A psicologia utiliza o termo inteligência emocional (IE) para classificar o indivíduo que tem certa facilidade para identificar suas emoções, bem como seus sentimentos. Os reflexos de seu uso saudável reverberam em vários campos da vida, inclusive o profissional.
O termo estreou na literatura científica no ano de 1966, por meio de um artigo assinado pelo psicólogo americano Hanskare Leuner. A sua concepção, no entanto, foi aprofundada décadas depois, em 1989, pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspani. Posteriormente, em 1990, os psicólogos Peter Salovey e John Mayer ajudaram a desbravar os conceitos e os empregos da IE.
Essas habilidades são influenciadas por uma combinação de vários traços de personalidade. Seus níveis mais elevados são associados a um sem-número de benefícios. Neste artigo, além de entender toda a parte conceitual da IE, você compreenderá como sua aplicação pode influenciar positivamente no dia a dia de trabalho.
O que é inteligência emocional?
Inteligência emocional é o nome que a psicologia usa para batizar o conjunto de competências relacionadas ao manejo das emoções. Em outras palavras, a IE é “como” e “quanto” conseguimos perceber, processar, compreender e gerenciar os aspectos emocionais que nos são caros.
De acordo com a neurociência, para entendermos o funcionamento do cérebro, podemos dividi-lo em dois. Nesse sentido, o lado esquerdo é o responsável pela compreensão lógica e raciocina das coisas, ou seja, lida com fatores relacionados à matemática, cognição, entre outros. Em contrapartida, o hemisfério direito se ocupa da compreensão emocional do mundo, isto é, trata dos sentimentos, intuição e subjetividades.
No contexto citado acima, desenvolver IE é conseguir entender o mundo por meio dos estímulos. Para isso, é necessário equalizar a utilização dos dois hemisférios do cérebro.
Por fim, não podemos nos esquecer que a inteligência emocional influencia, de forma positiva, a saúde física e mental. Nesse sentido, ela ajuda a prevenir distúrbios psicossomáticos, bem como transtornos de ordem psicológica, como ansiedade e depressão. Além disso, segundo a ciência, doenças cardíacas, câncer e diabetes, entre outras enfermidades, estão diretamente associadas a sentimentos/emoções não trabalhados corretamente pelo paciente.
IE e suas vantagens
A inteligência emocional tem como foco o desenvolvimento da habilidade de potencializar e gerenciar cada emoção, sempre buscando melhorias que impactam os relacionamentos interpessoais e as competências profissionais. Consequentemente, há um efetivo aumento na qualidade de vida em geral.
Caso consiga aplicar os fundamentos da IE diariamente, e de forma correta, o indivíduo desenvolve linhas de pensamento cercadas de ideias mais fluidas e ordenadas. Logo, as decisões serão tomadas de maneira menos impulsiva e mais objetiva. O controle emocional também possibilita o desenvolvimentismo de competências sociais. Essas habilidades constroem relacionamentos interpessoais saudáveis, respeitosos e longevos.
Outro ponto deveras notável é a abertura para o autoconhecimento. Afinal, a inteligência emocional ensina como reconhecer capacidades, bem como limites. A pessoa consciente das próprias habilidades e competências, consegue traçar metas e objetivos tangíveis, ou seja, não há brechas para planos que trazem mais frustração, desânimo e menos realizações.
Exemplos práticos de inteligência emocional
Indivíduos com IE desenvolvida sabem lidar melhor com personalidades pouco maleáveis ou mesmo com clientes mais exigentes. Como são bons ouvintes e têm empatia, os emocionalmente inteligentes propõem melhores soluções para problemas, conseguindo passar a confiança que o cliente precisa sentir para ficar satisfeito. A seguir, você confere algumas outras situações que envolvem exemplos práticos dessa habilidade.
Sabe ouvir feedbacks
Pessoas com inteligência emocional recebem feedbacks, tanto os positivos quanto os negativos, com mais facilidade. Isso ocorre porque elas não tomam a crítica como algo negativo e nem a levam para o lado pessoal. Em contrapartida, os elogios ouvidos embevecem bem menos aqueles que são emocionalmente preparados. A ideia aqui é fazer do feedback e das reuniões One-On-One os cenários perfeitos para melhorar.
Lida melhor com imprevistos
O indivíduo com inteligência emocional não se deixa abalar por imprevistos. Mesmo tendo os sentimentos negativos momentâneos, bem comuns nas adversidades, eles sabem que quaisquer situações podem ser contornadas.
As pessoas com IE desenvolvida conseguem inspirar, respirar e não pirar – simples assim. Consequentemente, sem muito espaço para o estresse, a produtividade no trabalho tende a ser bem mais satisfatória. Esses profissionais são indicados para gerenciar equipes de alta performance, pois, o autocontrole é uma habilidade indispensável para essa atribuição.
Gerenciamento de conflitos
Conflitos são bem comuns no dia a dia, inclusive no trabalho. Para lidar com essa situação tão corriqueira, há uma técnica relacionada à IE que é bastante eficaz. Nesse sentido, basta diminuir o volume da voz sempre que o interlocutor aumentar o dele. Outro método é ficar em silêncio diante de alguém visivelmente nervoso ou alterado.
Essas técnicas, de fato, parecem bem simples. Porém, é preciso muito controle emocional para colocá-las em prática. Em suma, os emocionalmente inteligentes são ótimos conciliadores e colaboram para a manutenção de um ambiente positivo.
Considerações finais
Os profissionais que conseguem desenvolver inteligência emocional são cada vez mais valorizados no mercado. Afinal, reconhecer suas próprias limitações e trabalhar para ser tolerante com as falhas dos outros são capacidades acessíveis apenas aos que estão na constante busca pela excelência. Além do mais, esses indivíduos conseguem manter um constante estado de vigilância.
Já o indivíduo que não desenvolve habilidades de IE, inevitavelmente, tende a ser uma pessoa que perde o controle facilmente. O tal do “de pavio curto” afasta as pessoas e reflete negativamente na sua imagem pessoal e profissional, prejudicando seus relacionamentos interpessoais. Consequentemente, a pessoa “estourada” costuma amargar fracassos retumbantes em todos os campos da vida.
Se chegou até aqui, você compreendeu a importância de saber equilibrar razão e emoção. Num próximo artigo, além de te contar mais sobre esse tema tão importante, nós da equipe de Controle de Ponto Digital Genyo iremos te dar dicas definitivas sobre como desenvolver a sua inteligência emocional.