Em dúvida sobre como evitar a síndrome de burnout? Veja aqui as principais informações e formas de tratamentos para lidar com essa condição médica.
Você já ouviu falar em burnout?
Quando uma pessoa muito atarefada se sente exausta, estressada, não dorme bem, tem dores no corpo e outros problemas, pode estar sofrendo de síndrome de burnout. Caso você tenha experimentado esses sintomas, fique atento. Essa condição médica geralmente acomete quem enfrenta situações estressantes com frequência.
É importante tratá-la nos estágios iniciais para prevenir problemas de saúde mais graves, como depressão, crises de ansiedade, distúrbios cardiovasculares e outros. Além disso, o tratamento traz melhorias tanto para a vida profissional quanto pessoal.
Contudo, nem todo mundo conhece o processo de recuperação e não entende como lidar com esse estado clínico. Pensando nisso, neste texto estão as principais informações sobre a síndrome burnout para que você tire dúvidas. Logo após, há sete dicas simples que comprovadamente evitam esse esgotamento emocional. Confira!
Sobre o burnout
Do que se trata exatamente a síndrome burnout? O que faz com os sintomas surjam? Como acontece o diagnóstico? Continue lendo e encontre na seção as respostas para essas questões e outros dados importantes.
O que é um burnout?
A síndrome burnout consiste num estado no qual uma pessoa apresenta uma exaustão física, emocional e mental. Ela geralmente acomete quem possui muitas responsabilidades em diferentes áreas da vida. No entanto, ocorre principalmente no ambiente de trabalho, por isso também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional.
Essa fadiga excessiva é capaz de afetar a sua saúde psicológica e corporal. Se ao longo de alguns meses não for evitada e tratada, os sintomas evoluem para problemas mais graves. Por exemplo, pode surgir depressão, ansiedade, transtornos psiquiátricos, distúrbios cardiovasculares, dores musculares, doenças gastrointestinais, dificuldades sociais e mais.
Quais são os sintomas de burnout?
Os sintomas da síndrome de burnout variam de pessoa para pessoa. No entanto, é comum que apareçam mais ou menos nas seguintes cinco fases:
1ª fase: falta de energia, desmotivação, tensão muscular e leve cansaço.
2ª fase: estresse contínuo, dificuldade em se desligar do trabalho fora do expediente, fadiga, irritabilidade, dores musculares, distúrbios gastrointestinais e problemas de sono.
3ª fase: cansaço profundo, atraso na entrega das tarefas, esforço ao realizar atividades simples, sistema imunológico baixo e tensão muscular intensa.
4ª fase: negativismo, agressividade com os colegas, enxaqueca crônica, adoecimento por sistema imunológico baixo, distanciamento emocionalmente do trabalho e das pessoas.
5ª fase: sensação de desesperança, esgotamento total, distúrbios cardiovasculares e agravamento dos sintomas físicos.
O ideal é procurar evitar que essa condição avance já na primeira fase.
O que pode causar um burnout?
Cargas de trabalho excessivas por longas horas e pressão constante para atender a prazos apertados contribuem para o surgimento da síndrome burnout. Além disso, existem outros fatores que favorecem o agravamento dos sintomas, como relações negativas no ambiente profissional e falta de apoio.
A sensação de que não pode influenciar nas decisões da empresa, que não há autonomia e nem reconhecimento também ajudam a provocar o esgotamento emocional. Fora isso, muitas vezes, a personalidade do colaborador é que o leva a esse estado, sem que a organização tenha o que fazer para evitar o problema.
O que são gatilhos de estresse?
Os gatilhos de estresse se referem a situações que desencadeiam sinais de tensão em uma pessoa. No caso da síndrome burnout, eles agravam ainda mais essa condição e, portanto, devem ser evitados. Um exemplo desse tipo de evento é o acúmulo de diversas tarefas para realizar em um curto espaço de tempo.
Conflitos nos relacionamentos tanto no trabalho como na vida pessoal. Elementos que lembram experiências traumáticas do passado também causam esse efeito. Contudo, é importante ressaltar que os estímulos variam conforme a personalidade de cada indivíduo. Então, você deve identificar quais fatores mexem mais negativamente com suas emoções.
Como é feito o diagnóstico de burnout?
O diagnóstico de burnout é feito por profissionais de saúde, como médicos, psicólogos ou psiquiatras. No entanto, não existe um exame específico para identificar esse estado. Os especialistas se baseiam na combinação de resultados obtidos por meio de dados clínicos, entrevistas por consulta e questionários padronizados.
Eles avaliam os sintomas por meio do histórico da vida do paciente no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Aplicam formulários como o Maslach Burnout Inventory (MBI) e ainda solicitam exames para verificar a possibilidade de ser outra enfermidade. Assim, eles evitam fazer a determinação dessa síndrome de maneira equivocada.
- Como evitar o burnout: existem sete formas comprovadas que evitam a síndrome de burnout no ambiente profissional e pessoal. Então, mantenha a leitura e descubra quais são as principais formas de prevenir esse esgotamento total.
- Tenha um ambiente confortável para trabalhar: em um ambiente calmo, silencioso, organizado e com móveis adequados, é mais fácil controlar os sintomas da síndrome de burnout. Então, mantenha tudo no lugar e use fones de ouvido com cancelamento de ruído. Prefira assentos que facilitem a boa postura, nesse sentido, caso queira ver boas opções, confira as melhores cadeiras de escritório.
Lembre-se que móveis desconfortáveis levam a problemas físicos, como dores nas costas, pescoço e ombros. Assim, mesmo que você esteja motivado para realizar suas funções após algumas horas sentirá fadiga até se esgotar. Então, para encontrar uma boa mobília que evite essas dificuldades, veja também as melhores cadeiras ergonômicas.
- Praticar exercícios físicos: as atividades físicas funcionam como um remédio natural no tratamento da síndrome de burnout. Elas fazem o corpo liberar hormônios que proporcionam sensação de bem-estar, melhoram o humor, reduzem a ansiedade e evitam sintomas de depressão. Além disso, diminuem o estresse, ajudam dormir bem e aumentam a energia.
Para quem sofre de burnout, os exercícios físicos mais apropriados são aqueles que possuem movimentos suaves e promovem o relaxamento muscular. Por exemplo, ioga, tai chi chuan, pilates, caminhadas, natação e ciclismo correspondem a ótimas escolhas. Com, pelo menos, 30 minutos por dia de prática você consegue excelentes resultados.
- Ter uma boa alimentação: embora a comida por si só não evite a síndrome de burnout, uma dieta saudável desempenha um papel importante na prevenção de doenças e redução do estresse. Então, não deixe de consumir alimentos, como frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais, gorduras monoinsaturadas e polinsaturadas.
Beba em torno de 2 litros de água diariamente e diminua a quantidade de café para no máximo duas xícaras pequenas por dia. Faça as refeições nos mesmos horários com intervalos de aproximadamente 3 horas. Desse modo, seu organismo conseguirá manter níveis de energia adequados durante e após o expediente.
- Estabelecer uma rotina: encontrar equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é essencial para tratar a síndrome de burnout. Sendo assim, avalie sua situação atual e identifique quais são suas fontes de estresse. Verifique de que maneira evitar esses transtornos, pense se pode delegar alguma atividade para outra pessoa ou simplesmente eliminá-la.
Quando isso não for possível, procure resolver o assunto o quanto antes. Durante o dia, lembre-se de fazer pausas programadas, assim como descansar nos fins de semana. Defina limites, quando perceber que sua agenda está abarrotada de tarefas, não aceite realizar outros trabalhos.
- Tenha uma rede de apoio: família, amigos, colegas de trabalho, líderes e gestores, grupos de apoio, profissionais de saúde, como psicólogo e médico ajudam no tratamento da síndrome de burnout. Portanto, tente identificar entre as pessoas próximas de você aquelas que compreendem a situação, são capazes de ouvi-lo e encorajá-lo.
Mesmo que chegue a conclusão de que ninguém o entende, busque a assistência de especialistas e comunique a todos sobre sua condição. Além disso, busque informações online, participe de fóruns e grupos nas redes sociais voltados para o tema. Com essas simples medidas será possível evitar o agravamento dos sintomas.
- Saiba e respeite os seus limites: a principal causa da síndrome de burnout é o acúmulo de excesso de tarefas. Por esse motivo, você deve saber o que consegue fazer em um determinado período e ainda reservar um tempo para eventos imprevistos. Também preste atenção a seus sentimentos, caso perceba que começa a ficar ansioso, isso indica que está no seu limite.
Ao enfrentar situações que desafiam sua estabilidade emocional, reflita sobre o que deu certo e o que não foi tão bem, assim da próxima vez você terá uma noção de como agir. Além disso, lembre-se de identificar com frequência quais assuntos são suas prioridades e estão de acordo com seus valores para evitar se estressar desnecessariamente.
- Aprenda a falar não: pratique dizer não de maneira assertiva e sem se sentir culpado para evitar a sobrecarga de tarefas que desencadeiam a síndrome burnout. Quando alguém lhe pedir algo e estiver ocupado, recuse educadamente. Por exemplo, diga alguma coisa como “Eu gostei de você me pedir isso, mas no momento prefiro terminar esse projeto e não consigo ajudá-lo”.
Mesmo que entenda o problema da outra pessoa, não esqueça que ela também deve reconhecer suas necessidades. Se depois da recusa surgir uma sensação de arrependimento, lembre-se de que como qualquer ser humano você tem limitações. Evite assumir responsabilidades que não são suas.
Aproveite as dicas e evite o burnout!
A síndrome de burnout é uma condição que cria problemas de saúde leves no início, mas que podem evoluir, caso um tratamento não seja feito. Sendo assim, ao perceber os primeiros sintomas, procure adotar diferentes estratégias para melhorar. Busque deixar seu ambiente de trabalho mais agradável.
Também fique atento à alimentação, realize exercícios físicos, estabeleça uma rotina, respeite seus limites e aprenda a dizer não. Isso geralmente costuma ser suficiente para que os sinais dessa condição médica desapareçam. No entanto, se eles continuarem, procure ajuda profissional para voltar a se sentir bem.