ESG: o que é e por que a sigla se tornou um diferencial no mercado

A sigla ESG vem se popularizando no meio corporativo e tornou-se um diferencial no mercado. Confira agora tudo sobre este termo. Veja mais neste artigo!
Sumário
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Entregar um serviço ou produto de qualidade, por um valor atrativo, já não é o suficiente para que uma empresa se mantenha competitiva. Isso porque as pessoas querem investir seu dinheiro, parceria e/ou a carreira em organizações que queiram somar e não apenas lucrar. Foi nesse contexto que surgiu o ESG.

Mas afinal, o que é ESG? A sigla corresponde a junção de três palavras que significam uma preocupação para as empresas atualmente, sendo elas: environmental (ambiente); social (social) e governance (governança). Nós do Genyo preparamos este artigo para explicar tudo que você precisa saber sobre este tema.

Entenda mais sobre o ESG

Na prática, é um conceito que funciona como bússola para nortear as ações das organizações no quesito sustentabilidade. Nesse sentido, é importante destacar que não estamos falando exclusivamente da preocupação com o meio ambiente, mas também de outros aspectos igualmente relevantes.

As boas práticas da empresa devem abarcar a qualidade das relações e das ações da instituição em prol de funcionários, grupos minoritários, fornecedores, sociedade e públicos diversos, além da prevenção e combate à corrupção e fraudes.

Apesar de a preocupação com a sustentabilidade não ser uma novidade, o ESG modificou o seu patamar de relevância no mundo dos negócios, a ponto de ser vista como algo indispensável para assegurar competitividade e valorização às empresas, sobretudo nos últimos anos.

O entendimento e a aplicação de critérios ESG pelas empresas brasileiras já é uma realidade. Atuar de acordo com princípios do ESG traz benefícios no setor empresarial, independente do porte da empresa e, são importantes tanto no mercado interno quanto no exterior.

No mundo atual, graças aos diversos recursos tecnológicos a maior preocupação com diversas questões éticas, as companhias são assistidas de perto pelos seus diversos stakeholders. Com isso, o ESG é a indicação de melhor reputação, solidez e maior resiliência frente às incertezas e vulnerabilidades.

A pandemia evidenciou a importância do ESG

As consequências da crise ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19) evidenciaram a importância da integração dos aspectos do ESG, devido aos impactos que uma crise sanitária pode ter no agravamento de problemas sociais, assim como nos impactos econômicos da crise para as empresas e países.

A pandemia também colocou ainda mais em evidência a relevância das questões sociais na interdependência entre os indivíduos, empresas e países. Portanto, atualmente é de conhecimento geral que são necessárias práticas visando o bem estar de todos.

Como o conceito de ESG surgiu?

O conceito de ESG surgiu em 2004. Na ocasião, o termo foi citado em um artigo publicado no Pacto Global em uma parceria com o Banco Mundial, cujo título foi “Who Cares Wins”, que significa “Quem se importa, ganha”.

O objetivo do artigo era mostrar como empresas alinhadas com causas sociais e ações de preservação do meio ambiente, assim como à boa governança corporativa, obtinham melhores resultados.

A partir disso foram surgindo estratégias nesse sentido, como a criação do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), em 2005, para demonstrar o retorno médio do ESG para as organizações e investidores. Desde então o ESG vem recebendo cada vez mais notoriedade.

Pilares do ESG

Como vimos anteriormente, o ESG refere-se a aspectos ambientais, sociais e de governança. Agora veremos o que significa cada princípio deste e como as empresas normalmente os aplicam em sua rotina.

Ambiente

Os aspectos relacionais ao meio ambiente, no ESG, referem-se em especial às medidas tomadas pela organização com o objetivo de minimizar sua pegada ambiental, ou pegada ecológica, como também é conhecida.

A pegada ecológica é um conceito relativo à quantidade de recursos naturais (terra e água) necessários para sustentar as próximas gerações, tendo em vista os recursos que estão sendo gastos por uma população (ou empresa, nesse caso) atualmente.

Quanto às iniciativas das empresas para reduzir a pegada ambiental e preservar o meio ambiente, estão: redução na emissão de poluentes e criação de metas para isso; iniciativas voltadas para um menor uso de recursos naturais; gerenciamento correto e eficiente do descarte de lixo.

Outras medidas importantes são a adoção de medidas voltadas para projetos de preservação e proteção ambiental; uso de fontes de energia renováveis; política contra o desmatamento; política de negociação com fornecedores que utilizem insumos orgânicos ou que possuam certificações ambientais.

Social

A dimensão social refere-se ao modo como a empresa gerencia suas relações com seus funcionários, fornecedores, clientes e até as comunidades onde atua. Além disso, também tem relação com a forma como a instituição valoriza a diversidade, a equidade e a inclusão social.

Nesse sentido, é importante investir nos seguintes aspectos: aprimoramento de como se relaciona com as pessoas e a sociedade; aderência aos direitos trabalhistas; valorização da saúde mental e física dos funcionários, como a promoção da ergonomia no trabalho, por exemplo.

Outros investimentos que podem ser feitos são em relação à segurança no ambiente de trabalho; preocupação com a experiência do consumidor em todas as fases (desde a produção até o consumo do produto final); apoio à diversidade em toda estrutura da organização; engajamento em causas sociais e beneficentes e inclusão social.

Governança

A governança é o grau de observância da empresa no que concerne aos controles internos, auditorias, bem como direitos dos acionistas, como a liderança da empresa administrada, a remuneração de colaboradores e quais são os padrões éticos que direcionam sua atuação.

Para promover uma boa governança na empresa é importante prezar pela transparência financeira e contábil, produzir relatórios financeiros completos e honestos, viabilizar a independência, a equidade e a diversidade nos conselhos, fazer uma gestão de riscos e adotar práticas anticorrupção.

Quando a empresa opta pela incorporação de medidas nessas três dimensões, está demonstrando que a instituição está comprometida com esse tripé. Consequentemente, isso a diferencia positivamente diante dos seus concorrentes e, consequentemente, incrementa seus resultados.

Vantagens do ESG para a empresa

O ESG apresenta uma série de vantagens para a empresa, como a redução dos custos operacionais, aumento de produtividade, diminuição de possíveis riscos socioambientais, fidelização de clientes que estimam o consumo de produtos e serviços sustentáveis, mas não para por aí, confira a lista dos outros benefícios:

  • Menor quantidade de interferências regulatórias e legais;
  • Melhoria na imagem e na reputação da instituição;
  • Acesso às linhas de crédito verde, isto é, aquelas destinadas ao financiamento de projetos sustentáveis, que têm taxas de juros menores e também possuem prazos mais acessíveis;
  • Oportunidade de acessar nichos novos e diferentes de mercados e desenvolver produtos;
  • Índices melhores de satisfação e retenção de talentos entre os profissionais;
  • Maior transparência e equidade, que serão diferenciais essenciais como critério de alocação dos investidores;
  • Maior segurança para os investidores;
  • Ampliação da quantidade (e qualidade) de fundamentos para analisar a aplicação de um investimento;
  • Ganho de vantagem competitiva em relação aos concorrentes no longo prazo, haja vista a antecipação de alguns critérios regulatórios e legais.

Há custos para incluir o ESG na empresa?

Não há custos para aderir às medidas relativas ao ESG, pois as metas relacionadas com o meio ambiente, assim como práticas sociais e governança devem ser vistas como investimentos, afinal, significam uma oportunidade de ganho não apenas financeiro, mas de sustentabilidade e imagem do negócio.

Importância da gestão dos Recursos Humanos no ESG

ESGAs empresas devem incluir o ESG como parte da cultura colaborativa, e devem, inclusive, usar o conceito como base para o desenvolvimento de políticas e estratégias. Isso fará com que os profissionais fiquem mais engajados, diminuindo os índices de rotatividade.

Rotatividade de funcionários é sinônimo de prejuízo para a empresa. Por esse motivo, é fundamental oferecer benefícios atrativos, como gratificações, para que os colaboradores não apenas queiram permanecer na empresa, como também desperte o interesse de quem está fora.

A gestão de recursos humanos (RH) tem um papel fundamental nesse processo, afinal, são atividades relacionadas com a gestão de pessoas. Atualmente já existem até recursos virtuais para auxiliar nesse gerenciamento de tarefas, como é o caso do Genyo, que vem revolucionando o controle de ponto. Conheça o site para saber mais.

Relação do ESG com a segurança no trabalho

A gestão de saúde dos colaboradores e segurança do trabalho também se enquadram no pilar social do ESG. Nesse sentido, são aspectos que contam muito nessa avaliação. Assim, prevenção de acidentes, conscientização dos funcionários e gerenciamento de riscos são exemplos de iniciativas que fazem a diferença.

Entretanto, não basta a organização estar em dia com as legislações que ditam as normas de segurança e saúde do trabalho. É preciso assegurar, efetivamente, o bem-estar dos trabalhadores.

Existem algumas medidas que podem servir para avaliar esse bem-estar, como por exemplo, indicadores como taxas de absenteísmo, acidentes, número de doenças ocupacionais, entre outros.

Erro comum quando se trata de ESG

Empresas ESG investem no princípio da responsabilidade corporativa. Ao menos é assim que deveria acontecer. Porém, um erro grave e relativamente comum é levantar essa bandeira sem fazer jus ao que está sendo dito. Ou seja: prometer e não cumprir.

Já há inclusive um termo associado a esse comportamento. Basicamente, empresas que fazem isso são conhecidas como organizações que praticam o greenwashing (que significa “lavagem verde”), isto é, afirmam ter valores, mas usam apenas estratégias de marketing para construir sua imagem.

Cabe destacar que ao promover práticas enganosas a fim de ludibriar consumidores e investidores, essas empresas estão colocando em risco o negócio. Além disso, não custa lembrar que ao se declarar uma empresa ESG, é imprescindível comprovar uma série de requisitos. Confira alguns deles.

Empresas de capital aberto

Se for uma empresa de capital aberto, uma forma de comprovar a aplicação dos princípios do ESG pode ser através de alguns indicadores, como Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3 (a bolsa de valores do Brasil).

Empresas que não possuem ações na bolsa de valores

Quem ainda não possui ações listadas na bolsa pode investir em projetos internos que possam gerar certificações, como a ISO (International Organization for Standardization), a fim de garantir a transparência da organização.

Antes de conquistar a certificação pela ISO, a empresa é submetida a uma análise minuciosa para comprovar se todos os critérios exigidos estão em conformidade. No Brasil, a concessão desses títulos é de responsabilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Apoio a projetos sociais

Um outro caminho é apoiar ou criar um instituto ou fundação ligado ao negócio como forma de impulsionar projetos sociais. Atualmente existem muitas pessoas engajadas nesses tipos de projeto, afinal, as iniquidades sociais infelizmente são uma realidade e precisam de diferentes formas de intervenção.

Todavia, é importante lembrar que o ESG é um tripé. Portanto, não adianta se voltar a projetos sociais, ambientais, de saúde e a segurança ocupacional, caso essas ações não estejam aliadas a boas práticas de governança.

Por onde começar a aplicar o ESG na sua empresa

O primeiro passo para dar início às estratégias de implementação do ESG no seu negócio é compreender do que se tratam os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável instituídos pela Organização das Nações Unidas.

É necessário analisar quais os impactos negativos e positivos que podem ser gerados a partir das práticas executadas na realidade da sua empresa. Após isso, você pode começar a definir alternativas e planos para cada um dos objetivos.

Pode ser necessário mobilizar e contratar novos profissionais, alterar ou criar processos, adequar estruturas e produtos, dentre outras coisas. Por esse motivo, é importante focar também na responsabilidade e no controle financeiro. Contudo, lembre-se do que mencionamos anteriormente: isso é um investimento.

Outro aspecto importante para a inserção de práticas ESG nas organizações é o envolvimento ativo das lideranças e dos colaboradores.  Como é uma mudança na cultura organizacional, é muito importante o engajamento de todos.

O Genyo pode te ajudar a manter um maior controle e engajamento dos profissionais, pois além de ser uma ferramenta para registro de ponto eletrônico, nossos planos incluem funcionalidades importantes como um chat para facilitar o contato entre gestores e colaboradores. Confira nossas funcionalidades.

Conclusão

Finalmente, você conheceu os princípios do ESG, assim como a importância de cada pilar desse tripé que vem ganhando relevância nas últimas décadas e como aplicar o conceito na sua organização. Sendo assim, se você deseja alavancar os negócios, não deixe de investir nessas práticas.

Cabe reforçar que a desigualdade ainda está muito presente nos dias atuais, assim como a piora da crise climática devido a escassez de recursos naturais, por isso, se fazem necessárias medidas para minimizar esses problemas e as empresas precisam ter consciência do seu papel como agente de mudanças.

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