudulento e separando-as das operações normais.

Para os usuários, algumas recomendações incluem a criação de senhas fortes, não compartilhar informações de segurança e ser cauteloso ao clicar em links recebidos.

Tendências e perspectivas futuras para Open Finance

Com uma evolução do mercado financeiro em ritmo acelerado, a expectativa é de que os serviços de Open Finance se expandam ainda mais em 2025 e nos próximos anos

Atualmente, o Banco Central planeja a implementação do Pix automático, um avanço que promete facilitar transações e promover a agilidade, sem qualquer taxa ou custo adicional para os consumidores.

A inovação representa uma mudança positiva no cenário financeiro, permitindo que as empresas ofereçam condições mais favoráveis aos clientes na hora de solicitar crédito ou negociar taxas.

Com a segurança sendo uma prioridade, a queda na preocupação dos brasileiros sobre o uso de suas informações financeiras, de 45,8% em 2021 para 34% em 2023, sinaliza um aumento da confiança no sistema bancário.

Por meio da implementação do modelo aberto de finanças, espera-se um cenário mais integrado, eficiente e seguro.

A evolução do mercado financeiro no Brasil continuará a ser impulsionada pela competição entre instituições financeiras e a crescente personalização de serviços, garantido uma experiência mais satisfatória para os usuários.

Mitos e verdades sobre o Open Finance

O Open Finance é um conceito que gera muitos mitos e informações desconexas, o que torna ainda mais relevante a necessidade de desmentir notícias falsas.

Entre os mitos mais comuns, destaca-se a crença de que o compartilhamento de dados exige que os usuários abdiquem de sua privacidade.

Na verdade, os consumidores mantêm total controle sobre suas informações, podendo revogar o consentimento a qualquer momento.

Uma pesquisa Datafolha revelou que 55% dos brasileiros nunca ouviram falar do modelo aberto de finanças, enquanto 19% se disseram mal informados sobre o tema.

Na prática, a falta de conhecimento alimenta algumas concepções errôneas que podem ser prejudiciais ao entendimento do potencial dessa inovação no setor financeiro.

Vale lembrar que o modelo aberto de finanças favorece uma maior competitividade em áreas como crédito e empréstimos.

Com o acesso a dados financeiros, instituições financeiras são capazes de proporcionar ofertas mais adequadas ao perfil dos clientes, possibilitando um mercado mais justo e eficiente.

Isso se reflete na democratização do acesso ao crédito, abrindo novas oportunidades para aqueles que enfrentaram dificuldades anteriormente.

Benefícios do Open Finance para o consumidor

Além das empresas, o Open Finance traz uma série de benefícios que transformam a experiência do consumidor no sistema financeiro.

Ao permitir o compartilhamento de dados, os usuários conseguem acessar opções financeiras mais amplas e adaptadas às suas necessidades específicas.

Essa característica se reflete na personalização dos serviços, onde cada indivíduo pode encontrar produtos que se alinham ao seu perfil de risco e às suas preferências.

A cada fase do Open Finance, o acesso a recursos financeiros se torna mais simplificado. Na primeira fase, o consumidor já pode visualizar informações sobre canais de atendimento e tarifas, garantindo maior transparência.

Com o compartilhamento de dados na segunda fase, informações como transações bancárias e operações de crédito estão ao alcance dos usuários, permitindo que estes façam escolhas informadas.

Seja como for, o consentimento dos clientes é obrigatório, permitindo que eles autorizem o compartilhamento de seus dados apenas para as instituições que escolherem.

A possibilidade de personalização e controle sobre as informações faz com que o modelo aberto de finanças se destaque como uma solução inovadora para os consumidores, além de não gerar custos adicionais pelo compartilhamento.

Desse modo, através dessa inovação, o mercado se torna mais competitivo, trazendo benefícios diretos e crescimento para o consumidor.

FAQ

O que é Open Finance?

O modelo aberto de finanças é um modelo que permite o compartilhamento seguro de dados financeiros entre diferentes instituições, utilizando APIs para promover uma experiência mais personalizada e inclusiva no acesso a serviços financeiros.

Quais são os benefícios do Open Finance para os consumidores?

Os consumidores se beneficiam do modelo aberto de finanças ao terem acesso a opções financeiras personalizadas, como empréstimos com taxas competitivas e produtos de investimento ajustados ao seu perfil, além de maior transparência e controle sobre suas informações financeiras.

Como funciona a segurança no Open Finance?

A segurança no modelo aberto de finanças é garantida pelo consentimento explícito dos usuários antes do compartilhamento de dados. As instituições devem seguir regulamentos rigorosos para proteger as informações dos consumidores, garantindo que eles tenham controle total sobre suas informações financeiras.

O que são APIs no contexto do Open Finance?

APIs, ou Interfaces de Programação de Aplicação, são ferramentas que permitem a integração de dados financeiros de diferentes instituições, possibilitando o acesso seguro e eficiente às informações, o que facilita o compartilhamento de serviços financeiros.

Como o Open Finance promove a democratização financeira?

O modelo aberto de finanças promove a democratização financeira ao facilitar o acesso a produtos e serviços que antes estavam disponíveis apenas para uma parte da população, permitindo que mais pessoas e empresas se beneficiem de soluções financeiras adequadas às suas necessidades.

Quais são as perspectivas futuras para o Open Finance?

As perspectivas futuras para o modelo aberto de finanças são promissoras, com a expectativa de surgimento de novas tecnologias e inovações que possibilitarão um aumento na personalização e na eficiência dos serviços, como, por exemplo, a implementação do Pix automático.

Como as fintechs se inserem no cenário do Open Finance?

As fintechs desempenham um papel crucial no modelo aberto de finanças ao oferecer soluções inovadoras e serviços personalizados que atendem às necessidades dos consumidores, aproveitando o compartilhamento de dados para criar produtos financeiros sob medida.

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