Nesta quarta-feira, 20/09, os governos dos Estados Unidos e do Brasil afirmam o compromisso mútuo com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, bem como ao direito ao trabalho digno.
Em pronunciamento na América, os presidentes disseram que trabalhadores e trabalhadoras foram os responsáveis pela construção dos países. Desde a criação das infraestruturas mais básicas e a prestação de serviços críticos, até a educação dos jovens, o cuidado com os idosos e o desenvolvimento das tecnologias mais avançadas.
Segundo Lula, juntamente com seus sindicatos, trabalhadores lutaram pela proteção no ambiente de trabalho, pela justiça econômica e pela democracia em nossas sociedades. Significa que isso é o cerne das economias dinâmicas e do mundo saudável e sustentável que procuramos criar para as futuras gerações.
Diante dos desafios globais complexos, que vão desde as mudanças climáticas até o aumento da pobreza e desigualdade econômica, é obrigatorio que governos coloquem os trabalhadores e trabalhadoras no centro das soluções políticas. Deve-se apoiá-los e capacitá-los para impulsionar a inovação necessária para assegurar o nosso futuro.
Os Estados Unidos e o Brasil anunciam o lançamento de uma iniciativa global conjunta para elevar o papel central e crucial que os trabalhadores e trabalhadoras desempenham em um mundo sustentável, democrático, equitativo e pacífico.
Ambos compartilham a compreensão e o compromisso de enfrentar questões críticas como a desigualdade econômica, a proteção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, a eliminação de todas as formas de discriminação e a garantia de uma transição justa para energias limpas. A promoção do trabalho digno é essencial para alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Além disso, há uma preocupação e atenção aos impactos da digitalização das economias e do uso profissional da inteligência artificial no mundo do trabalho.
Com esta nova iniciativa, pretende-se expandir a ambição e reforçar a parceria para enfrentar cinco dos desafios mais urgentes enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo:
- Proteger os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, conforme estabelecido nas convenções fundamentais da OIT. A intenção é empoderá-los eliminando a exploração no trabalho, incluindo o trabalho forçado e infantil;
- Promover um trabalho seguro, saudável e decente, e promover a responsabilidade nos investimentos públicos e privados;
- Impulsionar abordagens centradas nos trabalhadores e trabalhadoras para as transições digitais e de energia limpa;
- Aproveitar a tecnologia para o benefício de todos;
- Combater a discriminação no local de trabalho, especialmente para mulheres, pessoas LGBTQIA+ e grupos raciais e étnicos marginalizados.
A intenção é trabalhar em colaboração entre os governos e com os parceiros sindicais para avançar nessas questões prementes ao longo do próximo ano, visando uma agenda comum a ser discutida com outros países no G20 e nas conferências COP 28, COP 30 e outros.
Agradeceram o apoio e a participação dos líderes sindicais dos dois países e das organizações globais, bem como o papel da liderança da Organização Internacional do Trabalho. “Espera-se que outros parceiros e aliados se unam a este esforço”, reforçam os representantes dos dois países.
Juntos, pode-se criar uma economia sustentável fundamentada na prosperidade compartilhada e no respeito pela dignidade e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.